Série Ensaios:
Ética no uso de Animais
por: Bruna Falavinha,
Catia Sant’anna, Jonathan de Jesus e
Paola Gyuliane.
Graduandos do curso de Biologia da PUCPR
Recentemente um elefante
morreu no Camboja durante um passeio sob um sol de 40 graus carregado de turistas
nas suas costas. O elefante asiático, espécie ameaçada
de extinção, foi vítima de um ataque cardíaco fulminante devido ao cansaço
e a temperatura extrema. A agência que gerencia os passeios no local prometeu
reduzir as horas de trabalho de seus outros 13 animais até que as temperaturas
amenizem, entretanto, milhares de internautas assinaram uma petição
para que o uso destes elefantes para o entretenimento dos turistas seja
proibido e a conservação da espécie seja levada a sério.
Animais são utilizados
na indústria do entretenimento
para uma grande variedade de usos. Os humanos partem do pressuposto de que são
uma raça superior e que os animais e a natureza estão aqui para servi-los. A
exploração animal causa problemas físicos,
fisiológicos
e psicológicos
nos animais, levando a grande maioria a morte. A Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) prevê
punições àqueles que, de alguma forma, causem mal aos animais não-humanos, entretanto,
as punições são leves e levam em consideração a exploração animal em benefício
dos humanos.
Para a
exploração de animas de grande porte temos o rodeio, tourada, farra do boi, vaquejada, dentre outros que
mexe com grande público e tem grande visibilidade. Além de ser normal para uma
parte da população, que vê nessas atrações uma forma de renda, existe também o
estilo cowboy.
No rodeio temos grandes tradições de
vestimentas, como a camisa xadrez, calça jeans, bota, chapéu e cinturão. Os
eventos trazem animais como bois, vacas, bezerros, touros e cavalos e algumas
vezes até bodes, cabras. Possuem aclamações em muitos locais, como Expo Guaçu em Mogi Guaçu/SP RODEIO, em
Ribeirão Preto SP AGRISHOW,
Mandaguari PR Expo
Mandaguari, São Sebastião do Paraíso MG Festa
do Peão de Boiadeiro Paraíso e muitos outros.
O rodeio possui grande
investimento, algumas empresas que apoiam e/ou patrocinam são a AMBEV, Antarctica, Brahma, Skol, Miller, Carlsberg,
Bohemia, Caracu, Marathon, Lipton, Pepsi, Vivo, Mastercard,
Redecard, Bayer, Carrefour, Souza Cruz, Friboi, Minuano, Arroz Rosalito, Supermercado Savegnago, e muitos outros. Eles estão
a frente de um espetáculo de dor e sofrimento, que de certa
forma máscara com propaganda cheia de alegrias e entusiasmo.
A Circus
Animal Rights Coalition de Malta, que inclui mais de uma dezena de ONGs
ligadas à proteção animal, elogiou a iniciativa da secretaria de educação, que
instruiu que as escolas não promovam visitas a circos durante o período
escolar.
Nossa
opinião como futuros biólogos é de que o sofrimento imposto a estes animais não
agrega conhecimentos ou ensinamentos para os humanos, portanto é fútil e sem
sentido. Os animais possuem consciência, sentimentos e emoções e a exploração desnecessária dos mesmo deve ser proibida
para assegurar aos animais seu bem-estar.
O presente ensaio foi elaborado
para disciplina de Etologia, baseando-se nas obras:
MARTINS, R. F. A
cruel utilização de animais em circos. Pensata Animal, Número 41 Ano VIII,
Primavera de 2015. Disponível em: http://www.pensataanimal.net/arquivos-da-pensata/76-renatafmartins/115-a-cruel-utilizacao-de-animais-em-circos
Souza, Coryntho de
- Rodeio, ontem e hoje - Ed. Valença, 1973
Martins, Cyro - Rodeio,
estampas e perfis - Editora Movimento, 1976
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