sexta-feira, 25 de maio de 2018

A trapaça no mundo animal social


Série Ensaios: Sociobiologa

Por: Camila Gusso; Emilly Argenta; Heloise Molina; Juliana Herderico; Melanie Wicheral; Valeska Bronislawski.
Acadêmicas do curso de Psicologia


Em Curitiba, 17 de maio de 2018 o senador e ex-presidente da república Fernando Collor de Melo, se tornou réu pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foi acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, na venda de combustíveis
Existem vários pontos de vista para um comportamento como o do ex-presidente Collor de Mello e outros políticos acusados de corrupção, que na verdade não passa de uma traição, que pode ser julgada por efeitos biológicos, etológicos, psicológicos e culturais.
Do ponto de vista psicológico é possível identificar características comuns dos indivíduos que praticam esse tipo de crime, um padrão em seu temperamento afetivo e seu insight, os quais representam respectivamente seus estados de humor e a interação da pessoa com o mundo. Nos crimes do colarinho branco é possível encontrar características de extroversão neuroticismo e abertura para novas experiências.
Existem também fatores biológicos, como os genes da traição, que é passada de geração em geração e fixados no animal. Esse gene pode evoluir mais quando o animal é mais sofisticado. Por estar presente desde o Brasil colônia o comportamento corrupto está presente na genética do brasileiro e devido ao convívio a tendência é que a corrupção aumente e a cada geração, pois a partir de um pai ou mãe que decida fazer o mal, entrara esse gene em si próprio e se não for controlado poderá se aprimorar.
Em comparação com os humanos os animais silvestres decidem largar sua individualidade para morar em uma sociedade por conta da segurança e facilidades na caça. Porém algumas vezes percebem que as regras impostas pelo grupo podem afetar sua sobrevivência e ele passa a buscar mecanismos de trapaça e desonestidade para facilitar a busca por alimentos e seus interesses próprios sem competição. Logo é normal que um animal engane o outro para se beneficiar, assim como os humanos, porém no mundo silvestre, geralmente ocorre penalidades extremas, como o caso da morte ou expulsão do grupo. Como é o caso dos leões, que quando um leão subordinado tem relações com uma leoa, o macho alfa o expulsa para viver longe da matilha.
Existem também contribuições etológicas que explica o porquê de o comportamento ser assim, ocorrendo entre as espécies através de um passado evolutivo. Por exemplo, em uma época da nossa evolução algum animal teve que trapacear para conseguir o que precisava para a sua sobrevivência, pois provavelmente a vida em grupo não estava assegurando nada a ele. Portanto o fato dele ter trapaceado, ficou em seu gene como uma evolução que foi passada de geração em geração, evoluindo e se tornando intensa, a partir do momento em que o ser humano passa a fazer o mal para conseguir ter mais que os outros por um motivo de puro egoísmo.
Temos também o fator cultural, que é passado por meio da fala e ações, como por exemplo: uma criança que foi criada por pais criminosos está mais propensa a criminalidade do que alguém que foi criado por pessoas integras. Ou em países como a China e o Japão onde as crianças desde pequenas já tem responsabilidades. Já no Brasil, muitas crianças só criam responsabilidades quando passam a morar sozinhas, gerando um atraso e frustrações ao resolver problemas, fazendo com que a pessoa acabe pegando caminhos mais fáceis.
Nós como futuros psicólogos acreditamos que o fator que mais influencia a corrupção e a trapaça é o fator psicológico, pois pensamos que para alguém fazer algo, ela deve arquitetar um plano e ter um diagnóstico para ver se está certo ou errado é papel da psique. O segundo ponto mais importante é o etológico, pois acreditamos que os nossos genes estão muito relacionados com a distinção entre o bem e o mal.

O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas obras:

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