quinta-feira, 7 de junho de 2018

A biologia da corrupção: Influência social e biológica nas ações humanas


Série Ensaios: Sociobiologia
 
Deborah Simoni, Fabrícia, Isabela Ogliari, Maria Julia Martinez, Raphaela Zraik, Nathalia Molinari, Sofia Mira, Thais Iwankiw.
Acadêmicos do Curso de Psicologia
 
     
      Em Março de 2017, teve início à operação que ficaria conhecida como: Operação
‘Carne Fraca’. Ao longo desta, fora descoberto que certos frigoríferos se utilizavam de
produtos químicos para mascarar seu vencimento e adicionavam água para aumentar o
peso do produto. Além disso, os frigoríferos são acusados de colocarem papelão entre o
alimento. Agentes do governo também foram investigados durante essa operação, uma
vez que, houve o recebimento de propina para que o alimento adulterado entrasse no
mercado, tanto nacional quanto internacional.
         Perante um caso como este surge na sociedade o questionamento do que motivaria
alguém a fazer algo assim? Uma vez que, ao viver em sociedade o ser humano concorda
com uma série de regras que lhes são impostas visando garantir a sobrevivência do
grupo. A sensação de espanto e condenação que surge quando alguém, ou um grupo,
corrompe o código moral estabelecido em busca do benefício próprio, estão envolvidas
não somente com o emocional, psicológico daquele que se sente traído mas também com o valor evolutivo do código estabelecido naquele grupo.
     O senso moral presente na sociedade atual pode ser traçado até nossos ancestrais. Em
sua busca por sobrevivência, prolongamento da espécie, os primeiros hominideosmens
se cercaram de regras. Hábito que segue ao longo das gerações. Esse mesmo mecanismo
pode ser observado em animais, como o lobo em sua matilha, , as formigas e
abelhas. Assim como entre os homens, entre os animais aquele que rompe com as
normas é excluído.
    No entanto, a questão continua sendo a motivação da corrupção das normas. Há quem
analise esta ação como o retorno ao instinto animal, que seria ser livre de leis. No
entanto, analisando a corrupção pela visão do determinismo genético aquele que
corrompe já estaria pré-disposto a fazê-lo. Ou ainda, as atitudes que se desvirtuam da
moralidade social, podem ser analisadas como uma falha no córtex pré-frontal, tendo
em vista que esta região é responsável pelo controle de impulsos e pelo julgamento
entre o certo e errado.
               O córtex pré-frontal demora a se desenvolver completamente. Porém a noção de
empatia e algumas noções morais são adquiridas no primeiro ano de idade. Durante esse
período de formação a educação apresenta um papel crucial, principalmente na distinção
do certo e errado.
          Nós como psicólogas acreditamos que a condicionante biológica representa um papel importante na ruptura das regras, uma vez que agindo por instinto de preservação pessoal ou de seu grupo próximo o homem pode ser levado a cometer atos que rompem com as regras estabelecidas pela sociedade. No entanto, com um trabalho psicológico o indivíduo pode aprender a controlar esse instinto e ser levado a ver que agir conforme as regras estabelecem podem garantir uma chance de sobrevivência maior.
 
 
*      O presente ensaio foi elaborado para disciplina de etologia, baseando-se nas obras:
 
 
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