por Alex Aparecido da Silva
A comunicação é uma condição fundamental da convivência humana. Por acontecer no campo dos relacionamentos é importante compreender: se trata de uma via de mão dupla e, então, tão importante quanto saber se expressar é também saber escutar. Em diversos contextos cenários, as relações podem ser bem difíceis. E aqui vale destacar a relação entre professores e estudantes, no contexto escolar, investigado à luz da Comunicação-Não Violenta (CNV), em que se compreende o processo ensino-aprendizagem como trocas mediadas pela comunicação, desde as teorias, práticas e avaliações necessárias. Além disso, é importante considerar o meio educacional também precisa corresponder, em certo nível, às demandas de desenvolvimento sociais e emocionais das crianças e adolescentes, evitando práticas de bullying e modelando comportamentos de cuidado e respeito mútuos. Esse problema, portanto, não dificulta apenas as relações interpessoais particulares, mas também afeta instituições de todos os tipos, inclusive no campo da Educação.
Relacionamentos interpessoais, às vezes, podem ser difíceis. Simples conversas podem acabar em briga, confusão ou mágoa? E o desgaste emocional que essas situações causam e que acarretam disputas, inimizades, separações e até guerras? É essencial estarmos atentos às coisas que são importantes para os outros assim como também é precisamos estar conscientes das próprias emoções em uma conversa, diálogo ou negociação. Os tons de voz e expressões corporais, podem comunicar tanto ou mais que as próprias palavras, pois podem estar sinalizando a emergência de emoções importantes, que precisam ser consideradas, para que elas não roubem o sentido original da comunicação, ou até mesmo, se não é a própria emoção a motivadora da comunicação. Nas escolas, instituições que tendem a espelhar as realidades sociais de suas respectivas comunidades, a comunicação empática e compassiva pode ser um antídoto contra violências de todo tipo. ,É aí que entra a CNV: uma forma de se expressar que ajuda as pessoas a se entenderem melhor e a resolverem conflitos sem gritos, ofensas ou disputas. Ela foi criada por um psicólogo chamado Marshall Rosenberg, que acreditava que todo ser humano quer ser compreendido e respeitado. Ele mostrou que, quando aprendemos a falar com empatia e a escutar com atenção, conseguimos transformar situações de raiva ou tristeza em momentos de aprendizado e reconciliação.
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