Nós somos o que comemos? Então, está na hora de repensar nossa dieta....


Nós somos o que comemos... Disso ninguém dúvida, e qualquer um sabem que buscamos nos alimentos tanto elementos essenciais para composição de certas moléculas fundamentais para nossa existência, quanto outras que não conseguimos sintetizar. Nós evoluímos nos ajustando a dieta que temos hoje e também o que comemos modula nossa morfologia e comportamento. Em post anterior falei do livro “pegando fogo” que estou acabando de ler e adorando.... ali o autor defende o ponto de vista que tudo o que somos hoje e todas as conquistas que alcançamos veio graças a invenção do cozimento dos alimentos. Na verdade o primeiro grande marco veio com o consumo da carne, que trouxe mais energia e mais proteínas, mas com o cozimento tanto a carne, quanto as raízes passaram por um processo que auxiliam a digestão, assim perdemos menos tempo mastigando, o qual podemos direcionar para outras atividades, desenvolvendo elaborados comportamentos sociais. A questão que gostaria de comentar hoje é o fato de ainda focamos na carne de vertebrados, principalmente alguns mamíferos para adquirir proteínas. Existe toda uma questão ecológica e econômica envolvida nessas práticas que já demandam uma reflexão e agora entra em cena também uma reflexão ética. Será mesmo que a carne de bovinos, caprinos, suínos e aves, são tão fundamentais e insubstituíveis? Eu sempre refleti se não teríamos alternativas entre os invertebrados. Já nos deliciamos com camarão e caranguejo e algumas culturas também usam invertebrados como petiscos, mas qual é de fato a contribuição desses animais para nossa saúde? Não há dúvida que é muito mais econômico criar esses animais. Em um espaço de 5 m2 poderia criar quantas milhares de besouros em um tempo curtíssimo de poucos meses em comparação com uma vaca que demora anos e consome muita água, alimento e espaço até chegar a idade do abate. O consumo mundial de carne quase triplicou desde 1970 e deve dobrar até 2050, sendo que 70% da terra cultivada já é usada para alimentar rebanhos. Além do impacto ambiental, grandes rebanhos favorecem o surgimento de doenças, consomem grandes quantidades de água e emitem grandes quantidades de gases responsáveis pelo efeito estufa. Já os insetos convertem o alimento em massa corporal mais eficientemente, assim, para produzir 1 kg de carne, grilos precisam de 1,7 kg de alimento, enquanto que para o frango é de 2,2 kg, para o porco de 3,6 kg, para o carneiro de 6,3 kg e para a vaca de 7,7 kg.

Semana passada foi veiculada na mídia a campanha de um entomólogo holandês Arnold van Huis para despertar na população a prática da entomofagia, uma vez que esses animais também são ricos em ácidos graxos essenciais, vitaminas e seu valor nutritivo é comparável a carne de porco, vaca, carneiro e peixe. Segundo van Huis, o conteúdo protéico de um inseto varia entre 30% e 70%, sendo também ricos em ácidos graxos essenciais e vitaminas, especialmente as do complexo B. A proposta foi detalhada em artigo publicado na revista científica The Scientist, em que mais de mil espécies de insetos são relatadas como alimentos nos países tropicais, entre elas, larvas de borboleta, gafanhotos, besouros, formigas, abelhas, cupins e vespas. A alternativa da utilização dos inveterados traz uma luz para uma crise alimentícia que prevê que dentro de 20 anos, serão necessários 40% mais alimentos, 30% mais água e 50% mais energia para suprir as necessidades da população do planeta. O sistema atual de produção, além de não ser sustentável, não será capaz de suprir essa demanda. Eu sou a favor que novos estudos sejam conduzidos que visem avaliar os potenciais alimentos e desenvolvimento de técnicas de criação e de preparação desses alimentos. E você?

Veja site do Arnold van Huis: http://www.ent.wur.nl/UK/Personnel/Research+Personnel/Arnold+van+Huis/

Veja matéria completa: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/cientista-propoe-que-humanos-comam-insetos-como-fonte-alternativa-de-proteina-20110125.html

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=comer-carne-insetos-fonte-proteina&id=6142

Link para o artigo: http://www.the-scientist.com/news/display/57729/

A Biologia da Crença

Essa semana terminei de ler um dos 6 livros separados para essas férias: A Biologia da Crença de Bruce H. Lipton... e gostei muito... na verdade o autor de uma forma muito cientifica comprova o que todo mundo já sabe: que o ambiente tem uma influência muito grande na nossa biologia. De uma forma cientifica e através de estudos com a célula, o autor vem mostrar como o determinismo genético, pregado até então, está caindo por terra diante da plasticidade da célula diante do ambiente. Todo esse passeio pelas estruturas celulares é permeado do relato de uma experiência pessoal, o que deixa a leitura muito mais gostosa. O autor trabalha com a ideia que as células são seres humanos em miniaturas e da importância da parede celular na interação com o ambiente, sendo esta estrutura o sistema nervoso da célula. O autor também frisa bem algo que sempre trabalho com meus alunos que é o nosso corpo com seus bilhões de células, trabalhando juntas e organizadas, é a sociedade mais perfeita que existe “o aspecto mais importante é que, quando esses organismos unicelulares estabelecem uma comunidade, eles passam a dividir a sua “consciência” e passam a coordenar seu comportamento enviando moléculas “sinalizadoras ao ambiente”, ou seja, os hormônios, neuropeptideos, citocinas e fatores de crescimento estavam sendo criados bem antes do que se imaginava. Mais tarde o cérebro desenvolve uma especialização que permite o refinamento dos sinais reguladores ao desenvolver o sistema límbico. Desta forma, as emoções passa ser um mecanismo que converte os sinais de comunicação química em sensações acessíveis à todas as células da comunidade. O autor aborda também o estresse defendendo a ideia que os mecanismos de sobrevivência podem ser divididos em duas categorias: crescimento (regeneração celular = endocrinológico) e proteção (defesa = imunológico) e que um anula o outro. Ou seja, quando estamos em perigo nosso corpo se ocupa em resolver aquele problema direcionando toda sua “atenção” e comprometendo a saúde do corpo, quando exposto por muito tempo. O exemplo dado é alguém com uma infecção intestinal no meio da savana da África e de repente chega um leão. O cérebro toma a decisão rápida sobre a ameaça maior, não vai adiantar reagir às bactérias e deixar o leão te devorar, então o corpo rompe a luta contras as bactérias e usa a energia para fuga. Podemos diante disso concluir que o medo mata?
O autor termina falando da mente consciente e inconsciente, segundo o autor em crianças até dois anos o cérebro opera em uma faixa de freqüência (baixa de 0,5 a 4 Hz = ondas delta) que não permite guardar lembranças conscientes (por isso lembramos pouco dessa época) e entre dois e seis anos passa entrar em níveis de atividade de 4-8Hz chamada teta. Essas freqüências permitem armazenas umvolume fantástico de informações fundamentais para sua sobrevivê ncia, num processo chamado de enculturamento. Para que seja possível ocorrer a cultura é preciso ter evoluído um processode adaptação neurológica. Isso ocorreu porque o ambiente humano e convivência social exigem e causammudanças rápidas que não adiantaria transmitir co mportamentos culturais por meio de instintos “as crianças pequenas observam o ambiente a absorvem a sabedoria do mundo, f ornecida por seus pais, diretamente em seu sistema de memória subconsciente. Como resultado passam a ter os mesmos comportamentos e crenças deles”. A partir de então esse aprendizado passa a fazer parte de nós como os comportamentos programados. O homem e alguns mamíferos como primatas e cetáceos desenvolveram um novo nível de consciência chamado de “autoconsciência” ou mente consciente. Um passo fundamental para evolução, pois o subconsciente funciona como um ‘piloto automático’ e a consciente como um ‘controle manual’. A mente subconsciente processa

cerca de 20 milhões de estímulos ambientais por segundo, porém atua apenas no presente, enquanto a consciente processa apenas 40, mas percorre o passado e o futuro!!! Enfim, o autor termina discutindo um pouco de espiritualidade e como a ciência pode sim conviver com ela.... só lendo mesmo! Tem na biblioteca da PUCPR! Enjoy! veja entrevista com autor: http://www.saindodamatrix.com.br/archives /2009/12/a_biologia_do_p.html

Pedido dos Animais - enviado pelo prof. Rubens

O cozimento dos alimentos impulsionou a evolução humana....

Na verdade a ideia não é nova, há muito tempo sabemos que a descoberta do fogo foi um grande marco na nossa evolução, porém esse mês Ana Carolina Prado assina uma matéria superinteressante na superinteressante que mostra a publicação de uma nova teoria para explicar a rápida evolução humana. O autor é Richard Wrangham, um antropólogo de Harvard, pesquisador e provador dos hábitos alimentares de chimpanzés no Gombe, verificou que os primatas consumiam alimentos excessivamente amargos, duros e fibrosos e que lhe deixava com fome o dia inteiro. No ano passado publicou o livro chamado “Pegando Fogo - Por Que Cozinhar Nos Tornou Humanos” lançado agora no Brasil, no qual defende que nós não apenas começamos a cozinhar bem antes de nos tornarmos humanos como nos tornamos humanos por causa do consumo de alimentos cozidos. Na verdade, a forma como o fogo foi descoberto é um grande mistério, uma vez que comportamentos não são fossilizados. O que se acredita até então é que faíscas produzidas sem querer pelo atrito entre duas pedras ou através de um raio tenha despertado a curiosidade de nossos ancestrais. Provavelmente esse fato ocorreu a quase 2 milhões de anos atrás (ainda com o Homo erectus), só lembrando que nossa espécie (Homo sapiens) tem cerca de 200 mil anos. A grande sacada foi quando algum hominídeo passou a usar o fogo não apenas para aquecer e iluminar, mas também para cozinhar. A partir desse momento a digestão ficou muito mais fácil, além da eliminação de microorganismos, sendo possível ter alimentos mais saudáveis e retirar mais energia dos mesmos, uma vez que o calor quebra as moléculas, fazendo com que suas ligações internas se enfraqueçam e fiquem mais expostas à ação das enzimas digestivas. Assim, desapareceu a necessidade de ter bocas, maxilares, estômagos e intestinos muito grandes. Toda a energia anteriormente dispensada na digestão passou a ser direcionada para o desenvolvimento do nosso cérebro. Outro ponto evolutivo favorável foi o aprimoramento do comportamento social, pois a comida cozida trouxe a economia de tempo (se tivéssemos a dieta de um chimpanzé deveríamos ficar cerca de 5 horas do nosso dia mastigando, contra os 36 minutos atuais), assim o cozimento uniu as pessoas ao redor do fogo (que também protegia contra o frio e predadores) e estimulou a socialização, permitindo que se sentissem mais confortáveis umas com as outras, reduzindo a agressividade. O autor também acredita que o cozimento foi um impulsionador da monogamia, pois como cozinhar demanda tempo e trabalho, colocaria a cozinheira solitária exposta a ladrões famintos. Logo, laços conjugais resolviam o problema e resultavam em vantagem para os dois lados. A mulher não teria os alimentos roubados, e o marido garantia uma refeição quando voltasse para casa - e ambos teriam a certeza de um parceiro sexual.

Na nossa sociedade atual existe um movimento denominado de crudívoro – constituído por pessoas que voluntariamente optam por uma dieta crua por acreditar que terão uma saúde melhor, porém os contrários a essa ideia acreditam que à medida que a proporção de alimentos crus aumenta na dieta, o índice de massa corporal (a relação entre o peso e a altura de uma pessoa) diminui, podendo o adepto perder 10 quilos ao passar de uma dieta cozida para uma dieta crua. Isso não é totalmente bom, pois além de comprometer o estoque de energia, parece afetar na função reprodutiva



Entrevista com o autor
: http://sergyovitro.blogspot.com/2010/05/entrevista-richard-wrangham.html

Contato com autor:
http://www.iq.harvard.edu/people/richard_wrangham

Sinopse do Livro: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?isbn=9788537801963&sid=911108179121211545948214011


Entrevista com um Crudívoro: http://www.centrovegetariano.org/Article-425-Entrevista%2Bao%2Bcrud%25EDvoro%2BLu%25EDs%2BGuerreiro.html

Veja a matéria completa da Super: http://super.abril.com.br/ciencia/panela-viemos-614296.shtml




Meninas, descobriram o segredo na nossa melhor arma... depois de anos de evolução e aprimoramento?


O artigo científico publicado por Noam Sobel, do Instituto Weizmann de Ciência de Israel, na "Science" mostra que o choro feminino influencia no comportamento do homem, uma vez que suas lágrimas liberam substâncias que abaixam na hora o nível de testosterona do homem que estiver por perto, deixando o sujeito menos agressivo, influenciando, inclusive no seu desejo sexual. Com o intuito de comprovar a existência de uma molécula química moduladora, os cientistas apresentaram lágrimas femininas a homens, porém sem a expressão, que poderia ser um dos fatores desencadeadores da compaixão. Apenas o ato de cheirar as lágrimas fez com que a concentração da testosterona dos homens caísse quase 15%. E para completar, a pesquisa mostrou que os homens ficaram tão sensíveis que, quando colocados para assistir "Nove e Meia Semanas de Amor", relataram estar bem menos excitados do que os homens de um grupo que não tinha sido exposto às lágrimas. A questão agora é descobrir qual é molécula presente nas lágrimas, como poderia ser utilizada para “controlar” certos comportamentos e se choro de homens e de crianças transmitem informações distintas.

Para saber mais: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/856275-choro-de-mulher-torna-homem-menos-agressivo-e-com-menor-apetite-sexual.shtml

http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2011/01/07/choro-de-mulher-torna-homem-menos-agressivo-e-com-menor-apetite-sexual.jhtm

http://www.nytimes.com/2011/01/07/science/07tears.html

Site do autor: http://psychology.berkeley.edu/faculty/profiles/nsobel.html

Link para o artigo original: http://www.sciencemag.org/content/early/2011/01/05/science.1198331

O que você pensa sobre o Javaporco?





Inúmeras localidades do sul e sudeste do Brasil têm noticiado problemas com o javaporco, uma espécie selvagem resultado do cruzamento de porcos domésticos com javalis asselvajados que atualmente vivem em vida livre pelas matas brasileiras. No norte do Estado do Paraná há uma estimativa de que haja pelo menos 500 animais que invadem fazendas e destroem plantações. Apenas uma fazenda tem calculado um prejuízo de mais de 100 mil reais. Também no Paraná esses animais invadiram o Parque Estadual de Vila Velha em Ponta Grossa. O javali é originário da África, foi levado para Argentina e Urugai e cruzados com porcos domésticos e então utilizados para criação comercial, acabaram chegando ao Brasil na década de 1960 através do Rio Grande do Sul e agora estão migrando para os demais estados. O javaporco é um animal arisco, agressivo e grande, podendo chegar até 200 kg. Além de causar prejuízos econômicos, traz grandes impactos ambientais, principalmente pela competição com os porcos do mato como o Cateto e o Queixada. O que fazer com esse animal é um assunto polêmico, enquanto uma parcela da sociedade acredite a única estratégia seja o abate através da liberação da caça, muitos movimentos de direito animal, condena essa prática.

Veja as matérias sobre os problemas

http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/02/25/no-parana-javaporcos-estao-destruindo-plantacoes-de-milho-em-fazendas-915938312.asp

http://www.parana-online.com.br/editoria/mundo/news/257834/?noticia=JAVALI+EXOTICO+AMEACA+ESPECIES+NATIVAS+DE+VILA+VELHA

http://plantadiretobrasil.blogspot.com/2010/09/javaporco-ameaca-producao-em-braganca.html

Veja o que pensa quem é contra a liberação da caça:

http://www.falabicho.org.br/PDF/RESUMO%20DA%20CA%C3%87A%20AO%20JAVALI.pdf

http://ogritodobicho.blogspot.com/2010/08/materia-sobre-acidente-com-javali-em-mg.html

http://ogritodobicho.blogspot.com/2010/08/normativa-do-ibama-cancelando-caca-ao.html