Solitários = você é seu pior e maior inimigo?


Em maio do ano passado postei uma reflexão sobre a solidão (http://etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com/2009/05/solidao-quem-quer-sentir.html) e como ela é nociva para animais sociais como nós. Agora no começo do ano me deparei com um desses “reality show inovadores e criativos” e assustadores.... dentre as bizarras provas que levam os participantes no limite da dor física e psicológica além da extrema humilhação por 50 mil reais tem um ponto que me chamou a atenção: o enfrentamento da solidão. O reality chama-se “solitários” e o desafio não é competir com outros, mas consigo mesmo. Qualquer um que já teve a oportunidade de ficar sozinho consigo mesmo por muito tempo já teve a sensação de quem pode ser seu maior inimigo. Durante as provas maquiavélicas os participantes não têm nenhuma referência do que está acontecendo com o seu concorrente. O participante fica preso em uma cabine por mais de 20 dias sem chuveiro ou cama, além das cores monótonas e o único contato com mundo externo ser feito com um computador. Eu fiquei muito surpresa como as pessoas se expõem as piores condições de bem-estar troca de dinheiro, promoção, fama? Entremeados por testes que estimulam a memória, raciocínio, privação de comida e de sono, o que me chamou a atenção foi como eles invocam a presença divina. Ou seja, o ser humano não consegue ficar sozinho e caso se encontre nessa situação ele imediatamente recorre a uma companhia, seja reconhecendo a existência de Deus ou criando amigos imaginários como no famoso filme naufrago em que Tom Hanks tem como companhia sua bola Wilson. Na verdade esse programa é mais um daqueles laboratórios excelentes para quem estuda comportamento. Assim, enjoy!

Veja o programa de estréia clicando no titulo do post

Sorvete ajuda a aumentar a fertilidade feminina


Para Aumentar a fertilidade: até duas bolas por dia

Para Melhorar a resistência: fortalece os ossos, reduz o estoque de gordura, combate a TPM e diminui as chances de ter câncer de cólon.

Para Previnir diabetes: diminui as chances de uma mulher desenvolver diabetes tipo2.


Pesquisa do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard, concluiu que a substituição do leite integral pelo sorvete, pelo menos duas vezes na semana, pode ser benéfico para conseguir engravidar. O estudo foi resultado de oito anos de estudo de mais de 18 mil mulheres, com idade entre 24 e 42 anos, que apresentavam dificuldades para engravidar . A cada dois anos, era registrado que elas fizeram para tentar ter um filho e informações sobre seus hábitos alimentares. Como resultado foi verificado que mulheres que consumiam diariamente pelo menos duas porções de sorvete tinham 85% mais chances de ovular do que aquelas que não o consumiam além de diminuir o risco de infertilidade em 22%. As mulheres que tomam sorvetes cremosos duas vezes por semana têm risco de esterilidade 38% menor do que aquelas que não se permitem nem uma casquinha por semana.


http://gilsonvasconcelos.blogspot.com/2009/09/estudo-diz-que-sorvete-aumenta.html

http://www.mulhersexofragil.com.br/sorvete-ajuda-a-aumentar-a-fertilidade-feminina/


Frustração - boa ou má?

Você está preparado para perder? De uma maneira bem realista todos os seres vivos já nascem perdendo: o próprio tempo de vida.

Uma das emoções mais difíceis de lidar é a frustração, ou seja, a expectativa que não foi preenchida ou correspondida é um sentimento que se desenvolve quando nos vemos privados de uma satisfação que nos parece legítima e se transforma em sentimento de derrota e fracasso. Na verdade, esse é o preço da nossa herança - a capacidade de transcender e a nossa consciência.

Há quem defenda a idéia que problemas são eventos externos e as emoções internas e que o grande triunfo do se humano é poder ter o controle de deixar os eventos externos afetar o mundo interior. Se o conhecimento liberta e de antemão você já sabe que a frustração é uma realidade em um mundo sem possibilidade de controle total, então você pode diminuir o impacto criando menos expectativas nas coisas. Mas isso não vai justamente contra tudo aquilo que criamos?
Perceber que nem todos os nossos desejos podem ser satisfeitos e ter a consciência de que tudo na vida tem o momento certo para acontecer é o primeiro passo para aprender a lidar com a frustração. Assim, levanta a questão do que teria sido mais favorável para a evolução do Homo sapiens: tomar o controle do mundo e viver estressado ou se livrar do controle da própria vida e relaxar?

Por mais paradoxal que pareça, um dos requisitos fundamentais para alcançar o sucesso, é justamente aprender a lidar com a falta de sucesso, pois o medo da frustração impede a ação. Assim, se o lidar com a frustração pode ser algo aprendido, moldado, exercitado, nada melhor do que começar na infância. Quando os pais antecipam os desejos da criança faz com que desenvolva uma baixa resistência à frustração, resultando em adolescentes voluntariosos e adultos infantilizados. Ballone (Ballone GJ - Depressão e Frustração - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, 2006) questiona se a tendência do ser humano - filogeneticamente falando - é vir a ser uma espécie onde o nível de serotonina ou qualquer outro neurotransmissor envolvido na depressão é fisiologicamente insuficiente para a vida em sociedade que o próprio ser humano criou?. E ainda, se a tendência da sociedade humana é evoluir para uma situação em que os recursos naturais e fisiológicos do sistema nervoso do ser humano serão insuficientes? o que intriga o autor é saber o que está errado: a capacidade de adaptação ou a necessidade de adaptação humana à sua própria sociedade? Será insuficiente ou exagerada a necessidade de adaptação? O que o autor tem visto e se preocupado é com a utilização de antidepressivos para melhorar sua qualidade de vida emocional. Segundo Ballone “A qualidade existencial humana, ultrapassa em muito a área da medicina, da psiquiatria e da psicologia. Este é um tema que fortemente diz respeito à sociologia, à antropologia e, principalmente, à política e à economia”



E os animais? Se frustram? Claro que sim! Toda espécie tem a sua expectativa, realiza um comportamento em decorrência de um estimulo que deverá acarretar em uma resposta. Se não dá certo, há uma frustração. Inclusive o Dr. Pet em seus adestramentos alerta que a exigência de uma atividade muito completa por parte de um animal pode gerar uma frustração a qual diminuirá a motivação no próximo treinamento. A pesquisadora Irenilza de Alencar Naas (Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicampo) realizou um trabalho na criação de um software que desvenda a linguagem animal, através da identificação de estados de medo, fome, frio ou frustração com o objetivo de aumentar as condições de bem-estar animal e reduzir perdas na criação. Segundo Tatiana de Melo (IstoE - http://jornaldosbichos.blogspot.com/2009/06/macacos-se-arrependem-diz-pesquisa.html) em primatas já foi constatado a exibição do arrependimento, o qual pode ser seguido de planejamento para acertos futuros. A Depressão e a tristeza pela perda de uma recompensa resultam em uma intensa atividade neurológica e as escolhas equivocadas e as oportunidades perdidas podem ser processadas como base decisões mais positivas. No ano passado, Ben Hayden - Universidade de Duke - divulgou que os macacos também aprendem com as escolhas erradas. No teste os animais tinham de escolher - entre objetos iguais - aquele que lhes resultaria na melhor recompensa. Quando os macacos selecionavam um cubo - entre oito cubos idênticos - todos acendiam a cor verdadeira e o prêmio correspondente. Os animais aprenderam rapidamente a associar o prêmio de que mais gostavam (suco) à cor verde e o prêmio de menor significância (água) às demais cores. A pesquisa mostrou imensa atividade dos neurônios no córtex cingular anterior (ACC) - mesma região cerebral responsável pelos processos de pensamentos imaginativos que ocorrem quando alguém se arrepende – o processo está ligado à capacidade de fantasiar para tolerar uma frustração e não agir impulsivamente. As pessoas costumam experimentar a sensação de frustração e remorso quando se dá conta que poderia ter tomado uma outra decisão. Provavelmente, os macacos não têm a consciência do remorso, mas o comportamento deles demonstra que são capazes de entender o que poderia ocorrer se tomassem outra decisão!

Áustria pode ter o cachorro mais inteligente do mundo...


A cadela Betsy de sete anos da raça Border Collie consegue reconhecer muitos objetos pelo nome, totalizando um vocabulário com mais de 340 palavras, mudando as noções de limite da inteligência animal. A cadelinha começou espontaneamente e indiretamente (presenciando diálogo das pessoas) aos cinco meses a conectar palavras humanas com objetos. A compreensão de vocabulário de Betsy é equivalente a de uma criança de dois anos de idade e também consegue reconhecer um objeto presente em uma fotografia (bidimenssional) (Clique no Título do Post para ver a reportagem completa).

Quantificar o grau de inteligência dos animais sempre gerou muita polêmica, devido a esse mecanismo não ser facilmente definido, embora seja tradicionalmente definido como a capacidade de aprender, de resolver de problemas e de se adaptar a situações novas. O cães são classificados em diferentes rankings de inteligência, sendo um dos maiores especialistas no assunto o veterinário e neuropsicologista, Stanley Coren. O pesquisador categoriza a inteligência dos cães em três níveis Inteligência adaptativa = capacidade para resolver problemas; Inteligência instintiva = comportamentos ditados geneticamente; Inteligência baseada na obediência = capacidade para obedecer a comandos. Alguns cães de personalidade mais independente (cães do tipo primitivo ou nórdicos) não foram selecionados para responder aos comandos, porém se destacam pelo comportamento instintivo de ajudar. Outros como o pastor tem mais habilidade para aprender técnicas de pastoreio. Já o Border Collie é considerado como uma das raças mais inteligentes. Os lobos sempre foram considerados como mais inteligentes do que o cão - seja porque mantiveram os seus instintos inalterados ou por não terem o seu comportamento condicionado – contudo segundo Adám Miklósi (Universidade Eötvös Loránd), os cães são capazes de fazer coisas que os lobos não são. Cachorros e lobos da mesma idade de vida foram colocados diante de um recipiente com carne. Embora todos os animais tenham tentado retirar a carne, quando o investigador fechou recipiente, os cachorros pararam, enquanto que os lobos continuaram a insistir. Os cães sentaram-se e olharam para o dono indicando que estes sabiam que iriam atingir mais depressa o seu objetivo se comunicassem com os humanos.

Menino, Você é inteligente como um porco!!!!! Você ainda vai ouvir essa frase!






Durante muito tempo o coitado do porco foi utilizado para as piores referências; simboliza sujeira, desleixo, gordura, espírito de porco... e por ai vai... no dicionário significa sujo, imundo, grosseiro, torpe, imoral, obsceno e malfeito. A humanidade odeia porcos? Jamais ser chamado de porco poderia denunciar um elogio. Porém, se você é o porquinho da turma, fique feliz, estamos chegando cada vez mais perto de comprovar uma constatação que alguns cientistas já vinham denunciando, o porco é inteligente pra caramba!




Pesquisas recentes têm mostrado a habilidade de suínos usarem espelhos para contornar obstáculos e encontrar alimentos. Há muito tempo o uso do espelho por animais tem sido considerado um sinal de inteligência e

a existência de um certo nível de consciência. Além de seres humanos e alguns primatas, golfinhos e elefantes são conhecidos por recuperar objetos ou remover marcas do corpo com a ajuda do espelho. A pesquisa foi liderada por Donald Broom (http://www.vet.cam.ac.uk/research/investigators/broom.html) da Universidade de Cambridge que publicou recentemente seus resultados no Animal Behaviour. No seu site configura como colaborador o professor Paranhos da Costa da UNESP de Jaboticabal uma jóia nacional!. No experimento, os suínos se mostraram curiosos com o espelho até baterem com o focinho e procurar algo atrás. Os porcos passaram uma média de 20 minutos olhando para seu reflexo, girando várias vezes para se olhar de vários ângulos, sugerindo que relacionaram os movimentos do corpo com os estímulos visuais do espelho e, assim, aprenderam a diferença entre os dois. Depois foi feito um experimento em que os animais viam o reflexo do alimento no espelho e ao invés de buscar o alimento atrás do espelho se locomoviam na direção real do mesmo contornando os obstáculos. A interpretação dos pesquisadores é que os animais possuem consciência de avaliação por conseguir entender o significado de uma situação em relação a si próprio, por um breve período de tempo. Nesse caso, os porcos lembraram como seus próprios movimentos apareceram no espelho, e foram capazes de usar esse conhecimento numa situação diferente, que envolvia o alimento escondido. Talvez um dos maiores empecilhos para o reconhecimento da inteligência do porco seja a sua linguagem corporal, mais dificilmente de ser interpretada pelos humanos, principalmente na manipulação de objetos, quando comparados com primatas. Como resultado prático da comprovação da inteligência do porco, os pesquisadores esperam que é menos provável que um animal inteligente seja tratado como se fosse um objeto ou uma máquina de produzir alimentos e seja considerado como um indivíduo que tem seu próprio valor. Será?


A exploração dos porquinhos nos desenhos animados (Babe, o porquinho atrapalhado, Leitão, o filme, os líderes porcos do livro “a revolução dos bichos” e os clássicos 3 porquinhos) tem estimulado a comercialização do mini-porco como pet, principalmente em decorrência do seu tamanho de até 40cm e peso de até 25 kg. O bicho é uma excelente companhia, são limpos e não exalam odores fortes. São considerados animais de grande capacidade de comunicação e aprendizado, se igualando a chimpanzés e cães, podendo também serem adestrados. Uma das desvantagens do porco como pet é que tem menor necessidade de agradar o dono do que os cães. Atualmente o mundo inteiro ficou sabendo que morreu o porco de estimação do autor George Clooney, o que aumentou ainda mais a curiosidade desse animal como pet.



Os suínos foram domesticados na mesma época dos caninos - entre 12 mil e 10 mil anos atrás. Há hipóteses e evidências arqueológicas de que o homem primitivo usava cães como alimento - e só parou ao descobrir que o porco era mais saboroso. Os porcos atualmente representam uma população de cerca de 1 bilhão de animais no mundo inteiro.Uma obra importante é a The Whole Hog de Lyall Watson que considera como porco os domésticos, suínos selvagens como o javali e até mesmo a queixada e o cateto, sendo que todos eles desenvolvem estruturas sociais complexas e sistemas de comunicação engenhosos. (Superinterssante - O porco passado a limpo http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_125557.shtml.)




Os porcos são descendente do javali eurásico, ficando bem em temperaturas entre 16 e 20oC, por isso cobrem o corpo de lama para reduzir a temperatura corporal em regiões quentes. E ao contrário da “porqueira” atribuída para os porcos eles defecam em lugares específicos. Os porcos vivem em bandos de até 200 indivíduos equipados com dentes fortes. Quando acuados por jaguatiricas, onças ou humanos, as queixadas põem-se em formação circular e fazem um "arrastão" contra o predador. Apesar dos porcos domésticos não serem tão agressivos se conseguem delimitar um circulo de até 30 animais formam subgrupos e adotam um comportamento de gangues, em que um bando hostiliza o outro. A hierarquia da sociedade suína é linear. No topo da sociedade, alguns machos constituem haréns com dez fêmeas. Os machos subjugados podem passar a agir como fêmeas, sendo o homossexualismo é mais comum em fêmeas com tendência dominante. A adaptação ao confinamento desestimulou a competição por alimentos possibilitando a diminuição dos dentes e do instinto de usá-los, ocorrendo também o encolhimento da cabeça, encurtamento das pernas e desaparecimento da pelagem. Porém caso passem a viverem soltos se asselvajam e passam a se comportar como seus ancestrais. O continente americano conheceu seus primeiros suínos na segunda expedição de Cristóvão Colombo em 1493, logo alguns animais curiosos se embrenharam nas matas e resultaram no surgimento dos taiassuídeos como o cateto e a queixada (superinterssante - O porco passado a limpo http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_125557.shtml.)

A inteligência do porco está relacionada com a onívoria (assim como dos primeiros humanos), pois devem ser curiosos e procurem por qualquer coisa que possa lhes trazer vantagem, desenvolvendo memória espacial. Os porcos brincam entre si, mesmo quando adultos, podem jogar bola e brincar com balanço, sendo as brincadeiras pré-requisitos para aquisição de uma série de habilidades sociais. Em 1914, o psicólogo Robert Yerkes, da Universidade Yale submeteu diversos animais - incluindo porcos e humanos - a um teste de memorização de padrões em que uma recompensa era escondida em diferentes compartimentos. Os suínos foram excepcionalmente bem chegando no resultado mais rapidamente que muitos dos voluntários humanos. Segundo Lawrence Schook, da Universidade de Illinois o genoma suíno se compara favoravelmente ao genoma humano apresentando vários paralelos fisiológicos e comportamentais. Richard Byrne, professor de psicologia evolutiva da Universidade de Saint Andrews, atribui a inteligência suína às mesmas pressões evolutivas que levaram à inteligência dos primatas: vida social e comida.

“A humanidade encara o porco como um bicho que deve nos servir. Milhões deles são sacrificados o tempo todo, seja para nos prover alimento, seja para salvar as vidas de nossos doentes. É perturbador perceber que esse animal tem muitas coisas em comum conosco - e enxergar que já houve vida inteligente nos pertences de uma feijoada” (Superinterssante - O porco passado a limpo http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_125557.shtml.)

Para saber mais....

http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/porcos-usam-espelho-para-encontrar-comida-escondida-20091009.html

http://petmag.uol.com.br/noticias/mini-porco-o-novo-melhor-amigo-do-homem/

http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_125557.shtml