Série Ensaios: Aplicação da Etolgia
Por Mayara Regina Seer e Tatiane da Paixão Bornatto
Acadêmicas do Curso de
Bacharelado em Biologia
A
Ecologia Comportamental ou também denominada de Ecoetologia
é a ciência que estuda o comportamento dos seres vivos em seu meio natural,
visando principalmente aspectos evolucionistas, tais como a avaliação da forma
que um padrão comportamental irá contribuir para as chances de sobrevivência e o sucesso de um
indivíduo (ALCOCK, 2011; KREBS; DAVIES, 1996). A Ecoetologia também busca compreender
porque diferentes espécies se comportam de diferentes maneiras e porque em uma
mesma espécie pode haver diferenças comportamentais individuais. As condições ecológicas irão determinar
quais padrões comportamentais serão favorecidos durante a evolução (KREBS;
DAVIES, 1996).
Essa
nova ciência surgiu na década de oitenta quando foram realizados projetos de reintrodução
de fauna desaparecida da Baixada
do Maciambu, e desde 1994 a conservação veio
crescendo explosivamente, sendo consolidada no IV
Congresso Nacional Latino-Americano de Etologia
realizado em 1998, relacionada ao papel da etologia na conservação e à exploração
sustentável de fauna (MARQUES, A.C.; LAMAS, C.J.E., 2006). A ecologia
comportamental no início do século XXI se apresenta
como uma ferramenta útil para a
ecologia da conservação, possibilitando um melhor entendimento e possibilidade
de teste do valor adaptativo de comportamentos exibidos por diferentes membros
de uma mesma rede trófica, fato essencial para a manutenção da viabilidade de
comunidades naturais ainda bem preservadas. O
estudo do Comportamento Animal é uma ponte
entre os aspectos moleculares e fisiológicos da biologia e da ecologia, é também
a ligação entre organismos e o ambiente, e entre o sistema nervoso e o
ecossistema. É uma das propriedades mais importantes da vida animal e tem um
papel fundamental nas adaptações das funções biológicas. O comportamento é como
nós definimos em nossas próprias vidas e representa a parte de um organismo
através da qual ele interage com o ambiente (SNOWDON, 1999).
O
comportamento animal não é um importante campo científico apenas por si
próprio, mas também por ter feito importantes contribuições para outras
disciplinas possibilitando assim novas tendências de aplicações para o estudo
do comportamento humano e animal, como por exemplo, na neurociência
com a Neuroetologia
que é a ciência que busca desvendar o funcionamento do sistema nervoso através
do estudo do comportamento natural dos animais, ao mesmo tempo em que leva em
conta fatores evolutivos. Essa subárea da Etologia contribuiu também para o
estudo do
bem-estar animal com mecanismos de aprendizagem e sua influência sobre o
comportamento. Para o manejo do meio ambiente e de recursos naturais,
muitas técnicas de manejo dos animais foram sendo aprimoradas, bem como
técnicas de conservação e reintrodução de animais silvestres no seu ambiente,
bem como para a educação de futuras gerações de cientistas (SNOWDON, 1999).
Nós - acadêmicas do curso de
Bacharelado em Biologia - acreditamos que a ecologia comportamental estuda o comportamento dos seres
vivos no seu meio natural, com uma perspectiva evolucionista. Os seus estudos
sobre a ecoetologia dizem respeito à forma como os animais procuram se
alimentar, e como eles eventualmente tiram proveito da vida em grupo para
assegurarem a sobrevivência da espécie.
O presente ensaio foi elaborado para a disciplina de Etologia
e baseou-se nas obras:
ALCOCK, J. Comportamento
animal: uma abordagem evolutiva. 9.ed. Porto. Alegre: Artmed, 2011. 606p.
KREBS, J.R.; DAVIES, N.B. Introdução à Ecologia Comportamental. São Paulo: Atheneu, 1996.
420p.
O significado da pesquisa em
Comportamento Animal¹. Disponível em: > http://www.scielo.br/pdf/epsic/v4n2/a11v4n2.pdf<
Acessado em: 01/09/2012
Difusão dos conhecimentos sobre
comportamento da fauna silvestre como instrumento de conservação.
Disponível em: > http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/5487/4953<
Acessado em: 03/09/2012
Taxonomia zoológica no Brasil:
estado da arte, expectativas e sugestões de ações futuras. Disponível
em: > http://www.scielo.br/pdf/paz/v46n13/a01v4613.pdf<
Acessado em: 04/09/2012
