Porque o Beijo romântico é na boca????


Primeiro o que acontece durante o beijo... na boca

Durante o beijo na boca, os lábios são colocados em contato, então... são realizados movimentos de sucção, as línguas exploram o interior da boca do outro e muitaaaa saliva é trocada entre o casal! Durante o beijo são movimentados 29 músculos, dos quais 17 são da língua; os batimentos cardíacos podem passar de 60 a 150, exercitando-o e um belo beijo de cerca de 10 segundo gasta em média 12 calorias

Beijar é perigoso?

A saliva que sai dos condutos das glândulas salivares e depois de circular pela boca irá incorporar entre 10 milhões e 1 bilhão de bactérias por cm3. Ela as adquire dos minúsculos fragmentos que estão presentes na boca à medida que velhas camadas de pele se desprendem.
O beijo na boca pode transmitir alguns vírus que causam doenças infectocontagiosas e bactérias que originam cáries e problemas nas gengivas. Felizmente, a maioria desses problemas são facilmente contornáveis.
A mononucleose - conhecida como "doença do beijo" - é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) resultando em uma doença assintomática, ou pode causar: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. O herpes labial é provocado pelo vírus Herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca. A gengivite é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente devido ao aumento do número de parceiros de beijo. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite (http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/02/060210_beijonaboca.shtml). A bactéria causadora da cárie dental, Streptococcus mutans, pode ser transmitida pelo beijo assim como as doenças sexualmente transmissíveis (DST) como sífilis, gonorréia e AIDS. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca (http://www.cdc.gov/hiv/resources/qa/qa17.htm) caso existam feridas ou sangramento na boca, maximizado com o uso de piercing na língua ou lábios.

O beijo ao longo da história

Há uma dúvida se o beijo surgiu antes ou após 500 anos a.C., uma vez que questiona-se se seria uma sofisticação das mordidas que os macacos trocam em seus ritos pré-sexuais. É possível que o as lambidas que o homem pré-histórico dava no rosto dos companheiros era para suprir a necessidade de sal ou que a mãe mastigasse a comida antes de depositar na boca de seus filhos. Segundo Tracy V. Wilson (http://pessoas.hsw.uol.com.br/beijo1.htm) os historiadores não sabem muito sobre a história inicial do beijo. Quatro textos em Sânscrito Védico, escritos na Índia por volta de 1500 a.C., parecem descrever pessoas se beijando. O poema épico indiano "Mahabharata" descreve o beijo nos lábios como um sinal de afeto em torno de 350 d.C. O texto religioso indiano "Kama Sutra" VI d.C. descreve vários tipos de beijos. Os antropólogos que acreditam que o beijo é um comportamento aprendido afirmam que os gregos souberam sobre ele quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em 326 a.C. Os romanos costumavam usar o beijo para cumprimentar amigos e familiares. Os cidadãos beijavam a mão do Imperador e, naturalmente, as pessoas beijavam seus parceiros; os casais ficavam noivos beijando-se apaixonadamente na frente de um grupo de pessoas. Na Idade Média, o beijo com a boca fechada, era usado para selar acordos, sendo abandonado devido às pestes que dizimavam populações. Os cristãos com freqüência se cumprimentavam com um beijo sagrado. Os índios brasileiros demonstram afetos de diferentes maneiras como pintando o corpo, tirando piolho ou deitando-se juntos.


Os lábios sobre o ponto de vista evolutivo


Morris, o polêmico evolucionista que deslumbrou o mundo científico e popular com seu “macaco nu” publicou em 2005 “A Mulher nua” nesse livro ele desvenda os mistérios evolutivos dos lábios. Segundo o cientista o homem é o único animal a ter os lábios curvados para fora, em outros primatas a superfície macia e brilhante fica escondida. Á medida que nossa anatomia e nosso comportamento tornaram-se mais infantis, preservamos cada vez mais as características de bebê, e por isso é mais pronunciado nas mulheres, que precisa transmitir mais sinais infantilizados para ser protegida pelos homens. Segundo Morris, o embrião do chimpanzé apresenta um lábio como o nosso, elucidando que mantemos uma característica embriológica. Esse lábio humano cumpre inicialmente a função de sucção de leite da mãe. O polêmico autor chocou o mundo ao relacionar os lábios da mulher com seus lábios vaginais e que seriam utilizados para sinalizar para o macho suas intenções sexuais, uma vez que as mesmas modificações físicas e fisiológicas estariam ocorrendo em seus lábios vaginais, porém devido a mudança para postura bípede eles ficaram ocultos. Seria uma forma de mimetistmo, que as mulheres aprenderam muito cedo a ressaltar usando maquiagens para realçá-los.

Atitude submissa...

Ao unir os lábios os amantes passam a explorar o interior da boca do outro com a língua. Esse padrão motor era utilizado no início da nossa história quando as mulheres das tribos precisavam desmamar os filhotes e introduzir alimentos sólidos. Então a mãe mastigava o alimento e colocavam a boca aberta sobre a boca do bebê e usando a língua transferiam o alimento. Quando o filhote crescia passavam experimentar o alimento com sua própria língua. Assim esse movimento exploratório se relacionou com ato de amor. Padrão semelhante é visto em outros animais principalmente carnívoros como os lobos. Ao querer demonstrar amor ou submissão, assume um comportamento de filhote ele exibe um comportamento infantilizado. Seria por isso que os cães lambem a boca de seus donos????


Teste de compatibilidade genética...

Durante o beijo o casal se aproxima e uma série de feromônios e hormônios são percebidos pelos parceiros. É exatamente essa percepção que desencadeia uma análise inconsciente da compatibilidade do parceiro e se vale a pena ou não investir na relação. É por isso que muitas vezes uma mulher se apaixona por um homem feio, burro e pobre, mas que tem um beijo.... uma pesquisa na Universidade de Lafayette mostra que a quantidade de testosterona presente na saliva do homem tem um impacto no desejo sexual feminino, assim quanto mais beijo, mas prazer. Uma pesquisa feita no Canadá mostrou que 85% das mulheres e 50% dos homens não fariam sexo sem beijar. http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2008/08/28/pesquisa_indica_que_beijo_funciona_como_termometro_do_relacionamento_nas_mulheres-547992025.asp
Um recente estudo revela que os beijos molhados são os preferidos pelos homens para estimular o desejo sexual, enquanto outra pesquisa também destaca que as carícias mais castas podem resultar numa intensa resposta hormonal. "Os homens gostam dos beijos mais úmidos, com a boca mais aberta, e isso sugere que estão inconscientemente tentando transferir testosterona para disparar uma conduta sexual nas mulheres (Helen Fisher, antropóloga da Universidade Rutgers, de Nova Jersey). Segundo Helen, a preferência dos homens por beijos úmidos, com muita participação da língua, pode ajudá-los a superar seus pobres sentidos do olfato e do paladar. "O que provavelmente estão fazendo é tentar captar o ciclo de estrogênio de uma mulher para ter uma idéia de seu grau de fertilidade". Os beijos também estimulam uma enorme zona do cérebro, sendo que pessoas que estão recentemente apaixonadas têm altos níveis de atividade no sistema "de recompensa" do cérebro, que produz dopamina e está vinculado à ansiedade, motivação, atenção focada e comportamento orientado por objetivos. "As pessoas rejeitadas, em compensação, mostraram muita atividade em várias áreas cerebrais diretamente associadas ao vício". Em outro trabalho Wendy Hill, da Universidad Lafayette, examinou a saliva e o sangue de 15 casais que passaram 15 minutos se beijando e descobriu que as mulheres tinham níveis significativamente mais altos de oxitocina os quais caíram após de algum tempo. O "beijo da morte" foi um resultado surpreendente e evidencia que nem sempre um beijo mais ousado dá resultados desejados, isso pode estar relacionado com o ambiente pouco propicio (http://pt.kioskea.net/actualites/homens-acham-beijo-molhado-sexualmente-mais-estimulante-10248-actualite.php3)
Analisando reações e percepções de 1.041 pessoas sobre o beijo, 59% dos homens e 66% das mulheres disseram já ter descoberto, após o primeiro beijo, não estarem mais interessados em alguém por quem se sentiam atraídos. Os autores da pesquisa no artigo publicado na revista científica Evolutionary Psychology verificaram que o que ocorre durante um primeiro beijo pode ter um efeito profundo sobre o futuro do relacionamento. Possivelmente o beijo nessas pode ativar mecanismos evoluídos que funcionam para desencorajar a reprodução entre indivíduos que podem ser geneticamente incompatíveis. O estudo indicou ainda que as mulheres em geral dão mais importância aos beijos do que os homens. Elas utilizariam o ato inicialmente como uma forma de avaliar o receptor do beijo como um parceiro em potencial e, posteriormente, como forma de manter a intimidade e de analisar a condição do relacionamento. (http://www.fisiozone.com/ciencia-e-tecnologia/4388-primeiro-beijo-pode-determinar-futuro-da-relacao-diz-pesquisa.html).

Por que beijar na boca é tão prazeroso...

Pesquisas recentes mostram que entre os dez pontos de contato do corpo da mulher, os lábios foram considerados a zona mais erógena, sendo possível alcançar o orgasmo apenas aplicando os lábios sobre o corpo de seu parceiro, devido as milhares de terminações nervosas. Um estudo avaliou as reações químicas no momento do beijo e descobriram, que as mulheres precisam de mais estímulos - como uma atmosfera romântica - além de um simples beijo para despertar tais reações. Wendy Hill - professora de psicologia do Lafayette College - testou os níveis do cortisol e da oxitocina, em 15 jovens, antes e depois do beijo e descobriram que o beijo reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse), em ambos os sexos e aumenta os níveis de oxitocina, hormônio ligado ao vínculo social, que motiva o beijo e o abraço. (http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mulher/mat/2008/08/28/pesquisa_indica_que_beijo_funciona_como_termometro_do_relacionamento_nas_mulheres-547992025.asp)

Por que TPM? TPM pra que?






Contextualização evolutiva

O papel principal da Etologia na análise do comportamento humano é responder o porquê determinados comportamentos foram incorporados pela evolução. Muitos desses comportamentos são explicados quando se avalia as condições da evolução humana. A espécie Homo sapiens tem certa de 200.000 anos, no entanto a grande mudança no rumo de sua história se deu a cerca de 12.000 anos quando os humanos passaram de caçadores/coletores nômades para agricultores com residência fixa. Logo, a maior parte da história humana se deu com o homem e a mulher tendo funções muito diferentes dentro da sociedade. As mulheres tinham órgãos e hormônios para gestar, o que as tornava não adequadas para a caça, então se limitavam a procurar raízes e tubérculos, criar os filhos, auxiliar os idosos e os arranjos sociais inter-tribais. Enquanto a caça, as grandes atividades de construção, bem como a proteção da tribo era responsabilidade dos homens, os quais se desenvolveram física, emocional e mentalmente mais livres para vagar e se deslocar, e relativamente dispensáveis do ponto de vista social. A evolução moldou o homem e a mulher para viver pouco tempo juntos, na maior parte da vida estavam cumprindo papéis distintos na manutenção da sociedade e quando se encontravam era para promover a sobrevivência da espécie. A fase da agricultura foi apenas recentemente substituída pela fase industrial. À medida que a população crescia, os recursos se escasseavam resultando em guerras, eram cada vez necessários mais edifícios e maiores civilizações. Nas cidades os homens se tornavam maiores e o cérebro se adequava a novas tecnologias sociais. Vida mais complexa exige cérebros toleráveis a mais pressões. À medida que as regras para acasalamento são rompidas, a competição por parceiros se torna mais complexa; a medida que os sistemas de famílias nucleares são destruídos cada criança deve competir pelo afeto de adultos, tudo isso resultando em um aumento de estresse neural (Gurian, 2003).

A explicação biológica – como as coisas se processam...

Um mecanismo muito evidente dentro da nossa sociedade, porém só apenas recentemente reconhecido e compreendido é a TPM, a famosa Tensão Pré-menstrual, que todo mês assola a vida de milhares de mulheres e das pessoas que convivem com ela socialmente. Segundo o Dr. Ricardo Teixeira (http://www.icbneuro.com.br/paginas/pdf/artigos/tpm.pdf) a TPM é atualmente reconhecida como síndrome de tensão pré-mestrual por englobar outros sintomas além da tensão pré-menstrual.

A explicação biológica é simples: a cerca de cada 15 dias o corpo da mulher muda as proporções hormonais abruptamente, quando passa de uma fase para outra. Enquanto está ocorrendo a descamação do endométrio (mestruação), o hormônio FSH (folículo estimulante) começa a ser secretado em maior quantidade pela hipófise, fazendo com que se desenvolvam os folículos ovarianos. Perto do 7º dia do ciclo, o FSH começa a diminuir e, com a falta desse hormônio, alguns folículos param de crescer e morrem. Por isso, em cada ciclo menstrual, de todos aqueles folículos recrutados, apenas um se desenvolve até o fim. Durante o crescimento do folículo há a secreção de quantidades cada vez maiores de estradiol, estimulando o crescimento do endométrio para a implantação do embrião e estimulando a secreção de muco receptivo ao espermatozóide. Quando a quantidade de estradiol no sangue é máxima estimula a secreção pela hipófise do hormônio luteinizante (LH), que aumenta muito depressa no sangue estimulando a ovulação horas depois. Após a ovulação, o folículo se transforma no corpo lúteo, e passa a fabricar, além do estradiol, o hormônio progesterona, que vai terminar o preparo do endométrio para a implantação do embrião. Mais ou menos entre o sexto e o oitavo dias após a ovulação, o nível de progesterona no sangue atinge o máximo. Se a implantação não ocorre, a progesterona e o estradiol param de ser fabricados pelo corpo lúteo e inicia outra menstruação.

E então... a TPM...

Apesar da causa exata do distúrbio TPM ser ainda desconhecida, é sabido que é decorrente de desequilíbrios fisiológicos decorrentes de desequilíbrio hormonal, deficiência nutricional e a oscilação de alguns neurotransmissores, provavelmente a serotonina e a noradrelania. Sabe-se que mesmo as pacientes que passaram por histerectomia (remoção do útero), podem continuar a apresentar os sintomas da TPM; porém, na maioria das vezes desaparecem com a chegada da menopausa.

Os sintomas associados a esta síndrome são muitos, já são registrados mais de 150 sintomas, tais como: alterações comportamentais - ansiedade, aumento da irritabilidade, Agressividade, Nervosismo, tensão, Sensação de "estar de mal" com o mundo, fadiga, depressão, alterações no apetite; Sensação de falta de controle, Depressão, Vontade de chorar, Diminuição de concentração e Alterações de humor; sintomas físicos - retenção de líquido, Aumento de peso, dores musculares, dores de cabeça, sensibilidade nas mamas, espinhas, Dor e sensibilidade na região inferior do abdômen, Cansaço e Dores no corpo. Há mulheres que apresentam sintomas que acabam interferindo, inevitavelmente, em sua qualidade de vida. São reconhecidos quatro tipos de TPM: Tipo A – a ansiedade e suas conseqüências, são as características principais; Tipo C – há predominância da compulsão alimentar irresistível, principalmente, por doces e chocolate; Tipo D – há predominância de sintomas depressivos, nos quinze dias que antecedem a vinda da menstruação; Tipo H – ocorrência, principalmente, de inchaço nos seios (deixando as mamas extremamente dolorosas), distúrbio do sistema nervoso central causando dores de cabeça, gazes no abdomen e dores musculares nas pernas. Segundo o Dr. Geraldo Medeiros (http://www.gordoabsolvido.com.br/noticia19.htm) frases agressivas, sono interrompido, uma certa depressão sem motivo, alimentação compulsiva, sensação de "inchaço", sensibilidade dos seios, queda de serotonina e a flutuação do estrógeno e da progesterona torna a mulher mais agressiva. O reconhecimento desse fato faz com que A Justiça costuma eximir de culpa os eventuais atos de agressividade, mesmo física e corporal, cometidos por mulheres nesta fase do ciclo feminino. “Durante a TPM, a mulher está dotada de total "falta de culpa" pelo que foi dito e/ou praticado e por castigos físicos ou morais infligidos aos familiares”. Como o conhecimento nos liberta, podemos controlar a TPM com alimentação e exercícios (Diminuir café, chá preto e refrigerantes, Diminuir sal, Diminuir álcool e cigarro, Diminuir frituras, gorduras e temperos fortes, Diminuir carga de trabalho, Aumentar exercícios físicos, Aumentar horas de sono, Tentar dormir ou pelo menos descansar uns 15 minutos depois do almoço, Aumentar doces, principalmente chocolate) além de alguns laboratórios já oferecerem alternativas de remédios que prometem resolver de uma só vez todos os sintomas da síndrome

(http://www.barini.med.br/2006/adm/arqpub/arqpub_20062911_101248.SWF). (http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=247&sec=14)

Até aqui entendi... mas e a explicação evolutiva????

A primeira consideração que se deve ter em mente é que pelo fato da TPM ser tão freqüente (90% das mulheres) deve ter tido algum motivo evolutivo para ser incorporada em nossos genes. O Dr. Ricardo Teixeira faz uma conta interessante: se a menstruação começa com 12 ou 13 anos e termina por volta dos 50, mesmo descontando dois anos em mulheres que tem dois anos, somado com o período de amamentação, resulta em cerca de 450 ciclos menstruais durante fase fértil. Se considerar que uma TPM dura cerca de 7 dias, resulta em quase 3.000 dias, 8 anos ou 10% da vida em TPM!!!!!!. A explicação evolutiva dada pelo autor é que as fêmeas ancestrais aumentavam suas chances em gerar um descendente devido a um comportamento mais amigável na fase fértil e mais arisco na fase infértil. Entre os primatas os machos usam esses indicativos para escolher a melhor fêmea (http://www.icbneuro.com.br/paginas/pdf/artigos/tpm.pdf). O ponto principal é comparar as mulheres de hoje com as mulheres coletoras/caçadoras. Atualmente a primeira menstruação ocorre quatro anos mais cedo, as mulheres têm menos filhos e mais velhas, amamentam menos, tem menopausa mais tarde e vivem mais. As mulheres ancestrais passam bem pouco tempo menstruando (talvez três vezes menos que as mulheres atuais), a maior parte do tempo estavam grávidas ou amamentando (boa leitura é a Pré-história do sexo), além de terem uma longevidade de cerca de 20 anos (Na Roma antiga e idade medieval passou para 30 anos e no século XIX era de 37). Ou seja, a TPM é um dos comportamentos recentes que escapam da compreensão evolutiva por se manifestarem diante de condições novas.

Antecipação da menstruação

Um estudo feito na Califórnia, EUA, com 17 mil garotas evidenciou que as meninas estão menstruando cada vez mais cedo, sendo a maioria aos 9 anos. Até final do século 19 mulheres ocidentais e urbanas menstruavam aos 17 anos. Dentre os indícios que mostram que o corpo esta se preparando para primeira menstruação tem o desenvolvimento dos seios, vistos, atualmente em garotas que com 7 ou 8 anos. Parece que nos países mais quentes a menstruação ocorre mais cedo do em lugares mais frios, provavelmente devido à ação da luz e do calor sobre as glândulas do corpo. É possível que meninas que estão acima do peso – principalmente entre 6 e 11 anos – amadureçam mais rápido. Outro fator que deve ser considerado é o tipo de alimentação, contendo excesso de hormônios usados nas rações para animais de granja e fertilizantes aplicados no cultivo de alimentos, os quais possivelmente interferem no organismo, aumentando a produção de hormônios.

http://www.klickeducacao.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-926-4916-,00.html

Parar de menstruar????

Atualmente muitas mulheres estão optando pela supressão da menstruacao como uma forma para controlar a TPM, inclusive recentemente houve o lançamento de um livro chamado Vivendo sem Regras e sem TPM (Landscape) do o endocrinologista baiano Elsimar Coutinho. Segundo o autor a supressão da ovulação e da menstruação mantém afastadas a anemia, a TPM, as cólicas, a cefaléia, a queda de cabelo, as variações de humor e o sexo doloroso. Além disso, diminui a incidência de cânceres de mama, útero, ovários e, ainda, doenças que provocam infertilidade, como a endometriose e a miomatose. No entanto, alguns médicos consideram o processo de menstruação como algo natural e sua supressão poderia causar danos em longo prazo ainda não conhecidos pela ciência.

E você? O que acha disso???

Será possível controlar a morte?


Talvez o maior desafio da espécie Homo sapiens seja controlar a morte. Seria isso possível? O que já sabemos e o que já fazemos pode nos dar uma idéia sobre onde o homem quer chegar...
William Clark escreveu um livro muito interessante chamado “Sexo e as origens da morte” segundo o autor a morte é conseqüência evolutiva da forma como nos reproduzimos e tudo começou quando os seres vivos inventaram a reprodução sexuada. É mesmo! As bactérias se reproduzem assexuadamente e podem viver para sempre, já um protozoário tendo as mesmas condições ideais que determinassem a sobrevivência eterna da bactéria morreria em 200 gerações, a não ser que se reproduzisse sexuadamente. Existem dois tipos de mortes: a acidental e a morte celular, programada pelo DNA de cada um, como se cada célula do nosso corpo tivesse uma programação para autodestruição, como se fosse um suicídio celular! E paralelo à morte não podemos esquecer dos debates sobre o que é vida, quando ela começa e quando ela terminar... Extremamente necessário para estabelecer parâmetros que possibilitem o uso de embriões e a confirmação de morte para transplantes de órgãos, por exemplo.

Os animais têm um número limite de batimentos cardíacos???

Quanto menor a área corporal de um animal, proporcionalmente maior será o seu gasto energético para que possa manter a temperatura (pelo menos é o que ocorre com animais poiquilotérmicos) (Cesar, 2007). Segundo uma pesquisa de Levine (1997) como conseqüência, temos que quanto menor for o animal, maior é sua freqüência cardíaca, e o mais interessante, é que esse fato relaciona de forma inversa com o seu tempo de vida. A questão levantada foi se haveria um"número limite de batimentos cardíacos" para toda uma vida? O pesquisador concluiu que o número total de batimentos cardíacos durante a vida é bastante próximo entre todas as espécies de animais avaliadas. Assim, se o animal é grande como um elefante o coração bate menos e ele vive mais do que um rato, mas no final das contas o coração dos dois apresentou o mesmo número de batimentos cardíacos. Do camundongo à baleia, a multiplicação do número de anos esperados para viver pela freqüência cardíaca resulta sempre em um número muito parecido (veja o gráfico apresentado por Cesar, 2007). Segundo Cesar (2007) esse padrão não vale para os humanos, uma vez que apresentamos uma expectativa de vida maior, provavelmente, devido à melhoria das tecnologias para evitar e curar inúmeras doenças. No entanto, o pesquisador ressalta que se a relação entre a expectativa de vida dos humanos e a Freqüência Cardíaca, também resulta em uma relação inversa. Cesar (2007) termina se impressionando com a possibilidade do controle “Incrível imaginar que, reduzindo a Freqüência Cardíaca de 70 bpm para 60 bpm, em média, pode-se propiciar um aumento da expectativa de vida de 80 anos para acima de 93 anos”. É possível encontrar “histórias” ou “lendas” de praticantes da medidatação, da vida calma e serena que viveram mais de 200 anos. Um exemplo é o chinês Li-Ching Yuen que viveu 250 anos e segundo ele a receita da longevidade era "Mantenha um coração tranqüilo, senta como uma tartaruga, caminha rápido como uma pomba e dorme como um cão." (http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=3051). Assim podemos concluir que se vivemos uma vida estressada esgotamos nossos batimentos cardíacos mais rápido?


Radicais livres

As batidas do coração marcam o ritmo para nosso metabolismo, ou seja, o processo de alimentação e respiração celular. Cada vez que respiramos promovemos uma série de reações químicas que possibilitam a vida, porém deixam um tipo de “resíduo” chamado de radicais livres. Os radicais livres são moléculas, que apesar de terem uma existência extremamente breve, podem se tornar instáveis pelo fato de seus átomos possuírem um número ímpar de elétrons e para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem com o que encontram pela frente para roubar um elétron. Esse mecanismo é como se fosse um tipo de intoxicação que causa degenerações como o câncer e o envelhecimento. Nós temos um antídoto para esses radicais livres, além da filtragem do sangue pelos rins, nós produzimos os antioxidantes ou os retiramos de alimentos como as vitaminas C, E e o beta-caroteno. Deve-se lembrar, porém, que os processos metabólicos não são a única fonte de radicais livres podemos adquiri-los da Poluição ambiental; Raio-X e radiação ultravioleta; Radiação Eletromagnética; Cigarro; Álcool; Resíduos de pesticidas; Substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, conservantes, hormônios presentes em carnes); Estresse; Consumo excessivo de gorduras saturadas (frituras); Consumo excessivo de gordura animal.
Logo, podemos concluir que quanto mais respiramos (ou seja quanto mais o coração bate) mais radicais livres produziremos? Vem aí novamente nossa possibilidade de controle, se tivermos uma boa alimentação e uma vida tranqüila, poderemos controlar a quantidade de radicais livres? Ou mais? Poderemos produzir anti-oxidantes mais potentes que nos imunize desses resíduos? Ou melhor, evitar que eles apareçam?


Então quem come menos vive mais????


É conhecido pela ciência a quase um século que o tempo de vida dos animais pode ser aumentado se houver uma redução de 30 a 40% das calorias diárias, porém só agora os cientistas compreenderam porque. A redução na ingestão de alimentos protege as células contra o envelhecimento e as doenças relacionadas com o avanço da idade, uma vez que com a redução da alimentação aumenta a produção de duas enzimas (SIRT3 e SIRT4) presentes na mitocôndria (a “central elétrica” da célula que, entre outras funções, é responsável por transformar nutrientes em energia) e responsáveis pela resistência dessas baterias celulares. Ao fortalecerem a mitocôndria, essas enzimas prolongam a vida das células, evitando a formação de pequenos buracos (ou poros) em suas membranas, que poderiam servir de entrada para proteínas que alavancam o processo de morte celular. O pesquisador David Sinclair da Harvard Medical School diz que não esperavam encontrar em suas pesquisas que a parte mais importante desse processo se passasse dentro da mitocôndria e acredita que possam ter encontrado os reguladores do envelhecimento. A busca, agora, é pelo gene que regula esse processo, uma vez que, a ingestão menor de calorias envia um sinal que ativa um gene no interior das próprias células, que por sua vez codifica a enzima NAMPT (nicotinamida fosforibosiltransferase). Essa enzima desencadeia a produção de uma molécula chamada NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo), que possui um papel importante no metabolismo e na sinalização celular. A elevação dos níveis de NAD ativam os genes que aumentam os níveis das enzimas SIRT3 e SIRT4. O pesquisador já cogita a sua utilização no desenvolvimento de novos remédios.

Outra pesquisa - apresentada na edição de 31 de maio da revista Nature divulgada na Agência Fapesp - descreve o papel de um gene específico no aumento da longevidade, porém em um nematódeo Caenorhabditis elegans. A descoberta demonstra que o aumento da longevidade em animais depende da sinalização celular não autônoma de neurônios centrais para tecidos e sugere que os neurônios ASI seriam responsáveis pela mediação do aumento na expectativa de vida – por meio de um mecanismo endócrino ainda desconhecido.
A revista SUPERINTERESSANTE número 5, ano 4 traz uma matéria que Projeta os resultados para a espécie humana, deduzindo que, sob um regime de baixa caloria, a expectativa de vida máxima saltaria de 120 para 170 anos, deve-se considerar porém que a redução drástica de calorias pode eliminar também nutrientes importantes para a saúde. Fabio de Castro apresenta dados divulgados na Agência FAPESP– que atualmente pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) coordenado por Alicia Kowaltowski, conseguiram promover em camundongos os mesmos efeitos benéficos da dieta de restrição calórica sem precisar diminuir a quantidade de alimento. Os animais foram tratados com uma droga que diminui o aproveitamento energético das mitocôndrias. Além de aumentar em cerca de 10% a longevidade, o tratamento reduziu os índices ligados à síndrome metabólica – o conjunto de fatores de risco cardiovascular que inclui diabetes, hipertensão arterial, distúrbios lipídicos e obesidade. A droga utilizada foi o dinitrofenol, que é conhecido há muito tempo e, na década de 1930, já era utilizado para o emagrecimento. Mas, apesar de eficaz a dose terapêutica estava muito próxima da dose tóxica. Essa droga é eficiente para diminuir as lesões provocadas por radicais livres. Segundo a pesquisadora, também há a possibilidade de ativar vias naturais de desacoplamento presente nas mitocôndrias, como os canais para potássio, ou certas proteínas desacopladoras

Comer menos para viver mais – Scientific American Brasil http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/comer__menos__para_viver__mais_.html
Comer menos para viver mais – Revista Mente e Cérebro http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/comer_menos_para_viver_mais.html
Agencia Fapesp - http://www.agencia.fapesp.br/materia/8972/especiais/viver-mais-sem-comer-menos.htm
Superinteressante - http://super.abril.com.br/superarquivo/1990/conteudo_112205.shtml
Camille C. Caldeira da Silva*, Fernanda M. Cerqueira*, Lívea F. Barbosa, Marisa H. G. Medeiros and Alicia J. Kowaltowski - Mild mitochondrial uncoupling in mice affects energy metabolism, redox balance and longevity -http://www3.interscience.wiley.com/journal/120750652/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0


E pra terminar... é possível viver de luz?




De tempos em tempos aparecem na TV testemunhos de pessoas que estão a anos sem comer nada, apenas se alimentando de luz, veja as reportagens e deixe sua opinião.
http://www.vivendodaluz.com/PT/press/090701_lisboa/index.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/saude/ult560u141.shtml
http://www.cacp.org.br/seitasdiversas/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=417&menu=8&submenu=1
http://www.vivendodaluz.com/

Sai tristeza....

Evolutivamente falando...

Ruffié (1982) termina seu livro sobre sociobiologia falando da angústia e da felicidade. Segundo o autor somos espécies demasiados conscientes para sermos felizes. Muito provavelmente nossos antepassados vivam na angústia, uma vez que não conheciam uma série de coisa e tantas outras, não compreendiam. Provavelmente temiam o futuro, pois só eles, entre toso os seres vivos (até provem o contrário), conseguiam imaginar. Assim, a angústia foi o motor da evolução cultural e desencadeou a investigação e a invenção, uma vez que a busca pelo entendimento melhorou as técnicas e proporcionou uma existência mais segura. Provavelmente uma humanidade feliz teria desaparecido, ou seja, se fossemos macaquinhos felizes e saltitantes teríamos continuado nas florestas pulando de galho em galho a mercê dos caprichos da natureza. O progresso é o fruto da inquietação, embora o homem ainda busque responder questões quanto ao desconhecido, ao futuro, a morte e ao sentido da vida. Porém, infelizmente, não apenas para compreende-las e ter uma vida liberta, mas para poder dominá-las. Para Ruffie, as religiões nasceram a partir de problemas que o conhecimento não pode resolver, no entanto, continuamos a ser escravos das paixões e a nossa razão some diante dos “instintos”; queremos acumular bens materiais, em vez que consagrarmos à partilha e à criação.
Razão, Emoção e Ação em Cena: A Mente Humana sob um Olhar Evolucionista - http://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n1/29844.pdf

Tristeza, melancolia ou depressão?


Na visão da neurocientista Suzana Herculano-Houzel (obra: fique bem com seu cérebro), o que temos de mais fabuloso é o que fazemos com nossas experiências, e as lembranças do que vivemos conduzirá nosso comportamento. As emoções alegria e tristeza são fundamentais, pois elas educam o cérebro a buscar sempre o bem-estar (a homeostase metabólica – tudo em equilíbrio dentro do corpo... nossa meta diária de sobrevivência). Enquanto o prazer e a felicidade destacam as experiências que deram certo, a tristeza indica o que foi doloroso, logo, que deve ser evitado. Suzana exemplifica “quando magoamos alguém e somos magoados, a tristeza que sentimos é um sinal para que o cérebro reveja a sua maneira de interagir com os outros” e completa que até mesmo a tristeza antecipada é relevante, pois faz com que tomemos precauções. Devemos, então, aprender com a tristeza a evitar o que nos faz mal. A tristeza, é assim um excelente momento para reflexão, em que o corpo dá uma “parada” para decidir as atitudes que deveremos tomar.

O que acontece no cérebro??

Segundo Suzana se algo ruim acontece o cérebro produz sensações negativas reduzindo a motivação. A ativação do córtex cingulado anterior avisa sobre alguma uma situação indesejada ou infeliz e resulta em respostas de estresse, preparando o corpo para atacar ou fugir e as modificações do corpo gera sofrimento. Simultaneamente o sistema de recompensa é desativado, o córtex pré-frontal fica mais ativo, justamente para remoer os acontecimentos e avaliar a situação. Enquanto a ativação do córtex subgenual diminui os movimentos, já para tornar o comportamento mais retraído e passivo. Suzana chama a atenção para algo muito importante que devemos respeitar esse momento, pois esse recolhimento evita que nos exponhamos a novas experiências ruins, justamente em um momento em que estamos frágeis. Assim, ao diminuir os estímulos externos, ocorre a introspecção, que deve ser usada para entender a razão da tristeza. Nesses momentos o choro, é excelente, pois alivia a tensão gerada pelo estresse. Mas essa sensação boa de “calmante” vem só quando paramos de chorar. Pois, enquanto estamos chorando estamos ativando a amígdala, aumentamos batimentos cardíacos e pressão arterial, intensificando o estresse e a tristeza

A Depressão...

A depressão é um dos quatro distúrbios psiquiátricos mais freqüentes no Brasil. Segundo Suzana, a depressão, pode ser definida como um tipo de tristeza que dura semanas, não tem uma razão e é acompanhada de falta de motivação, de prazer, insônia ou sonolência e é ruim... ocorre um excesso anormal de ativação das regiões do cérebro envolvidas na produção da tristezas e de respostas ao estresse. O cérebro em depressão fica predisposto à tristeza, assim, até mesmo estímulos neutros, são percebidos como tristes e negativos, dificultando a felicidade e facilitando a tristeza. A neurocientista chama a atenção que a depressão não é exclusividade da espécie humana, por ficar ruminando pensamentos ruins. Cães, gatos, macacos e ratos podem desenvolver depressão em decorrência de episódios de estresse crônico e principalmente em situações e mudanças bruscas na rotina do animal, confinamento e impossibilidade de realização das atividades normais de sua espécie.
Musicoterapia para cães deprimidos: http://veterinariosnodiva.com.br/books/musicoterapia-para-caes-com-depressao.pdf
A Depressão propriamente dita ocorre quando há uma deficiência na produção de neuro-hormônios no cérebro. Substâncias como a Serotonina são as responsáveis para oferecer aos humanos a sensação de bem estar. Porém, salvo problemas genéticos, pode ser estimulada a produção no próprio cérebro, cuidando da alimentação e atividade física.

O estresse....

A evolução criou o estresse para preparar o corpo para uma situação de emergência, como a estratégia permitiu a sobrevivência dos nossos antepassados, e ficou incorporada. O problema é que atualmente ao invés de usarmos só para emergência deixamos o mecanismo ligado o tempo todo. Segundo Suzana preocupações crônicas com salário, segurança, relacionamentos não estavam nos planos da evolução. Se o estresse dura mais de uma hora, o nível de cortisol se eleva demais e para de aumentar as defesas do corpo, causa hipertensão, impotência sexual, diminuição da fertilidade, aumento de peso e no cérebro desencadeia ansiedade e a depressão.

Pesquisas...

Um pesquisa desenvolvida pela equipe de Emma Adam, da Northwestern University, em Illinois verificou que pessoas que vão para a cama sentindo tristeza e solidão acordam com níveis altos do hormônio cortisol, o qual aumenta a energia e age como um estimulante do organismo. O hormônio cortisol ajuda o organismo a elevar os índices de açúcar no sangue, aumenta a pressão sangüínea e provoca mudanças no humor e na memória. Os níveis de cortisol são normalmente altos quando as pessoas acordam, aumentam durante os próximos 30 minutos e caem na hora de dormir. Assim, uma pessoa vai para a cama sentindo solidão e tristeza, recebe uma injeção de hormônio na manhã para dar a energia para enfrentar o dia. Assim, os mecanismos do estresse são programados para traduzir a experiência social em ação biológica. É como se os hormônios fossem condutores entre o mundo exterior e os nossos mundos internos de forma que possamos responder melhor ao nosso contexto social.
Uma pesquisa realizada pelo psiquiatra Vinicius Guandalini Guapo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP verificou que a mulher reconhece mais expressões de emoções do que homens. As mulheres na fase menstrual, quando o estrogênio e a progesterona estão em baixa, reconheceram a raiva e a tristeza com mais precisão do que as mulheres em outras fases e do que os homens. Uma vez que o estrogênio se relaciona com a serotonina, um grande modulador de processamento de emoção. Esse é provavelmente o motivo pelo qual mulheres com queda abrupta de estrogênio têm maior risco de episódios depressivos e de ansiedade, como nas fases pré-menstrual, pós-parto e menopausa.
Hormônios sexuais femininos e transtornos do humor = http://www.ipub.ufrj.br/documentos/artigohormonio1_05.pdf

A pílula do amor????


O termo a “pílula do amor” já foi usado para designar um remédio, o Viagra e uma droga, o ecstasy. Agora voltou a ser utilizado como uma nova possibilidade de medicamento que pode desencadear esse sentimento mágico e único que é a paixão. Leo Jaime na década de 1980 já sonhava com a tal fórmula do amor, mas agora parece que ela está mais próxima. O assunto é extremamente polêmico. Enquanto os noticiários anunciam o fato como algo fantástico que vai melhorar a vida dos cidadãos comuns, salvando os tímidos solitários e os casamentos fracassados, outro segmento da sociedade assiste boquiaberto a ousadia do bicho homem... não se contentado em descobrir como funciona seu fabuloso organismo, e a partir disso poder compreender e preservar a diversidade, ele quer c o n t r o l a r.... ual! Vamos, então refletir sobre os fatos...

Somos monogâmicos?????

Um dos pontos polêmicos sobre o comportamento humano é se realmente somos monogâmicos ou não... Existem muitas teorias, hipóteses, sugestões de como teria ocorrido a evolução do comportamento reprodutivo humano, que já gerou muita polêmica e muitos livros (veja algumas sugestões ao lado). Um dos pontos de vistas é que o ser humano no início da sua jornada evolutiva neste planeta era promíscuo. Essa era uma estratégia interessante, principalmente em sociedades em que a hierarquia do macho é importante. Se todos copulam, com todas as fêmeas, nenhum macho tem certeza se os filhos são seus, como existe uma possibilidade de serem, eles cuidam das crianças como se fossem suas. Assim, quando um novo macho assume o poder, ele não irá matar as crias do seu rival, pois essas podem ser suas. Com o tempo a união em casal acabou por favorecer o desenvolvimento da cria, a fêmea passou a dar mais segurança para o macho de que o filhote era dele e assim ele passou a cuidar da cria com mais zelo. A monogamia existe quando a sobrevivência da cria depende do casal. No entanto, o casal não precisa ficar junto a vida toda, mas apenas até o filhote crescer. Mesmo assim algumas espécies formam casais para vida toda, outros apenas durante uma estação reprodutiva e outros ficam separados fora da estação reprodutiva e se unem somente na época da reprodução. Para os humanos em que as crianças nascem muito frágeis e dependem do adulto por muitos anos até que esteja apta a se virar sozinha, essa união deve ser mais longa.

O que se questiona é que mecanismos biológicos proporcionaram a mudança do comportamento de promiscuo para monogâmico, ressalvo aqui que monogamia não é sinônimo de “fidelidade” no sentido que não copular com outro ou outra, mas sim fidelidade ao contrato de que ficariam juntos até o filhote ser capaz de se virar sozinho e ter sua própria família... Mas esse é outro assunto...

Os personagens principais dessa história são os hormônios conhecidos a algum tempo, em especial dois, a Oxitocina e a Vassopressina...

Oxitocina... hormônio do amor

Hormônio produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise posterior (neuro-hipófise) e conhecido como hormônio do amor e dos vínculos afetivos. O objetivo da oxitocina é enviar mensagens a neurônios localizados na amígdala, responsável pelas emoções e comportamento social. Nas mulheres esse hormônio existe em grandes concentrações e caracteriza o lado emocional mais pronunciado. A oxitocina é naturalmente produzida quando uma a fêmea vê um filhote com seus grandes olhos e testas ou, na espécie humana, simplesmente quando fala, uma vez está associado à conexão verbal-emocional. Se a mulher tem algum problema, ao falar dele, o corpo produz a oxitocina que acaba diluindo-os. Na mulher também a oxitocina tem um papel fundamental no parto, pois promove as contrações do útero (é usado como medicamento para indução do parto), também estimula a produção do leite juntamente com a prolactina - que também favorece a produção de lágrimas e a tendência de mulher relacionar emoção com choro. Obviamente após o parto o corpo da mulher está inundado de oxitocina favorecendo a criação do vínculo afetivo entre mãe e filhote e faz com que a mãe sinta um amor enorme por ele. A oxitocina também aparece, junto com a serotonina, nos cérebros dos apaixonados e nas pessoas relaxadas, uma vez que inibe hormônios ligados ao estresse, como o cortisol. A produção de oxitocina também inicia um círculo que estimula a geração da confiança. O neurocientista Thomas Baumgartner e sua equipe da Universidade de Zurique na Alemanha fizeram vários estudos, entre ele a aplicação de um spray nasal de oxitocina em pessoas tipo de fobia, como timidez no convívio social ou trabalho, verificando o aumento de confiança, disposição e desinibição.

Vasopressina... hormônio da agressão

A vasopressina é um hormônio produzido por células nervosas do hipotálamo e secretada pela neurohipófise (porção posterior da hipófise).O hormônio antidiurético (HAD, em inglês ADH), é secretado quando o corpo está com pouca água; para conservá-la, concentrando e reduzindo o volume da urina, aumentando a pressão sanguínea ao induzir uma vasoconstrição moderada. O corpo do macho produz mais testosterona e vasopressina. A primeira está associada ao sexo e agressão, a busca de poder social, ambição e independência. A vasopressina associa-se a territorialidade, hierarquia, competição e persistência. A vasopressina é uma substância química relacionada à agressão encontrada na amídala e no hipotálamo, regulador hormonal do sistema límbico. Durante as carícias preliminares, essa substancia química é secretada nos homens, assim quanto mais elevado o nível, mas o homem deseja a mulher (na mulher o efeito é contrário). Durante o orgasmo o nível de oxitocina do homem dispara e se aproxima dos níveis femininos, criando um laço afetivo absoluto, mesmo que por alguns instantes. Nesse instante os níveis de testosterona e vasopressina - que possibilitaram a ralação sexual – abaixam significativamente. A sensação da oxitocina é tão boa, que faz com que o homem deseje mais o sexo do que a mulher e é a maneira mais rápida para um homem criar um laço afetivo com uma mulher. Apesar do vínculo ser transitório, pode se tornar permanente.

A Pesquisa...

O Dr. Larry Young, na Universidade de Emory, Georgia encontrou uma relação entre os hormônios e a estimulação da área de recompensa do cérebro (área responsável pelo prazer e pelo vício), caso se concentre mais nessa área os vínculos afetivos serão mais efetivos. Seus estudos com roedores evidenciaram que animais que recebem injeções de oxitocina e vasopressina criam vínculos mais fortes. Apesar do pesquisador enfatizar a relação entre a genética e o ambiente na produção e recepção dos hormônios, ele sugere a possibilidade de criação de uma pílula do amor, que poderia ser útil para facilitar o envolvimento com outras pessoas, embalar ou resgatar relacionamentos. Ainda coloca a possibilidade de ter um antídoto, caso a pessoa tenha uma paixão não correspondida.

A questão...

O que deve ser questionado é a perda da diversidade... a cada geração vemos a diversidade diminuir, seja nas florestas ou na nossa própria espécie... ao criarmos drogas que acabam com a tristeza, drogas que acabam com crianças sapecas e drogas que acabam com parceiros infiéis nós estamos homogeneizando cada vez mais... daqui a pouco será um planeta de uma espécie só (obviamente o Homo sapiens) e mesmo assim tudo igual... tomando remédios que façam com que os comportamentos sejam previsíveis e isso possibilite a segurança do que virá no futuro... E será que esse bicho-homem está perdendo o controle do controle que quer ter sobre a natureza, os animais, os genes...? E a nossa diversidade? A evolução nos dotou de uma série de padrões comportamentais, os quais favoreceram nossa sobrevivência individual e da espécie. Se hoje temos machos zelosos, que dão a vida para ajudar a parceira a cuidar da cria, é porque esse comportamento permitiu a criação de muitos pais zelosos. Porém dentro do reino animal, temos muitos exemplos de machos e fêmeas não tão fiéis assim... são fiéis no contrato natural estabelecido para criação da prole, mas na primeira oportunidade dão uma pulada de cerca para garantir a colocação de mais material genético no ambiente (machos em busca de quantidade – principalmente se for a mulher do vizinho e ele possa criar seus filhos) ou seja em busca de garantir um melhor material genético (fêmeas em busca de qualidade – traindo quando aparece a oportunidade). Tem os bons pais provedores, tem os bons pais com bons genes... a natureza modelou esses e milhares de outros padrões em busca da diversidade! E se eles estão presentes até hoje é porque funcionou como estratégia de sobrevivência nas duas situações.... E você? O que acha disso tudo??? Sugiro a leitura do livro “O mito da monogamia”