Série Ensaios: Bioética Ambiental
Por Jessika Da Cruz
Sanches Barbosa E Renan Emilio Kintopp
Mestrandos em
Bioética
O Bem-Estar é um conceito complexo, visto que é um campo de estudo que
abrange as dimensões cognitivas e afetivas refletindo diretamente sobre a
qualidade de vida e biodiversidade, além de várias infinitas áreas que o
podemos relacionar. Esse conceito tem cerca de 45 anos de história e
primeiramente, se propôs a estudar sua relação com a satisfação e a felicidade.
Na década de 60, esse conceito passou a ser visto no âmbito material, tendo
correlação direta com bens e serviços. Porém, muito além desses conceitos, se
viu necessário trazer a este conceito uma definição global que envolvesse a
saúde, as relações, a satisfação, a liberdade política, entre outros (GALINHA E
RIBEIRO, 2005).
E ao se falar em vida sustentável, não há como desvincular a harmonia do
meio ambiente e a qualidade de vida, pois se entende que nosso modo de vida
está diretamente ligado a esses fatores. Diante da degradação presenciada no
planeta atualmente e com toda a capacidade tecnológica, há uma dificuldade em
viver em harmonia com o planeta sem mudar os hábitos de vida que agridem esse
cenário. O conceito de sustentabilidade pode ser desdobrado em dois eixos,
sendo o primeiro uma sustentabilidade ecológica, ambiental e demográfica
"que se refere à base física do processo de
desenvolvimento e com a capacidade da natureza suportar a ação humana, com
vistas à sua reprodução e aos limites das taxas de crescimento
populacional" e a segunda uma sustentabilidade cultural, social e política
"que se refere à manutenção da diversidade e das identidades,
diretamente relacionada com a qualidade de vida das pessoas, da justiça
distributiva e ao processo de construção da cidadania e da participação das
pessoas no processo de desenvolvimento" (GADOTTI, 2008).
Diante disso, torna-se necessário correlacionar a questão da
vulnerabilidade que está se tornando um termo muito comum no mundo acadêmico,
social e político, mas é preciso entender de onde vem essa palavra, o que
significa e como ela se tornou um princípio bioético. A palavra é originada do
latim “vulnus”, que significa aquele que é passível de ferimento. Reconhecemos
assim a vulnerabilidade naquele que, dentro do que entendemos por dignidade
humana, está tendo alguma falha, ausência ou violação de sua existência (ZUBEN,
2012).
A Declaração
Universal Sobre Bioética e Direitos Humanos de 2005, afirma que temos
responsabilidade sobre esse ser que está em uma situação de vulnerabilidade.
Nasce assim, o princípio da vulnerabilidade, defendido, praticado e discutido
por outros autores da bioética. Nossa responsabilidade, para Zuben (2012) não
está apenas em respeitar, mas sim cuidar e proteger daquele que está em
sofrimento ou passível de sofrê-lo.
Em Julho de 2018 foi publicada uma pesquisa que 76% dos entrevistados
não praticam consumo consciente, onde se levantou que um dos motivos pelo qual
não se pratica o consumo consciente é devido as grandes exigências que essas
mudanças de hábito irão influenciar, além de custar mais caro e que se tivermos
por base a encíclica Laudato Sí publicada pelo Papa Francisco, a mesma relata
que "sabemos que é insustentável o comportamento daqueles que consomem e
destroem cada vez mais, enquanto outros ainda não podem viver de acordo com a
sua dignidade humana". E assim correlacionamos a questão da
vulnerabilidade com o consumo consciente.
O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Bioética Ambiental tendo como base as
obras:
GALINHA,
Iolanda; RIBEIRO, J. L. Pais; HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE BEM-ESTAR
SUBJECTIVO. PSICOLOGIA, SAÚDE & DOENÇAS, 2005, v. 6, n. 2, pág.
203-214. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/37650194_Historia_e_Evolucao_do_Conceito_de_Bem-Estar_Subjectivo>. Acesso em: 03/07/2019.
GADOTTI, Moacir. Educar
para a sustentabilidade. Inclusão Social, Brasília, v. 3, n. 1, p.
75-78, out. 2007/mar. 2008. Disponível em:<http://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1624>. Acesso em: 03/07/2019.
ZUBEN, Newton
Aquiles Von. Vulnerabilidade e finitude: a ética e cuidado do cuidado do outro.
Síntese- Rev.
Filosofia, v. 39, n. 125,
p. 433-456, 2012.
Assassinato em legítima defesa não crime.Quando vou ver os exemplares e os bonitos pagarem por seus assassinatos de caneta azul.
ResponderExcluirPsicólogo não pode ser gordo,olha para os outros e fácil,adestra á boca tem que fazem parte do bacharel.
ResponderExcluirOque me ama sustenta nos todos.
ResponderExcluirSe alguém alguém poder me doar alguns sacos de dinheiro psycopombo@gmail.com
ResponderExcluirPreciso de doação em dinheiro Trilhões ,quadrilhoes também serve.Quero comprá casa,carro se possivel uma cidade.
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