Blog de discussão e aplicação de conhecimentos científicos no dia-a-dia, destinado para alunos e interessados na Ética Prática, Dialogante e Multidisciplinar própria da Bioética!
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Quando eu penso que vi tudo... Para solução do problema do mosquito... simples, tira a asa dele!
Essa semana uma aluna do primeiro período de biologia trouxe a informação da mais nova empreitada humana. Um estudo desenvolvido em Oxford e na California e publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences" apresenta a criação de mosquitos fêmeas incapazes de voar devido à interrupção provocada do desenvolvimento das suas asas. Os machos alados carregam uma alteração genética capaz de desenvolver na descendência com fêmeas normais, animais sem asas. O intuito é erradicar doenças como a dengue, malária e febre amarela e a expectativa é que já serão soltos em 2011. Segundo a Oxford Insect Technologies, a libertação pode levar o desaparecimento dos mosquitos nativos entre seis e nove meses. Que essas doenças devem ser controladas, é fato. Afinal milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo inteiro. O que questiono a forma de se resolver esse problema. A forma mais inteligente e eficaz é muito demorada, pois demanda mudanças de paradigmas, consciência, comportamento. Enquanto o homem não se conscientizar de que não é a única espécie que vive no ambiente urbano, de que mesmo seus menores atos resultam em sérias conseqüências para todo o planeta e de que a cidadania é condição incondicional para vida nas cidades, sempre estaremos tentando resolver o problema de uma “praga” por vez. Hoje é a dengue, amanhã será o escorpião, depois a aranha, então, o caramujo africano. O “ser humano” se vangloria de seu poder de controlar a biologia, a genética, a natureza... cada nova conquista é comemorada por vários macaquinhos pelados com muito entusiasmo... mas até quando irá a comemoração? Até a próxima frustração?
Mais informações: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u697225.shtml
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