Serie
Ensaios: Ética no Uso de Animais e Bem-Estar-Animal
Por Tamires Diniz Bressan
Pós- graduanda do curso de
Especialização em Conservação da Natureza e Educação Ambiental da PUCPR
No
mês de maio, deficientes visuais atendidos pelo
Centro de Reabilitação Vida Nova - entidade filantrópica mantida pelo Banco de
Olhos de Sorocaba (SP) –
puderam compartilhar de um "caça ao tesouro" inclusivo no Parque da
Água Vermelha, onde os participantes puderam tocar em animais taxidermizados,
possibilitando melhor compreensão da realidade ambiental e maior alcance de
sensibilização.
É
sabido da grande importância da educação ambiental para conscientização acerca das
problemáticas ambientais e aproximação das pessoas à natureza. Muitas práticas pedagógicas vêm sido adotadas possibilitando essa
aproximação e envolvimento da comunidade com o meio. Contudo, algumas questões éticas são levantadas
sobre o uso de animais nessas práticas.
Uma ferramenta bastante utilizada é o uso de
animais taxidermizados em palestras, visitas ou mesmo em sala de aula, como forma de
despertar interesse e curiosidade, podendo ser abordados diversos temas acerca
da fauna, importância, conservação, entre outros. No entanto há a necessidade
de elucidar a importância desses animais, que um dia estiveram vivos,
valorizando e respeitando-os no manuseio e atividades relacionadas. Além disso,
há possibilidade de risco para as pessoas que os manipulam, já que algumas
peças são preparadas com materiais químicos.
Outra
atividade praticada são as visitas escolares a locais que propiciem uma
vivência próxima aos animais, como por exemplo mini-
fazendas. Porém, o
aspecto de bem-estar animal deve ser levado em conta já que tais visitas
tornam-se estressantes e exaustivas para os animais, geralmente estão expostos
a muito barulho, manejo inadequado e algumas vezes a carga de trabalho.
Como
futura conservacionista da natureza e educadora ambiental, acredito que atividades
envolvendo contato com a natureza são
extremamente importantes para que ocorra a aproximação e sensibilização, bem
como o desenvolvimento da afetividade e curiosidade sobre a fauna e o ambiente,
proporcionando uma prática em que a visão sobre os animais não seja
utilitarista e antropocêntrica, mas sim da expressão de sua biologia e sua
importância no ecossistema. Outras abordagens, que não somente o uso de animais, podem ser
empregadas à Educação Ambiental, como por exemplo trilhas, atividades lúdico-pedagógicas, teatros, brincadeiras, entre tantas
outras que podem
sensibilizar e aproximar as pessoas da natureza.
O presente ensaio foi elaborado
para a disciplina Ética no Uso de Animais e Bem-Estar Animal, tendo como base
as obras
Rocha, Eduardo Vemâncio; Sampaio, Adriany de Ávila Melo.
PRIMEIRO ENSAIO SOBRE O USO DA TAXIDERMIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: para pessoas
cegas e de baixa visão. Disponível em: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwif3vCk87vUAhWJjJAKHSd_Al8QFggnMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.agb.org.br%2Fevento%2Fdownload.php%3FidTrabalho%3D1006&usg=AFQjCNEWoNdNhFYtTBjEsDq6golDgL3R1Q&sig2=pIy5-nDisDNKRLfwPvlc8A
Castellano, Maria; Sorrentino, Marcos. DEVEMOS APROXIMAR
QUESTÕES SOBRE ÉTICA E DIREITOS ANIMAIS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL? O QUE PENSAM
EDUCADORES AMBIENTAIS BRASILEIROS SOBRE ESSE TEMA. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/pea/article/viewFile/131043/127474
Fischer, Marta Luciane, et.
al. BIOÉTICA AMBIENTAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: LEVANTANDO A REFLEXÃO A PARTIR
DA PERCEPÇÃO. Disponível em: http://www.sbecotur.org.br/revbea/index.php/revbea/article/view/4939/3248
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