Uma lágrima te comove? Então informamos que os animais também choram!


Série Ensaios: Ética no uso de Animais



Por Amanda Rodrigues da Silva, Lisyê Alice Baena, Marília Tararthuch

Graduandas do Curso de Biologia

Filhote de elefante chora após ser pisoteado pela mãe na China


                       



 


No zoológico de Rongcheng, província chinesa de Shandong, foi relatado o caso de um filhote de elefante asiático que chorou após ser pisoteado pela sua mãe. O incidente ocorreu após o nascimento do filhote, deixando-o gravemente ferido. O animal passou a ser cuidado pelos tratadores do zoológico. Segundo Vizachri, 2001, o choro induz a lágrima, sendo elas as únicas secreções consideradas dignamente humanas. Já as outras secreções, como o suor podem ser considerados excrementos, naturais dos seres vivos. Como os elefantes que quando choram, se aproximam de nós e ficando cada vez mais difícil de não aceitar que os animais possuem emoções e sentimentos.


As emoções estão presente com os seres vivos desde o nascimento, e não dependem de fatores sociais ou socioculturais. Podem ser um conjunto de
respostas químicas e neurais produzidas quando o cérebro “normal”, recebe um estímulo que faz o “equilíbrio” ser interrompido, desencadeando a emoção e muitas vezes resultam em sensações físicas, como um soco na mesa de raiva, ou a vontade de gritar por ficar surpreso. Nas emoções se encaixam: a alegria, tristeza, medo, nojo, raiva e surpresa. Já os sentimentos são mais complexos e dependem de fatores e variáveis socioculturais, podendo ser uma ideia sobre o corpo e/ou organismo, quando este é perturbado de alguma forma pelos processos emocionais. Quando um indivíduo está no ‘sentimento’, ele decide as coisas com racionalidade, sendo uma espécie de juízo sobre as emoções. Alguns exemplos de sentimentos são: a culpa, a vergonha, a gratidão, a simpatia, a compaixão, o orgulho, a inveja, o desprezo, o espanto.

Para muitos quando se trata de emoções e sentimentos em animais, vem a ideia de que são exclusivos da espécie humana, pois conseguimos compreender através de nossa comunicação linguística, e se os animais não podem dizer o que sentem, e se não podemos os compreender, logo deduzimos que não existem, já que é mais  fácil chegar a essa conclusão do que observarmos e reconhecermos de que muitos sentimentos são semelhantes entre animais e humanos como o medo, o amor, a  coragem, a raiva, a solidariedade, entre outros.

Podemos chegar a essa conclusão através de situações e fatos registrados no mundo animal, como o exemplo dos chimpanzés que sofrem o luto da perda de um membro da família, ou dos elefantes que choram, se aproximando de nós e ficando cada vez mais difícil delimitar a barreira que nos diferencia dos outros animais.

Foi realizado uma atividade virtual e em sala no qual estudantes de biologia discutiram sobre vários temas, dentre eles se os animais possuem ou não sentimentos e emoções. Uma barreira a ser quebrada é a superioridade entre homens e animais, já que os homens utilizam a suposta falta de emoções em animais a fim de explorá-los. Estudos já realizados nos mostram que animais são sencientes e que podem expressar emoções através de respostas motoras e sentimentos quando compreendem essas respostas. No decorrer da atividade foi abordado exemplo de animais que choram, como os elefantes já citados, em ratos mantidos em laboratório que riem, o comportamento emotivo de insetos como as abelhas, e a saudade que os pets sentem dos donos.


Nós futuras biólogas acreditamos que os animas possuem sem dúvidas sentimentos e emoções, e que a sociedade busca explorar os animais, dando a desculpa que eles não possuem sentimentos e emoções.

O Presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, tendo como base as seguintes obras:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/09/filhote-de-elefante-chora-apos-ser-pisoteado-pela-mae-na-china.html
http://www.centrodeestudos.org/sentimento-ou-emocao/
http://www.ime.usp.br/~chico/tania_quandooselefantes.pdf
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/a-quimica-corpo.htm
http://ciencia.hsw.uol.com.br/comunicacao-animal.htm
https://www.youtube.com/watch?v=AlCGKDaTyZU
http://www.linkanimal.com.br/cachorros/caes-sentem-inveja/
https://www.youtube.com/watch?v=feQBODc-lFs
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/11/05/clique-ciencia-alem-dos-humanos-outros-animais-podem-sorrir-ou-chorar.htm
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/07/experiencias-sugerem-que-insetos-tem-sentimentos.html
http://www.animal-ethics.org/senciencia-secao/


Até que ponto é necessário o uso de animais em experimentos?? Caso Instituto Royal


Série Ensaios: Ética no Uso de Animais



Por Bruna Linhares, Patrícia Ferreira, Paulo Vaccari Neto, Publio Bonin, Rafael Xavier.

Graduandos do Curso de Ciências Biológicas Bacharelado PUCPR






O caso Instituto Royal ocorreu em São Roque - SP, em 18/10/2012, é um exemplo da realidade que muitos animais passam quando são submetidos a experimentos. Os cães eram maltratados, deixados em condições precárias, submetidos a testes violentos. Um grupo de ativistas, após saber desses acontecimentos, invadiram o Instituto e retiraram 178 cães do local que foram levados para doação posteriormente. Os testes que foram feitos eram para ver os efeitos colaterais os cães apresentavam após ter tomado doses de medicamento que estariam para ser lançados. Ao inserir os testes nos cães, era possível verificar as possíveis reações adversas, como vômito, diarreia, perda de coordenação e até convulsões. Muitos cães são sacrificados antes de completarem um ano de vida, o que demonstra a força dos medicamentos nos animais. O Instituto Royal também havia publicado em seu site texto que defendia o uso de animais em pesquisas, intitulado “Métodos alternativos ao uso de animais”!

Até pouco tempo atrás não existia nenhuma lei que proibisse ou regulamentasse o uso de animais em experimentos. Ratos, coelhos, cachorros, rãs eram - e ainda são - utilizados em indústrias de cosméticos, na indústria farmacêutica sendo submetidos a testes de novas drogas, ambientes estressantes, jaulas pequenas demais, testes e mais testes, sofrimento, dor, todos essas situações são vividas por vários animais. É fato que em muitos casos foram desnecessários. Somente nas últimas décadas os animais passaram a ser vistos como uma forma de vida que merece respeito pois sentem dor, possuem sentimentos como nós e não são como um objeto, cada um tem o seu valor. Diferentemente do que muitos pensam, os animais não estão aqui para nos servir. É nosso dever respeitá-los e protegê-los como seres vivos. Em 8 de outubro de 2008 entrou em vigor a lei Arouca (LEI Nº 11.794), que regulamentou o uso de animais em experimentos científicos. Proposto inicialmente pelo deputado e sanitarista Sérgio Arouca, em 1995. A lei prevê que os laboratórios tenham dois anos – a partir da publicação - para se adequar às normas internacionais que restringem o uso de cobaias apenas para pesquisas que tenham como finalidade melhorar e prolongar a vida do ser humano. Também é permitido o uso de animais em experimentos que testem a segurança e eficácia de fármacos desenvolvidos para o tratamento de doenças. Em ambos os casos, as pesquisas devem obrigatoriamente prezar pelo bem estar do animal utilizado.

No fim da década de 1950, o livro (“Princípios das Técnicas Experimental Humanas”- Russel e Burch, 1959) lançou a ideia dos 3Rs: Reduction (que consiste em usar o menor número possível de cobaias), Replacement (se remete ao uso de modelos alternativos de investigação, por exemplo, utilizar gatos ou ratos em vez de macacos, cultura de células em vez de modelos animais) e Refinement (o aperfeiçoamento de todos os processos envolvidos na experimentação visando, no fim, a redução do uso de animais ou redução do seu sofrimento.); para guiar uma utilização mais parcimoniosa de animais na experimentação.

            Vários avanços foram descobertos através dessas experiências, então temos que tirar proveito dessas informações já obtidas e parar com o uso de animais pois além de não serem eficientes fazem os bichos passarem por situações terríveis. Hoje existem vários métodos alternativos que podem ser utilizados e que estão sendo adotados cada vez mais em várias partes do mundo. Deve-se utilizar os experimentos em último caso, e mesmo assim não se tem a garantia de que o produto testado irá causar o efeito desejado em humanos. Nossos organismos apesar de apresentarem respostas parecidas com de alguns animais, são diferentes, podendo causas reações adversas, mesmo após os testes em animais, como já aconteceu inúmeras vezes! Remédios tiveram que ter sido retirados do mercado pois causavam morte fetal, morte do indivíduo, entre outros.

A abolição total dos testes em animais depende de nós consumidores. Hoje, com as informações disponíveis, podemos escolher entre produtos testados e não testados em animais. Nosso grupo concluiu que o debate realizado em sala passou por vários temas, que foram desde a utilização de animais em apresentações culturais e midialísticas até a utilização de animais em nossa dieta. Nos levando à um questionamento acerca da nossa relação e convivência com animais no decorrer da história e como os utilizamos como ferramentas para facilitar nossa evolução tecnológica e, posteriormente, ferramentas de adorno e diversão relacionado com nosso estado individual de felicidade predestinado pelo nosso cultural. O debate mostrou de forma clara como perdemos nosso contato com a natureza, nosso estado de natureza, e criamos um cenário a parte em que tratamos os animais e indivíduos a nossa volta de acordo com nossas necessidades, por suas utilidades ou beleza. Este cenário demonstra a valoração do ser humano como um ser a parte dos outros; Superior por ser dotado de razão, diferencia-o dos outros seres lhe dando condição de dominância sobre os mesmos, que por fim são tratados como objetos de utilização para os mais distintos fins. Este quadro de dominância ultrapassa o ético e moral, levando a extremos por caprichos criados pelo cenário cultural, não importando o custo monetário ou de vida. A vida dos animais não é valorada como a dos seres humanos, o que leva as pessoas a pensar que eles estão aqui para servir-nos, seja em diversão, alimentação, experimentos. O processo a qual o animal é submetido para os diversos tipos de atividade, como para nossa alimentação ou em shows de apresentação, é desconhecido ou omitido pela maioria das pessoas, o que leva as pessoas a concordarem com a utilização dos mesmos em qualquer tipo de fim.

Por fim, o debate acrescentou uma gama de informações que proporcionaram observar a questão de outra perspectiva, mais organizada e enriquecida, de uma perspectiva evolutiva do comportamento muito mais detalhada, sabendo diferenciar que características podem ser exclusivas de seres humanos e de animais e em que momentos a integridade moral destes esta sendo ferida, criando um senso crítico maior e mais rico para futuros debates.

O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas obras:



A VERDADEIRA FACE DA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL. Sua Saúde em perigo. Sérgio Greif & Thales Tréz. Sociedade Educacional Fala Bicho (2000).

http://www.pea.org.br/crueldade/testes/

http://www.icb.ufrj.br/Revista-Bio-ICB/Materias-Anteriores/Lei-Arouca-e-a-etica-no-uso-de-animais-233.html

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11794.htm

https://prismacientifico.wordpress.com/2012/06/16/etica-em-experimentacao-animal-parte-2-os-3-rs/

É possível aprender com o Sofrimento do outro?


Série Ensaios: Ética no Uso de Animais





por Bruna Schaidt, Izadora Rafaela S. de Oliveira e Sayori Nakayama de Castro.
Graduandas do curso de Ciências Biológicas

Em junho de 2015, um grupo formado por professores, estudantes e profissionais atuantes na área de direitos animais se reuniu com o objetivo de eliminar práticas que geram sofrimento nos animais no campus da USP de Piracicaba (ESALQ – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).

Essa iniciativa surgiu devido as sucessivas preocupações com a condição dos animais utilizados em ensino ou até mesmo em pesquisa na ESALQ. Em 2015, um documento foi escrito e assinado pelo Professor Dr. Marcos Sorrentino e pela Professora Dra. Maria Castellano, requisitando atenção da diretoria da universidade sobre o tema, e exige: “a libertação total dos animais de qualquer situação de exploração”. O documento ressalta o direito ético dos animais em serem livres:

“[…] podemos constatar que, pelo simples fato de estarem confinados e submetidos a condições não naturais, de exposição a momentos de estresse e dor, seu direito à vida, à liberdade e o direito de não sofrer […] estão sendo violados.”



A primeira resposta da universidade foi dizer que cumpre todas as normas federais para a pesquisa com animais, e que o Comitê de ética (CEUA) da ESALQ garantia os cuidados adequados. O grupo, então, propôs a realização de discussões e palestras a serem feitas no campus, para que os estudantes ficassem sabendo e participasse dos debates.  A proposta é que os animais parem de ser usados para fins de ensino ou científicos.






Essa questão de uso de animais aulas práticas, envolve o descaso com o bem-estar animal.  No Brasil o uso de animais como modelo de experimentação em aulas é permitido apenas no ensino superior, porém já é uma questão bastante problemática. A realização dessa prática é intensa e muitos pesquisadores ainda defendem a ideia de que é algo indispensável para a aprendizagem dos alunos. Além disso, segundo a União Britânica para a Abolição da Vivissecção, estima-se que 115 milhões de animais são usados para estes fins ao redor do mundo, porém este é um dado subestimado, uma vez que apenas 37 de 179 países coletam tais informações.

Uma questão importante levantada quanto ao uso desse modelo de aprendizado são os motivos que são usados para justificar a prática, pois normalmente os professores apenas expõem para os alunos algo que é confirmado há muito tempo, ou seja, não teria necessidade de usar modelos animais para reafirmar algo que já está comprovado na literatura. Outro ponto importante a ser discutido, são as condições que estes animais são mantidos, mesmo havendo algumas regras a serem seguidas para a realização das aulas. Não é apenas o uso para as práticas em si que tornam os casos preocupantes, mas como eles passam a vida em ambientes e condições totalmente fora da realidade da natureza deles. Gaiolas, jaulas, espaços reduzidos, falta de contato com outros da espécie, além de outros agravantes, torna a vida deles longe de ser uma vida de qualidade e com bem-estar.

alternativas para a substituição de animais em aulas práticas, como modelos mecânicos, que são praticamente idênticos às estruturas que devem ser observadas ou até mesmo usadas da mesma forma que estruturas vivas.




           

O assunto se torna cada vez mais discutido, pois as opiniões se dividem quanto ao uso dessa prática. Muito pesquisadores não abrem mão do uso de animais em aulas, porém, muitos já defendem e entendem que os animais são seres vivos, ou seja, organismos capazes de sentir dor e sofrimento, então não é aceitável que se faça uso deles.

Durante o debate realizado em sala sobre este tema em específico, foi possível notar que houve um consenso sobre a utilização de animais em aulas práticas. Notou-se que grande parte dos alunos que se manifestaram se mostraram de acordo com a opinião de que há outras opções para a visualização de demonstração em aulas práticas, e que concordaram que os pesquisadores e professores que não aceitam estes métodos alternativos deveriam abrir espaço para as novas tecnologias que permitem estas substituições.

A interação entre homens e animais sempre esteve presente na trajetória da humanidade, desde uma época onde os homens viviam em cavernas e encontravam na caça uma forma importante de sobrevivência. No debate da sala do 7º  período de Biologia, a primeira questão foi "os animais têm emoções e sentimentos?". Segundo Masson e Mccarthy, 1998, a emoção é um conjunto de todas as respostas motoras que o cérebro faz aparecer no corpo em resposta a algum evento. É um programa de movimentos como a aceleração ou desaceleração do batimento do coração, tensão ou relaxamento dos músculos e assim por diante. Já o sentimento é a forma como a mente vai interpretar todo esse conjunto de movimentos. Ele é a experiência mental, e alguns desses sentimentos não se relaciona com a emoção, mas com os movimentos do corpo. Por exemplo, quando sentimos fome, é uma interpretação da mente de que o nível de glicose está baixo e é preciso se alimentar. As emoções raramente aparecem em forma pura, isoladas das outras emoções, como raiva e medo, medo e amor, amor e vergonha sempre convergem em situações particulares.

Diversos estudos científicos apresentam resultados consideráveis de que os animais possuem essa capacidade. Atualmente, muitos cientistas defendem que todos os animais vertebrados, são sencientes em diferentes graus. A neurociência esta trabalhando com os estímulos nos diferentes sistemas emocionais, e as respostas dos humanos e dos animais são semelhantes. Esse fato é de fundamental importância, de maneira que a relação entre o homem e o animal deve ser respeitada, e com responsabilidade de preservar o bem-estar animal com a consciência de que os animais também possuem emoção e sentimentos.

Hoje existe um consenso de que a consciência é a propriedade de estar consciente de si mesmo e de seu lugar no ambiente (Damásio, 2011; Kandel,2003; Kolb & Whishaw, 2002). Cientistas concordam que a consciência não é um processo único, mas sim, uma coleção de vários processos, como os envolvidos à visão, à fala, ao pensamento, à emoção, entre outros (Kolb & Whishaw, 2002).  Com diferentes aspectos como nível generalizado de alerta, atenção, seleção do objeto da atenção baseada em objetivos, motivação e início da atividade motora e cognitiva, a consciência, está associada à atividade de neurotransmissores específicos produzidos pelos neurônios do tronco encefálico e transportados para o cérebro pelo sistema de ativação reticular. Os neurotransmissores são a serotonina, norepinefrina, acetilcolina, e dopamina (Lundy, 2008; Kolb & Whishaw, 2002).

Segundo um grupo de cientistas reunidos na Universidade de Cambridge proclamou que humanos não são os únicos seres conscientes. "Animais não-humanos como mamíferos e aves, e vários outros, incluindo o polvo, também possuem as faculdades neurológicas que geram consciência", declarou o grupo, na chamada Declaração de Cambridge. Um artigo escrito pela Helen Proctor, atual doutoranda em uma tese sobre senciência animal, e seus colegas da WSPA fornece uma revisão sistemática da literatura científica sobre senciência. O esforço utilizou uma lista de 147 palavras chave, e a equipe revisou mais de 2.500 trabalhos sobre senciência animal. Eles concluíram: “Evidências da senciência animal estão por toda parte”. Em particular interesse da Helen e de seus colegas, está a descoberta de “uma grande tendência dos estudos assumirem a existência de emoções negativas nos animais, tais como dor e sofrimento, em detrimento de emoções positivas, como alegria e prazer”.

Outro ponto é a utilização dos animais na alimentação, que para maioria das pessoas é algo necessário e insubstituível, porém muitos vegetarianos estão comprovando a possibilidade da obtenção da proteína dos animais por várias alternativas. Vários estudos já demonstraram que a pecuária é a principal causa das mudanças climáticas que presenciamos nos dias atuais. Isso porque, desde que houve o aumento exponencial da população, passou-se a destruir grandes áreas naturais, para a criação de pasto para gado. E, além disso, boa parte das monoculturas existe para suprir a demanda da alimentação dos animais da indústria pecuária.  O principal problema talvez não seja o uso do animal na alimentação, mas a maneira como eles são produzidos, bem como o seu desperdício.

 Outra maneira cruel da utilização dos animais é para o vestuário, onde o sofrimento no animal inicia do momento da captura, até a retirada da pele de maneiras cruéis e inaceitáveis para que a pele fique com uma determina textura desejada. Muitas pessoas não acham errado usar produtos de couro ou lã, por serem resultado da exploração de animais originalmente usados na alimentação, sendo uma destinação útil para um produto que, inevitavelmente seria descartado. Por outro lado, as peles se tornaram acessórios ultrapassados, provavelmente, reflexo dos movimentos pró-animal de repercussão internacional, bem como devido à eficácia e ao preço dos materiais sintéticos (Regan, 2006).

O uso e abuso de animais não parou por aí, eles também são usados para entretenimento, e esse é um dos casos que causa maior indignação. Muitas vezes, a utilização de animais para shows, circos, parques temáticos, touradas, rodeios, caça, práticas esportivas e zoológicos tem uma argumentação cultural, porém envolve diversas questões éticas discutíveis em relação ao bem-estar desses animais. É possível que a exploração de animais a partir de outras mídias, tais como cinema, TV, internet e jogos, tenha suprido a necessidade de presenciar os espetáculos. Legalmente, o uso de animais em circos foi proibido em diversos estados brasileiros, contudo, apesar dos inerentes maus-tratos, práticas como o rodeio são mantidas sob uma motivação econômica e cultural (Projeto Esperança Animal, 2015a). A limitação da compreensão da exploração animal para entretenimento ficou evidente na condenação aos circos, mas não na visão dos problemas envolvidos no confinamento de animais para exposição nos zoológicos, criados com o propósito de expor espécies exóticas (Sanders; Feijó, 2007). A disponibilização de informação sobre a vida dos animais transmitidas pela mídia e documentários, provavelmente tem tocado a sociedade, com a intenção de cobrar atitudes éticas, superando a demanda pública pela estética natural (Morris, 1990).

            Os animais são utilizados para diversos fins, para serviço e benefício do homem. Há muito tempo eles são utilizados como transporte mesmo diante de todo o avanço tecnológico, e a criação de automóveis, e até hoje cavalos servem para puxar carroças, cães são usados por deficientes visuais como guias, e diversos animais são usados em terapias. A sociedade aceita e até estimula a utilização de animais para trabalho, principalmente como meios de transporte, pois foram a base do desenvolvimento econômico e tecnológico da humanidade (Petroianu, 1996). Mesmo diante de todo o avanço da urbanização, o sustento de mais da metade da população mundial ainda depende dos animais de carga (world Animal Protection Brasil, 2007).

Foi no século XIX que a experimentação animal emergiu como um importante método científico (Orlans, 1993), com François Magendie como pioneiro nas experimentações. Os experimentos realizados por Magendie refletem em grande parte o pensamento cartesiano, isto é, não levavam em consideração o sofrimento do animal, já que o animal é visto como uma máquina.  Porém, antes, O’Meara (1614 -1681) já dizia que a agonia a que os animais eram submetidos daria origem a resultados distorcidos (Ryder, 1989). James Ferguson (1710-1776), o cientista considerado pioneiro em buscar alternativas à utilização de animais em experimentos, que criticava o sofrimento do animal utilizado em experimentos sobre a respiração e, em suas demonstrações públicas, utilizou um modelo de balão para simular os pulmões (Ryder, 1989). Embora a notável importância dos usos dos animais na pesquisa e nos avanços da medicina, cosméticos, indústria farmacêutica entre outros, aparece a questão da experimentação como um problema relacionado ao bem-estar animal, isto é, o estresse e a dor aos quais os animais são submetidos podem produzir alterações fisiológicas, as quais podem alterar os resultados obtidos (Wolfensohn & Lloyd, 1995: 174). Com o avanço tecnológico e cientifico, é completamente acessível o estudo e a criação de exemplares alternativos para testar produtos, como por exemplo, pele sintética, cultura de células e até mesmo o teste em humanos, desde que seus direitos sejam respeitados.

            Nós como futuros biólogos acreditamos que analisando todos os temas abordados, percebemos que o que falta é o entendimento da inteligência dos animais. Por mais que não os entendamos totalmente, e que o pouco que conseguimos decifrar de suas mentes seja algo muito superficial, não podemos negar de que sim, os animais possuem inteligência.      Nós humanos gostamos de nos vangloriar de como nossa mente funciona, subestimando assim outros assim outros seres, apenas porque não compreendemos sua natureza. Porém, não podemos afirmar que eles não possuem inteligência e que não pensam. Pesquisadores e estudiosos dos animais, já comprovaram que eles são capazes de pensar e agir através de um raciocínio previamente estabelecido.     Alguns dizem que até mesmo planejar o futuro pode ser feito por um animal, e não apenas humanos, como se pensava. Porém, é claramente mais fácil para alguns apenas aceitar que animais não possuem inteligência para que possam continuar à usa-los de forma abusiva, seja para trabalho ou pesquisa.   O que falta é o ser humano entender que não compreendemos tudo que vemos e, que para entender a mente de outro animal, é preciso que não os desvalorizemos.
                  
O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, tendo como base as obras
Animais têm consciência: trate-os como iguais. Edição 313,2012.  Recuperado em  http://super.abril.com.br/ciencia/animais-tem-consciencia-trate-os-como-iguais
Damásio, A. R. (2011). E o cérebro criou o Homem. São Paulo: Companhia das Letras.
Depois de 2.500 estudos, já não é hora de declararmos a senciência animal provada?. Recuperado em https://oholocaustoanimal.wordpress.com/2014/12/05/depois-de-2-500-estudos-ja-nao-e-hora-de-declararmos-a-senciencia-animal-provada/
Grupo da USP se reúne para acabar com sofrimento animal na ESALQ Recuperado em https://oholocaustoanimal.wordpress.com/2016/03/11/grupo-da-usp-se-reune-para-acabar-com-sofrimento-animal-na-esalq/
Helen S. Procto, Gemma Carder e Amelia R, Cornish, Seaching for Animal Sentience: A Systemactic Review of the Scientific Literatures. Animals, 2013, 882-906..
Kandel, E. R.; Schawartz, J. H. & Jessell, T. M. (2003). Princípios da Neurociência. 4ª Ed. Barueri: Manole.
Kolb, B. & Whishaw,I. Q. (2002). Neurociência do Comportamento. Tamboré: Manole.
Lundy- Ekman, L. (2008). Neurociências: fundamentos para reabilitação.  3ªEd. Rio de Janeiro: Elsevier.
MASSON, Jeffrey; MCCARTHY, Susan; CORTES, Paula. Quando os elefantes choram. A vida emocional dos animais. São Paulo, Geração Editorial, 2001.
MORRIS, D. O contrato animal. Rio de Janeiro: Record, 1990
ORLANS, F. B, 1993. In The Name of Science. Issues in Responsible Animal Experimentation. New York: Oxford University Press.
PETROIANU, A. Aspectos éticos na pesquisa em animais. Acta Cirúrgica Brasileira, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 157-64, 1996.
PROJETO ESPERANÇA ANIMAL. Animais usados para tração. Disponível em: . Acesso em: 20 nov. 2015b.
REGAN, T. Jaulas vazias. Porto Alegre: Lugano, 2006
RYDER, R. D., 1989. Animal Revolution. Changing Attitudes Towards Speciesism. Cambridge: Basil Blackwell.
SANDERS. S.; FEIJÓ. A. G. S. Uma reflexão sobre animais selvagens cativos em zoológicos na sociedade atual. Uma reflexão sobre animais selvagens cativos em zoológicos na sociedade atual. In: CONGRESSO INTERNACIONAL TRANSDISCIPLINAR AMBIENTE E DIREITO, 3., 2007, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: PUC RS, 2007.
WOLFENSOHN, S. & LLOYD, M., 1995. Handbook of laboratory Animal Management and Welfare. Oxford: Oxford University Press.
Sociedade Mundial de proteção Animal. Animais de trabalho. [2007].

Consciência, o falso privilégio da humanidade


Série Ensaios: Ética no Uso de Animais

Por Ana Paula Miranda, Erick Barbosa Ribeiro, Kathylin Fiorotti da Silva Brittes e Mairan Eliszabet Rezena da Silva

Graduandos do curso de Biologia

Como os animais selvagens reagem diantes de espelhos? Onças, Gorilas, Chimpanzés, Elefantes e Aves são capazes de se reconhecer em um espelho?


O teste do espelho é experimento que visa medir a auto-consciência ao determinar se um animal é capaz de reconhecer o seu próprio reflexo no espelho por meio da compreensao da imagem de si mesmo. Há nove espécies que passaram no teste do espelho, incluindo pegas e elefantes, principalmente primatas, mas a maioria dos bebês humanos não passam no teste do espelho até vários meses de idade. Então questiona-se por que utilizar um teste que não funciona eficientemente nem com humanos?

Por séculos a conciência foi compreendida como um privilégio da humanidade e usada para justificar o uso de animais como objetos pela sociedade. A consciência é uma qualidade da mente, subdividida em  subjetividade, autoconsciência, senciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. A declaração de Cambrigde, afirma que os humanos não são os únicos animais com as estruturas neurológicas que geram consciência, concedendo aos outros animais uma chance de serem aceitos pela sociedade como seres capazes de pensar e sentir.

No entanto, sabe-se que existe diferença no grau e tipos de consciência dentro dos grupos animais e o grande desafio dessa situação é aceitar que a consciência humana não cabe mais como parâmetro de comparação para definir que tem ou não consciência. O teste do espelho funciona para alguns animais como chimpanzés e golfinhos, mas para os cães por exemplo, não é eficiente, pois estes não se reconhecem ao ver seu reflexo. Isso ocorre devido as características particulares de como cada espécie se comunica e se relaciona com outros indivíduos do grupo. Os cães se comunicam muito pelo olfato, reconhecendo os outros e a si mesmo por cheiros deixados no ambiente, então como um teste de espelho poderia julgar sua capacidade de autoconhecimento se utiliza os referencias humanos?

Em um debate ocorrido em ambiente virtual e presencial com futuros biólogos, foram levantadas questões como a consciência da morte nos animais. Muitos relatos de vídeos mostram indivíduos, que presenciam seus companheiros morrendo, apresentando comportamentos pouco conhecidos, muitas vezes interpretados como desespero, tentativa de salvar o outro, extrema tristeza e despedida. O infanticídio, também foi abordado em sala, sendo recorrente em diversas espécies, como uma medida de proteção das mães para com os filhotes, estando fortemente relacionada ao instinto materno, através do hormônio do amor, a ocitocina. Pouco se sabe sobre a consciência que os animais possuem de sua própria morte,  mas  relatos de suicídio cometidos por golfinhos e cães nos faz acreditar que os animais reconhecem o fim de sua vida “útil”, cometendo suicídio em casos de estresse e tristeza, como por exemplo quando seus donos ou treinadores morrem. A relação entre o instinto e a consciência variam dentro de cada comportamento e em cada espécie, sendo necessário avaliar cada situação individualmente. A efetividade e abrangência da declaração de Cambridge, foi discutida considerando que a mesma não abrange todos os grupos animais, principalmente os invertebrados, que são deixados de lado pela maior parte da comunidade científica, outro ponto abordado é o fato de que a declaração foi produzida e assinada basicamente por neurocientistas, não considerando a pesquisa em campo, realizada por biólogos e etólogos. A declaração foi sim um marco importante para abrir os olhos da comunidade científica quanto ao direito e ética com os animais, contudo, a mesma poderia ser mais abrangente entre os grupos animais se contasse com mais pesquisas de diferentes áreas.

Quanto mais estudamos o comportamento dos animais, mais nós nos surpreendemos com a semelhança com os humanos. Mas afinal, eles agem como humanos ou nós agimos como eles? Existe na sociedade e na comunidade científica, um grande impasse quanto aos padrões de avaliação das capacidades animais, principalmente dos grupos menos estudados como os invertebrados. O grande problema está na insistência que temos em usar os humanos como referencial avaliativo.  Nós como formandos em biologia acreditamos que, para que se possa alcançar a compreensão do que os animais são capazes, é necessária uma mudança nos paradigmas da ciência e assumir uma postura de pesquisadores abertos a entender a consciência, inteligência, os sentimentos e emoções de cada animal, respeitando sua individualidade e considerando seu ambiente de vida e suas necessidades.



O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas seguintes obras:






Crueldade Atrás Do Riso: O Uso De Animais Para Entretenimento


Série Ensaios: Ética no uso de Animais

por: Bruna Falavinha, Catia Sant’anna, Jonathan de Jesus e Paola Gyuliane.

Graduandos do curso de Biologia da PUCPR



Recentemente um elefante morreu no Camboja durante um passeio sob um sol de 40 graus carregado de turistas nas suas costas. O elefante asiático, espécie ameaçada de extinção, foi vítima de um ataque cardíaco fulminante devido ao cansaço e a temperatura extrema. A agência que gerencia os passeios no local prometeu reduzir as horas de trabalho de seus outros 13 animais até que as temperaturas amenizem, entretanto, milhares de internautas assinaram uma petição para que o uso destes elefantes para o entretenimento dos turistas seja proibido e a conservação da espécie seja levada a sério.






Animais são utilizados na indústria do entretenimento para uma grande variedade de usos. Os humanos partem do pressuposto de que são uma raça superior e que os animais e a natureza estão aqui para servi-los. A exploração animal causa problemas físicos, fisiológicos e psicológicos nos animais, levando a grande maioria a morte. A Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê punições àqueles que, de alguma forma, causem mal aos animais não-humanos, entretanto, as punições são leves e levam em consideração a exploração animal em benefício dos humanos.

Um exemplo de animal bastante explorado é o cavalo. Os cavalos são utilizados para a prática da equitação, espetáculos em eventos e na televisão, provas de rodeios e competições de corridas e apostas. Os animais são submetidos a treinamentos intensos, são forçados a competir ou ser montados e ficam expostos ao risco de fraturas e, não em poucos casos, até a morte. A entidade Animal Aid produziu relatórios revelando ao longo dos últimos anos os problemas na criação de cavalos para entretenimento, corridas, treinamento e a eliminação dos cavalos comercialmente improdutivos” (cavalos já velhos que não podem ser utilizados para corrida ou equitação e são sacrificados). Em um período de 1.864 dias, entre 2007 e 2012, a entidade contabilizou 816 mortes de animais, APENAS, nos torneios britânicos. Além de problemas nos joelhos, cascos, colunas e articulações devido as provas e ao peso extra que carregam nas costas, os cavalos ainda passam pelo estress psicológico, em sua maioria, pela perda de sua liberdade, o confinamento em baias pequenas, serem submetidos a montarias de desconhecidos e não ter convívio social pois os cavalos são animais que vivem em sociedade.






            Dentro de muitos circos, safaris e parques zoológicos também ainda é possível observar a exploração excessiva dos animais para o entretenimento. Muitos animais nesses locais não recebem a alimentação e o tratamento adequados para suas espécies. Além disso, a exploração em alguns casos chega a ser cruel. O uso de animais em circos, por exemplo, onde força brutal e choques elétricos são utilizados para obrigá-los a realizar atividades desgastantes e perigosas que podem causar queimaduras, fraturas e extirpação de membros e lesões, fazendo com que os animais muitas vezes cheguem a óbito. Apesar do uso de animais em circos já ter sido proibido em vários lugares, inclusive em Curitiba sob a lei Nº 12.467 de 25 de outubro de 2007, algumas cidades brasileiras e outros países ainda o permitem. Em muitos zoológicos e safaris alguns animais são dopados para que turistas possam se aproximar e tirar fotografias, como no caso dos leões do Zoológico de Lujan, na Argentina. Além disso, há diversos relatos de maus-tratos e mortes por descaso e negligência. Segundo a ANDA (Agência Nacional de Direitos Animais), no mundo inteiro, há mais de cinco milhões de animais selvagens vivendo em zoológicos, sendo que mais de um milhão morrem por ano devido ao aprisionamento. Será que isso é realmente um lazer necessário para a espécie humana?








Para a exploração de animas de grande porte temos o rodeio, tourada, farra do boi, vaquejada, dentre outros que mexe com grande público e tem grande visibilidade. Além de ser normal para uma parte da população, que vê nessas atrações uma forma de renda, existe também o estilo cowboy.

             No rodeio temos grandes tradições de vestimentas, como a camisa xadrez, calça jeans, bota, chapéu e cinturão. Os eventos trazem animais como bois, vacas, bezerros, touros e cavalos e algumas vezes até bodes, cabras. Possuem aclamações em muitos locais, como Expo Guaçu em Mogi Guaçu/SP RODEIO, em Ribeirão Preto SP AGRISHOW, Mandaguari PR Expo Mandaguari, São Sebastião do Paraíso MG Festa do Peão de Boiadeiro Paraíso e muitos outros.

             O rodeio possui grande investimento, algumas empresas que apoiam e/ou patrocinam são a AMBEV, Antarctica, Brahma, Skol, Miller, Carlsberg, Bohemia, Caracu, Marathon, Lipton, Pepsi, Vivo, Mastercard, Redecard, Bayer, Carrefour, Souza Cruz, Friboi, Minuano, Arroz Rosalito, Supermercado Savegnago, e muitos outros. Eles estão a frente de um espetáculo de dor e sofrimento, que de certa forma máscara com propaganda cheia de alegrias e entusiasmo.

A Circus Animal Rights Coalition de Malta, que inclui mais de uma dezena de ONGs ligadas à proteção animal, elogiou a iniciativa da secretaria de educação, que instruiu que as escolas não promovam visitas a circos durante o período escolar.

Durante o debate com uma turma de formandos de Biologia foram dados exemplos de animais que sofrem maus tratos em Haras, zoológicos, parques de diversões com shows aquáticos, entre outros. Questões foram abordadas acerca de movimentos culturais que utilizam os animais e que ganham ainda mais força por toda a economia que é gerada com tais atividades. Unanimemente, os estudantes concluíram que o uso de animais para entretenimento é um ato cruel e egoísta do homem, que só traz dor e mal-estar aos animais e nada acrescenta para a vida das pessoas.

Nossa opinião como futuros biólogos é de que o sofrimento imposto a estes animais não agrega conhecimentos ou ensinamentos para os humanos, portanto é fútil e sem sentido. Os animais possuem consciência, sentimentos e emoções e a exploração desnecessária dos mesmo deve ser proibida para assegurar aos animais seu bem-estar.





O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas obras:





MARTINS, R. F. A cruel utilização de animais em circos. Pensata Animal, Número 41 Ano VIII, Primavera de 2015. Disponível em: http://www.pensataanimal.net/arquivos-da-pensata/76-renatafmartins/115-a-cruel-utilizacao-de-animais-em-circos




Souza, Coryntho de - Rodeio, ontem e hoje - Ed. Valença, 1973

Martins, Cyro - Rodeio, estampas e perfis - Editora Movimento, 1976