Bem-estar não se compra.... se sente...


O pesquisador Thomas Gilovich da Cornell University publicou no Journal of Personality and Social Psychology uma pesquisa que mostra que a lembrança de emoções vividas (como férias ou festas) faz as pessoas mais felizes do que a compra de bens materiais. Uma vez que, os bens materiais são comparáveis – podendo levar a pessoa a se decepcionar caso fique em defasagem - enquanto as experiências são únicas, pessoais e intransferíveis. Por isso a decisão de gastar dinheiro com momentos é mais fácil do que com um bem material, o qual pode levar ao estresse e ansiedade devido à indecisão quanto às alternativas e a insatisfação se não conseguir comprar o que acreditava ser melhor.


Veja a matéria da BBC reproduzida pelo Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ferias-traz-mais-satisfacao-do-que-bens-materiais--diz-estudo,537139,0.htm

A longa marcha dos grilos canibais


O biólogo Molecular Fernando Reinach tomou uma iniciativa fantástica e que eu tinha muita vontade de fazer e até tento com esse Blog. Ele publicou um livro de crônicas sobre trabalhos científicos contemporâneos. Segundo o autor a ciência não deve ser um assunto tratado com tanto formalismo e seriedade, na verdade todos os protocolos e padrões impostos para os profissionais desse meio só contribui para o seu isolamento e o afastamento da população e dos outros profissionais da vivência dessas descobertas. Reinach quebra essa barreira e faz a ponte entre a academia e a vida diária transformando os textos sérios e densos em divertidas crônicas, colocando obviamente um toque pessoal nas suas observações. Eu estou lendo esse livro e gostando bastante, pois apesar da sua leveza, levanta inúmeras reflexões... Eu ganhei esse livro semana passada de uma aluna querida da psicologia... cuja dedicatória irei transcrever abaixo. A identidade dela eu vou deixar em aberto caso queira se manifestar. Fiquei muito honrada, feliz e lisonjeada com a homenagem.

Á professora Marta Fischer. Sinto-me honrada por tê-la conhecido e tê-la como professora. Você transmite domínio e profundo conhecimento da etologia, além de contagiar quem a ouve. Prova disto é que tudo o que vejo relacionado a etologia, me chama atenção e lembro de você, como este livro. Espero que seja boa leitura. Com carinho!

O instinto da fé....


Nicholas Wade - jornalista de ciência do "New York Times" acaba de lançar o livro "The Faith Instinct" uma abordagem da psicologia evolutiva com o intuito de desvendar as origens da religião, um tema extremamente interessante e integrante uma vez que esse comportamento é universal entre os humanos, logo modelado pela evolução. O autor reúne as principais pesquisas sobre a origem do "instinto da fé", porém está gerando uma certa polêmica pelo fato de estar sendo julgado como muito parcial. Reinaldo José Lopes, escritor da folha online, apresenta uma resenha do livro pontuando momentos importantes como a origem do homem moderno associada com as primeiras formas de arte e de ferramentas complexas aparecendo concomitante com coisas como funerais, oferendas (adornos e ossos de animais) e pinturas. Nos povos de caçadores-coletores modernos a "religião ancestral" pode estar ligada a danças comunais, juntamente com música, linguagem e religião que teriam evoluído juntas com objetivo de formar um complexo de comportamentos cuja principal função era garantir a coesão social de cada grupo. Os transes gerados pela dança exaustiva levariam à crença nas entidades sobrenaturais. A maior critica vem do fato que o autor não se refere a outra grande vertente das pesquisas sobre a evolução da religiosidade, que encara a crença no sobrenatural como um subproduto de outras capacidades mentais humanas as quais, essas sim, teriam sido moldadas pela seleção natural, tais como a propensão para detectar outras mentes no mundo circundante. Apesar de tudo, Lopes acredita que a conclusão do livro talvez tenha alguma permanência: um apelo para que as religiões saibam incorporar o que a ciência descobriu sobre a natureza e a evolução do homem em suas próprias narrativas do sagrado.
Mais informações: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u722628.shtml

Intuição... dá pra explicar?


A revista superinteressante trouxe na reportagem de capa o tema intuição... dá para explicar cientificamente algo tão natural para nós? Segundo a reportagem existem três tipos de intuição: 1) saber o que o outro está sentindo - como ler mente; 2) resultado da experiência; e 3) previsão do futuro. O último tipo é o que gera mais polêmica, mas na verdade o cálculo da probabilidade de determinada coisa acontecer no futuro é feita o tempo todo pelo cérebro. É isso que nos dá segurança para planejar o futuro. Na maioria das vezes o cérebro calcula a existência de um risco em determinada atividade - e que na verdade não ocorre. Nessa situação ele elimina os sinais que poderiam indicar o risco. Caso aconteça, é interpretado como intuição. Muito da intuição está relacionado com a linguagem não verbal, inconscientemente captamos sinais sutis que nos mostra o que de fato o outro está sentindo. Algumas pesquisas mostram que em 3 min é possível saber se um determinado casamento está bem, em outras dizem apenas 2 seg bastam.

Veja a reportagem completa: http://super.abril.com.br/ciencia/poder-intuicao-543477.shtml

Deixem as formigas morrerem em paz....


O cientista Jürgen Heinze, da Universidade de Regensburg através da instalação de uma filmadora em um formigueiro de Temnothorax unifasciatus descobriu que formigas doentes deixam o formigueiro para morrer sozinhas. O fato de viver em uma grande sociedade e a possibilidade de disseminação de doenças ser maior - afastar-se durante a doença é uma maneira muito eficiente de evitar que os seus companheiros de contaminem.

Veja a matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u686966.shtml
Página pessoal do pesquisador: http://www.uni-regensburg.de/Universitaet/Forschungsbericht/Bericht_9a/nat3/prof10.htm

Preconceito racial – Formação de grupo – Ameaças sociais


Priscila Tamioso do 7º Bio me mandou ontem essa matéria publicada na simbiótica.org que fala sobre crianças que não apresentam estereótipos raciais. O preconceito é um mecanismo natural para o ser humano e outros animais sociais, sendo extremamente importante na formação de grupo. E, apesar de toda globalização e nova consciência social parece ser algo impossível de mudar. Pesquisadores alemães publicaram na revista Current Biology a descoberta de um grupo de pessoas que parecem não formar estereótipos raciais. Essas crianças possuem uma perturbação de desenvolvimento neurológico conhecida por Síndrome de Williams (SW) – elas são excessivamente simpáticas porque não temem os estranhos. Essas crianças também não desenvolvem atitudes negativas sobre outros grupos étnicos, apesar de mostrarem os mesmos padrões de estereótipos de gênero que as restantes crianças. É a amígdala a região responsável pela resposta às ameaças sociais, por desencadear reações emocionais inconscientes a outras raças, logo o preconceito racial está associado ao medo. Segundo a psicóloga do desenvolvimento Uta Frith "Esta é uma situação nova, o suficiente para nos fazer pensar no significado dos estereótipos"
Veja o experimento completo: http://yourwebapps.com/WebApps/mail-list-archive.cgi?list=65673;newsletter=1889

Acenda as luzes e olhe nos meus olhos...


Vocês viram? Pesquisadores de Toronto publicaram essa semana que pessoas em salas escuras ou de óculos escuros tendem a ser mais desonestas e egoístas, uma vez que a falta de luz produz uma sensação de anonimato no cérebro, dando carta branca para ousar....

Elogio... arma para destruição em massa?


A revista superinteressante de abril publicou uma matéria muito interessante sobre os malefícios do elogio. Segundo a matéria o elogio que muitas vezes é sincero, pode ser uma grande arma de manipulação em mãos de estrategistas e pode causar danos severos em quem recebe, sendo que a curto prazo a pessoa pode se sentir pressionada, cobrada, desconfortável, insegura e ansiosa e a longo prazo pode transformar um gênio em potencial em um potencial arruinado. O experimento foi realizado com crianças separadas em dois grupos que foram elogiados após a realização de uma tarefa: no primeiro, a criança era elogiada pela sua inteligência e no segundo, pelo seu esforço. Depois uma bateria de vários testes consecutivos, alguns mais fáceis outros mais difíceis, aqueles que foram elogiados pela inteligência se sentiram pressionados a manterem esse status procurando uma forma de manipular a percepção do avaliador; se sentindo pressionados a se manterem inteligentes aos olhos dos outros e entrando em parafuso caso não fossem perfeitos, ou seja, não sabiam lidar com o fracasso. Algumas pesquisas mostram que pessoas consideradas como potenciais gênios na infância nem fazem faculdade, uma forma de se proteger de cobranças que não sabiam se dariam conta. Os esforçados, apenas apostaram no seu esforço e na superação da próxima tarefa, uma vez que o elogio foi direcionado para o processo e não para o resultado. No cérebro a área de conforto é acionada quando recebemos um elogio cuja interpretação é “muito bem, você fez a coisa certa, agora irá receber uma recompensa” sendo justamente o combustível para pessoa ousar cada vez mais e procurar novos desafios para “sentir gostosinho” novamente. O problema é quando elogios demais inibem o centro de recompensa a motivar a pessoa a ir em frente. Desta forma, o elogio pode ser uma arma de manipulação e destruição, intencional ou não, logo não fique triste se não recebe um elogio a tempos... pode ser a sua libertação.

Você consegue dirigir e falar ao celular? Parabéns, pois você representa 2,5% das pessoas com habilidade de multitarefas


Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Utah aponta que apenas 2,5% das pessoas têm capacidade de falar ao telefone e, simultaneamente, dirigir. O restante da população apresenta queda de 20% a 30% no desempenho da condução. Você vai arriscar?

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u714566.shtml

Abraço virtual com gostinho de real....


Cientistas japoneses acabam de desenvolver o traje robótico para substituir a falta de um abraço ou toque durante as conversar virtuais. O Traje "faz" sensações como abraço ou aperto de mão, em conversas via web, simulando sensações como batimentos cardíacos, abraços, borboletas no estômago e arrepios na espinha. O equipamento é resultado de cinco anos de pesquisa, e consiste em um sistema complexo de sensores, motores, vibradores e microfones, tecidos em uma série de tiras. O software criado por Alena Neviarouskaya decodifica mensagens emocionais embutidas no texto escrito desencadeando uma resposta ao toque no robô. O dispositivo é capaz de distinguir nove emoções como a alegria, medo, interesse, culpa e raiva, com cerca de 90% de precisão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u717758.shtml

Responda rápido: animal faz fotossíntese????


Elysia chlorotica uma lesma do mar de cor verde que habita a costa este dos Estados Unidos e Canadá consegue! Ela era conhecida por “roubar” os genes das algas de que se alimenta,- as Vaucheria litorea - a fim de obter os cloroplastos, no entanto, estudos atuais revelaram que o molusco marinho desenvolveu as suas capacidades químicas, permitindo-lhe fabricar clorofila sem necessitar roubar . Os pesquisadores utilizaram um sofisticado equipamento radioativo que comprova a produção dos pigmentos fotossintéticos, uma vez que os cloroplastos extraídos permanecem ativos durante um ano, o que significa que, no caso de uma lesma jovem se alimentar uma vez das algas e tiver acesso à luz solar, não tem necessidade de voltar a comer durante a sua vida. Se acredita que o animal conseguiu essa habilidade através de alguma mutação. É a seleção natural em tempo real!