Por Amanda
Cristina Arcencio, Gabriela Ortega Canisso, Juan
Caius Silvestre Paim, Julia Carneiro Fressato Figueira, Leone Levi Gisler,
Sofia Werner Ribeiro
Em
um caso ocorrido em São Paulo, Jadallah, um refugiado sírio, foi agredido
verbal e fisicamente por policiais locais. Segundo a prefeitura ele havia
tomado posse ilegal de propriedade do governo e já teria recebido um aviso para
deixar o local.
De
acordo com a advogada do refugiado, ele já está a quatro anos no Brasil
juntando suas economias para abrir o próprio negócio e há dois meses, teria
conseguido um lugar em um espaço comercial no centro paulistano, e começou a
reformar o local para vender comidas árabes. Ainda segundo a advogada, no dia
da inauguração do restaurante, funcionários da prefeitura de São Paulo foram
até o local e teriam lacrado alguns equipamentos de cozinha. Marina afirma que
a tentativa de diálogo do sírio com os funcionários da prefeitura terminou com
as agressões dos policiais que foram filmados. Diz também que o sírio foi
vítima de estelionato, já que teria adquirido uma propriedade da prefeitura de
forma irregular. O local estava abandonado a três anos e a prefeitura se
beneficiou ilicitamente do crime sofrido pelo refugiado e confiscou todos os
seus equipamentos.
Atualmente
um dos assuntos que mais vem ganhando destaque na mídia é a situação dos refugiados, pessoas que são obrigadas por si mesmas a
deixarem seus países de origem e migrarem para outros pela falta de segurança
onde vivem.
A xenofobia é um grande problema
para essas pessoas que sofrem por sua nacionalidade, raça e cultura.
Normalmente um nativo não aceita disputar uma vaga de emprego com o imigrante,
diminuindo suas oportunidades. A falta de informação dos xenófobos se torna uma
das principais causas que os movimentam a praticar a xenofobia. Problemas
sociais como o aumento da criminalidade e desemprego também se tornam causas do
preconceito.
A morte em massa de
imigrantes e a xenofobia podem ser evitadas aos poucos com tentativas de
acordos entre países e com o fim de suas guerras civis.
A
xenofobia é mais comum em países desenvolvidos, os quais as pessoas nativas não
querem disputar seu mercado de trabalho com os imigrantes. A aversão, medo, ela
vem com a falta de informação. No caso apresentado, pode ter ligação com a guerra civil de seus países, fruto de um evento chamado
primavera
árabe, o qual vários países do Oriente Médio tentaram
derrubar seus ditadores, alguns com sucesso, outro não, como é o caso da Síria.
Com a guerra civil no país há mais de seis anos, aumentaram o número de
refugiados em vários países, como no Brasil, e com eles, um debate sobre a
imigração clandestina e preconceitos em relação a uma raça e etnia.
Ela pode ser comparada com o comportamento de
territorialidade de alguns animais, pois consiste em conflito de indivíduos da
mesma espécie. A mesma ocorrência pode facilmente ocorrer no mundo animal, onde
chimpanzés, em grupos, lutam e entram em conflitos contra outros grupos de
outros territórios. Um acontecimento reportado, é o caso dos macacos do norte
do parque nacional de Gombe, Tanzânia em conflito com os chimpanzés do sul,
gerando muita violência e morte.
No
enfoque psicológico, a análise pode ser feita por meio da psicologia social, ou seja, quais
influências sociais aquele determinado indivíduo ou grupo sofreram. Os
significados adquiridos para um grupo social, ou cultura, trazem em
consequência ações e sentimentos posteriores. Historicamente o ser humano se
organiza de tal modo para que tenha sua sobrevivência e costumes mantidos,
podendo surgir conflitos quando sentem que a vinda de um outro grupo poderia
botar em risco, ou até mesmo destruir sua cultura e valores.
Quando
se tem um caso de xenofobia, seja por meio de Estado, ou um grupo de pessoas
menor, ela nasce dentro de um pensamento de influências sociais. Apesar de o
Brasil não ter sido um alvo para algum grupo terrorista, a forma como era
passado a informação em canais de comunicação pode ter influenciado para tal
pensamento, e como a mídia passava os casos.
Freud descreve esse tipo de situação como
“narcisismo das pequenas diferenças”, a tendência humana de exagerar as
diferenças entre grupos vizinhos ou semelhantes para sentir-se supostamente
superior. Assim, nós como futuros psicólogos, acreditamos que, face ao estranho
e desconhecido, regredimos ao pensamento primitivo e passamos a acreditar que
essas generalizações do esteriótipo descrevem a realidade desses estranhos.
Portanto, a xenofobia se alimenta dessa forma primitiva de pensar,
transtornando e destruindo incontáveis vidas humanas.
O presente ensaio foi
elaborado para disciplina de Etologia tendo como base as obras:
https://books.google.com.br/books?id=Z3tUDgAAQBAJ&lpg=PT4&ots=rNi1MJWgzK&dq=psicologia%20social%20hist%C3%B3rica&lr&hl=pt-BR&pg=PT10#v=onepage&q=psicologia%20social%20hist%C3%B3rica&f=false
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