E-Drugs a nova onda... é droga ou musicoterapia?

As drogas digitais estão configurando em inúmeros debates sobre a sua legalidade e nocividade. Na verdade, as e-drugs se baseiam em uma ação neurológica que em decorrência da emissão de sons diferentes em cada ouvido, que estimula o cérebro e produz sensações de euforia, estados de transe ou relaxamento. Em geral, as sessões duram de 15 e 30 minutos, e os sons podem ser obtidos em sites especializados com o nome de “doses” e custando em torno de 30 reais. Os efeitos desse som ainda são desconhecidos, porém o fato da pessoa aparentemente perder o controle, apresentar reações parecidas com intoxicação por drogas, a possibilidade de viciar e a rapidez com que essa nova “mania” tem se espalhado são aspectos que estão colocando os especialistas e criminalistas atentos. A influência da música sobre nossas emoções e a capacidade de nos levar à transcendência não é novidade... das baladas às igrejas, milhões de pessoas usufruem desse benefício. Os Neuropsicólogos afirmam que embora os sons relaxem, ajudem na concentração e são usados até com fins terapêuticos e certas frequências estimularem a imaginação ou a criatividade - o que poderia criar as alucinações – logo, fica um alerta sobre a possibilidade de que, com o passar do tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais. Outra coisa que fascina os humanos é o ilusionismo... uma pintura é uma ilusão, uma estória, um filme, jogos eletrônicos, mágicas... imagina a partir de um som sentir chamas pelo corpo, visões de animais, tremores, sensações variadas, euforia, ânimo e bom humor?... As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como orgasm, peyote, marijuana ou lucid dream. O conceito básico por trás das e-drugs são os sons binaurais, quando os sons em cada um dos ouvidos é submetido a tons levemente diferentes. Assim, se o ouvido esquerdo captar um som com uma frequência de 97 Hz, e o direito, de 103 Hz, o cérebro irá perceber um diferencial de 6Hz e, num esforço de sincronização, tende a operar nessa frequência, que, no caso, corresponde à das ondas teta (4 a 7 Hz), associadas ao sono REM (com sonhos). Ao menos em teoria, a pessoa irá sentir-se gradualmente mais relaxada e sonolenta. O efeito das ondas binaurais é real e foi descoberto em 1839 pelo físico Heinrich Wilhelm Dove. O que ainda não foi demonstrado é que padrões sonoros binaurais possam induzir muito mais do que estados de excitação e relaxamento. Dizer que causam alucinações, orgasmos e êxtases religiosos é uma afirmação retumbante que deveria ser acompanhada de evidências. Até agora, apenas existem relatos de pessoas que dizem ter experimentado essas sensações. especialistas dizem que apenas o fator placebo e a persuasão do marketing podem explicar os sintomas muito loucos descritos por alguns usuários desse modismo.

Mais informações: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/e-drugs-o-novo-fenomeno-da-internet-invadem-a-franca

Mais informações: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/805981-efeito-placebo-de-e-drugs-e-extraordinario-e-muito-mal-compreendido.shtml

Mais informações: http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=2083