Até que enfim.... alguém operacionalizou minha idéia....



Já está sendo divulgado pela mídia a existência de creches para animais de estimação. Se você tem um filhinho peludo e não tem onde deixar durante o dia enquanto trabalha, nada melhor que uma creche. Basta desembolsar cerca de 600 reais por mês e ali ele terá companhia de coespecíficos, mas obviamente com todas as regras para se sentir um humano, com horário de entrada e saída, lista de presença, espaço para brincar e dormir, natação, cuidados médicos, mochila, lancheira, agenda, além da opção de "transporte escolar". Obviamente não poderia faltar o mais importante: câmeras ligadas a internet para que o dono possa acompanhar toda rotina do seu filhinho de longe...
Veja matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u473672.shtml

Sea World... Estimulando os animais a exibirem seus comportamentos naturais?


Nossa... essa semana ministrei tantas aulas de etologia e todas elas super legais, que até me perdi quem me passou a informação de que essa semana uma orca do Sea world matou uma treinadora veterana. O “acidente” aconteceu quando Dawn Brancheau, 40 anos, acariciava o animal de 5.5 toneladas e ele a levou para o fundo do tanque através do seu rabo de cavalo. o animal estava tão violento que outros treinadores não conseguiram salvar a treinadora que acabou morrendo na boca do animal. Esta foi a terceira vez que Tilikum – um macho de 30 anos - esteve envolvida na morte de um humano e por isso poucas pessoas mergulhavam em seu tanque. Porém, hoje (domingo 22.2.10) já foi anunciado que as orcas já voltaram a se apresentarem no parque temático. No entanto, os treinadores estão proibidos de nadarem com os animais.

Vídeo do acidente: http://www.youtube.com/watch?v=3PQFH78eBwo&feature=player_embedded


http://terratv.terra.com.br/Noticias/Mundo/4201-273599/Treinadora-ficou-30-min-presa-na-boca-da-orca.htm

Um novo estudo divulgado na revistra Esquire, sugerem que possivelmente as orcas sejam homossexuais, pois registraram grupos apenas de machos possibilitaria a formação de duplas que pulam juntas sobre a superfície da água, podendo esfregar o pênis com o focinho e merglharem interligados.


Deve-se considerar que várias noticias como essas estão sendo recorrentes, no inicio de janeiro um “colecionador” de animais exóticos foi morto pelo seu tigre. O que nos leva a reflexão do que se pretende fazer com esses animais, que condições de vida são dadas a eles e quais os motivos para usá-los para shows, expô-los ao público e mesmo criá-los para sua satisfação pessoal. Até mesmo o cão já tem se rebelado (ver o post abaixo). Esse é um dos assuntos que pretendemos refletir em nossa especialização em Bem-Estar-Animal.

Quando eu penso que vi tudo... Para solução do problema do mosquito... simples, tira a asa dele!


Essa semana uma aluna do primeiro período de biologia trouxe a informação da mais nova empreitada humana. Um estudo desenvolvido em Oxford e na California e publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences" apresenta a criação de mosquitos fêmeas incapazes de voar devido à interrupção provocada do desenvolvimento das suas asas. Os machos alados carregam uma alteração genética capaz de desenvolver na descendência com fêmeas normais, animais sem asas. O intuito é erradicar doenças como a dengue, malária e febre amarela e a expectativa é que já serão soltos em 2011. Segundo a Oxford Insect Technologies, a libertação pode levar o desaparecimento dos mosquitos nativos entre seis e nove meses. Que essas doenças devem ser controladas, é fato. Afinal milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo inteiro. O que questiono a forma de se resolver esse problema. A forma mais inteligente e eficaz é muito demorada, pois demanda mudanças de paradigmas, consciência, comportamento. Enquanto o homem não se conscientizar de que não é a única espécie que vive no ambiente urbano, de que mesmo seus menores atos resultam em sérias conseqüências para todo o planeta e de que a cidadania é condição incondicional para vida nas cidades, sempre estaremos tentando resolver o problema de uma “praga” por vez. Hoje é a dengue, amanhã será o escorpião, depois a aranha, então, o caramujo africano. O “ser humano” se vangloria de seu poder de controlar a biologia, a genética, a natureza... cada nova conquista é comemorada por vários macaquinhos pelados com muito entusiasmo... mas até quando irá a comemoração? Até a próxima frustração?

Mais informações: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u697225.shtml

Não quer mais sentir tristeza? Simples aplique Botox


Até pouco tempo se acreditava que a toxina botulínica influenciaria apenas na transmissão de emoções, uma vez que intenção dessa técnica de estética é paralisar certos músculos para evitar rugas (e logo a cara de preocupado, triste e zangado). Todo mundo já presenciou celebridades recém saídas da clinica e expressar a mesma cara para diferentes emoções. A novidade é que uma pesquisa conduzida pelo médico David Havas da Universidade do Wisconsin e publicada na Science Daily, mostra que pessoas tratadas com a toxina na testa tiveram dificuldade também de entender raiva e tristeza, afetando aspectos cognitivos e emocionais. Na pesquisa os pacientes leram três tipos de frases, uma que transmitisse raiva, outra tristeza e a terceira alegria, antes e depois da aplicação da toxina na testa. Após o uso da toxina (músculos da testa paralisados), os pacientes sentiam dificuldade de entender o que estava escrito nos cartões, quando o sentimento era de raiva ou tristeza. Como conclusão o pesquisador percebeu que os centros emocionais do cérebro mandam mensagens para os músculos da testa, os quais enviam mensagens de volta para o cérebro. Quando eles não podem se mexer e transmitir um sentimento, o cérebro acaba se perdendo nesse looping. O mais interessante foi a nova aplicação sugerida para o botox... Apesar dos efeitos serem pequenos os estudiosos acreditam serem bastante positivos, assim, se uma pessoa perde a capacidade de identificar sentimentos ruins tão rapidamente, pode ser menos influenciado pelo meio que vive e assim ser mais feliz.

Ele era o melhor amigo... agora é o chefe?


As relações sociais entre o homem e o cão vêm sofrendo transformações ao longo desses 12.000 anos de convivência. Alguns registros dizem que os cães eram utilizados como comida, depois eles se tornaram cúmplices (ajudando na guarda e caçada). Em decorrências das grandes aglomerações das cidades e a solidão cada vez mais pronunciada, o cão se tornou o melhor amigo do homem. Só em São Paulo cuja população humana é de cerca de 11 milhões de pessoas, estima-se que haja um cão para cada 4,5 habitantes, ou seja, cerca de 2,5 milhões de animais. Paris é uma das cidades que provavelmente possua mais cães no mundo. São inúmeros os motivos atuais que levam as pessoas a decidirem dividir seu tempo, preocupações, espaço e dinheiro com um ser de outra espécie - Aliás, todos eles muito interessantes e que renderiam várias teses (para maiores reflexões ler o post no Martin Afonso). O fato é que o cão é um animal com padrões sociais (como territorialidade e hierarquia) muito parecidos com o nossos, e até o motivo que faz com que nos identifiquemos tanto. Nas ultimas décadas o cão tem saído do quintal e entrado na casa das pessoas, mais que isso em suas camas. Como os motivos de se ter um cão e as carências emocionais e sociais que levam a tê-los também se transformaram, as relações entre o homem e o cão têm mostrado algumas tendências no mínimo interessantes para nossa reflexão. O que me chamou a atenção foi uma reportagem que saiu na mídia na última semana com resultados de um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo que mostra que dez ataques de cães contra pessoas ocorrem na cidade por hora (equivalente a média de 85,4 mil ataques por ano). Esses acidentes são relativos à 84,4% das agressões sofridas por animais e causam em 34% dos casos ferimentos profundos, sendo em muitos casos fatais (Sempre aparece um caso na TV). Os acidentes causados por mordidas de cães estão se tornando uma epidemia mundial. O mais preocupante é que a maioria desses ataques são do próprio bichinho de estimação (cerca de 90%). Em pelo menos metade dos casos de mordida relatados, o acidente foi provocado pela vítima, mesmo que não intencionalmente. As cinco raças mais comuns entre os ataques são os chow-chows, rottweilers, pastores alemães, cocker spaniels e dálmatas. Os cães normalmente mordem por medo, defesa, dor ou para proteger o território, porém dão sinais claros de que vão morder, mas parece que não são compreendidos pelos donos. O que estaria levando o animal a se comportar assim? A resposta está no próprio dono? a falta de uma hierarquia clara para o animal e a definição de quem manda; o estresse devido à ausência de uma rotina que dê segurança; ao mesmo tempo em que vive em um mundo entediante, onde não consegue estimular todo seu sensorial podem ser alguns motivos. Ou seja, não contrarie se cão, o reizinho da casa, o líder hierárquico, ou você poderá levar uma mordida!.

O Olfato é o vilão ou o mocinho da vida dos gordinhos????


O olfato é mais importante na nossa vida do que imaginamos... Apesar de não ser nosso órgão do sentido mais desenvolvido e nem o mais usado racionalmente (ou conscientemente - se preferir) ele está diretamente relacionado com as emoções. É a química que move nosso humor e nossa receptividade e prontidão na exibição de muitos comportamentos como o sexual, social e o bem-estar.

A novidade da vez é a dieta dos sentidos (veja a reportagem completa no site da isto é: http://www.istoe.com.br/reportagens/16287_A+DIETA+DOS+SENTIDOS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage), que prega que a pessoa pode comer de tudo através da estimulação do olfato para inibir a fome (basta ver que quando você fica num ambiente impregnado de um determinado cheiro dá enjôo). O responsável pela pesquisa é o psicanalista Alan Hirsch e em resumo se você sentir cheiros de alimentos aromáticos antes de comer, estimulará a saciedade. Alguns alimentos foram mais efetivos como a banana, maçã verde e menta. O olfato e o paladar são estimulados em regiões próximas no hipotálamo e o paladar nada mais é do que a soma dos odores dos alimentos liberados através da mastigação e o estimulo das papilas gustativas. Como não poderia deixar de ser o comércio já está explorando essas descobertas e lançando adesivos com odores que prometem inibir a fome. Uma outra pesquisa realizada na Penn State College of Medicine, nos EUA, sugere que a obesidade gradualmente torna menos sensível o paladar para doces, levando o indivíduo a consumir mais. Uma vez que, ratos obesos tem 50% menos neurônios trabalhando quando suas línguas eram expostas ao açúcar do que aos sabores salgado ou amargo, já a resposta aos sabores salgados foi a mesma em magros e gordos. Uma outra vertente aposta que quanto menos paladar sentimos menos vontade de comer temos. Assim, o comércio também está explorando a novidade criando um spray nasal para bloquear o olfato. E agora? Sentir ou não sentir o cheiro da comida?