Essa semana (26 e 27) será a apresentação dos resultados do PIBIC, esse ano tivemos a Carolina Magno e o Adam Coelho com seus trabalhos com o Caramujo Africano. Abaixo deixo o resumo para quem tiver interesse em presenciar os trabalhos e obter mais informação das nossas pesquisas.
COMUNICAÇÃO QUÍMICA NO CARAMUJO INVASOR Achatina fulica BOWDICH, 1822 (MOLLUSCA; ACHATINIDAE): REAÇÃO A EXTRATOS PRESENTES EM MATRIZES ORGÂNICAS
Adam Coelho de Aguiar –
Ecologia e controle do caramujo africano Achatina fulica: influência da densidade populacional
Carolina Magno Kostrzepa –
Introdução: O caramujo africano Achatina fulica Bowdich, 1822 é originário da África e apresenta ampla distribuição mundial. O hábito generalista e grande fecundidade são fatores que torna esse caramujo uma das espécies invasoras mais nocivas do mundo que promove impactos ecológicos, econômicos e de saúde pública. Embora os caramujos vivam normalmente agregados, é possível que a superpopulação possa causar efeitos diretos e indiretos nas populações, em decorrência da toxicidade do ambiente ou exaustão dos recursos, causando mortalidade, diminuição da fecundidade e surgimento de indivíduos mal-formados. Para evitar esses danos, os animais podem se dispersar constantemente aumentando a sua distribuição. Objetivos: estudar o efeito da densidade populacional na mortalidade, crescimento, alimentação, distribuição, comportamento e oviposição de indivíduos jovens e adultos de A. fulica em laboratório. Método: O experimento foi realizado no período de agosto de 2009 a julho de 2010 no laboratório Núcleo de Estudos do Comportamento animal-PUCPR. Utilizou-se 228 animais os quais foram condicionados em caixas de madeira de 30X20 cm com densidades de 8, 16, 32 indivíduos, em 4 repetições. Semanalmente os caramujos foram medidos e tiveram seu posicionamento, comportamento, consumo alimentar e oviposição registrados, completando 34 observações. Resultados: Os resultados indicaram que a densidade populacional influenciou diretamente na população dos animais, aumentando a mortalidade, diminuindo o crescimento, promovendo a competição por sítios preferidos e maximizando a oviposição como mecanismo de defesa. Porém não influenciou o consumo alimentar, evidenciando o uso de consumo rápido como estratégia para competição. Conclusão: Os resultados confirmam a hipótese de que o aumento da densidade populacional em locais restritos torna os caramujos mais suscetíveis à mortalidade, uma vez que interfere no seu desenvolvimento e crescimento. Provavelmente altas concentrações de compostos nitrogenados, liberados pelas excretas dos animais, somados ao estresse decorrente da competição apresentam uma correlação negativa com a qualidade de vida dos indivíduos.