Série
Ensaios: Sociobiologia
Por Bruna
Carolina Linhares; Patrícia Cristina da Costa Ferreira; Paulo Vaccari Neto;
Publio Bonin Junior; Rafael Xavier Weiss
Acadêmicos
do curso de Ciências Biológicas
Recentemente (julho/2003) tivemos na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo a defesa de uma tese de doutorado com dados da avaliação dos efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos. Foram utilizados 60 camundongos machos, com 3 meses de idade, divididos em 3 grupos com 20 animais: um chamado controle, um controle-luva e outro chamado impostação. No 4º dia do experimento, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical para colheita de material a ser utilizado nos procedimentos laboratoriais que envolveram a realização de leucograma específico, contagem de plaquetas do sangue periférico e realização de ensaio de citotoxidade de células não aderentes com atividade natural killer (NK) e lymphokine activated killer (LAK). A impostação de mãos produziu elevação na contagem do número de monócitos, diminuição do número de plaquetas e elevação da citotoxidade de células não aderentes com atividade NK e LAK. Entre as recomendações do autor, está a de que existam outros experimentos nessa linha.
“O
hospital de São João, no Porto, está a usar a terapia reiki para tratar doentes
oncológicos em ambulatório, com o objetivo de limitar os efeitos do tratamento
de quimioterapia. A terapia de Reiki tem sido cada vez mais indicada por
médicos e terapeutas para combater os efeitos da quimioterapia em doentes que
lutam contra o cancro, a fim de ajudar a reduzir os sintomas e a promover o
relaxamento nestes pacientes. Os efeitos positivos desta técnica motivaram
assim o Conselho de Administração daquele hospital a autorizar a sua aplicação
em doentes em regime de ambulatório, e a técnica é aplicada por enfermeiros com
formação na área.” (Magalhães, 2016).
“Em
2003, a arteterapeuta Glória Chan, 56 anos, do Rio de Janeiro, descobriu que
estava com três miomas no útero. Em vez de já iniciar o tratamento alopático,
experimentou o Reiki. “As sessões eram diárias. Durante todo o tempo, o
acompanhamento ginecológico foi apontando diminuição nos miomas. Depois de seis
meses, eles haviam sumido” Curada, Glória passou a estudar e hoje aplica a
técnica em pacientes esquizofrênicos do hospital psiquiátrico onde trabalha.
“Eles respondem melhor ao tratamento clínico”, diz. O Reiki é popular entre os
adeptos da medicina complementar. “É uma técnica simples, acessível a todos e
utilizável em qualquer hora ou lugar”, explica Maria Lúcia de Melo Sene Salvino
de Araújo, terapeuta e representante da Associação Brasileira de Reiki, em São
Paulo” (Peplau, 2013).
Chamada
pelos mais diversos nomes – Toque Terapêutico, Reiki, Johrei, cura prânica e um monte de
outros termos -, a cura pela imposição das mãos talvez seja a forma mais antiga
de terapia vibracional ainda em uso hoje em dia. Essa prática foi adotada por
Jesus e por muitos outros mestres, terapeutas e líderes espirituais no decorrer
das eras. Nestes últimos anos, a cura pela imposição das mãos vem sendo mais
aceita pelas mais diversas categorias de profissionais da saúde, desde
enfermeiras e médicos até os quiropráticos e massoterapeutas. A maioria das
formas de cura pela imposição das mãos envolve o uso das mãos sobre o corpo da
pessoa tratada (ou próximo deste) associado à canalização de energia do agente
de cura para o paciente. A aceitação cada vez maior que vêm merecendo as
terapias de imposição das mãos deve-se em parte ao fato de se terem realizado
diversas pesquisas que confirmam algumas das mudanças fisiológicas e benefícios
curativos que os praticantes dessas terapias alegam obter.
Que
o corpo humano, assim como toda matéria existente é nada mais que energia
condensada não é novidade, os Vedas, escrito há 2.000 a.C. já continham
registros sobre os centros de energia do corpo. E mais recentemente, Eisten
comprovou que matéria é igual à energia, através de sua Teoria da Relatividade, utilizando-se da equação E=mc², que
afirma que tudo no universo é constituído por fótons, inclusive a mente e o
pensamento. Os fótons formam padrões energéticos distintos e acabam
diferenciando e individualizando seres, objetos e ideias. Dessa maneira, dois
campos energéticos mantém constante troca de interação, o humano e o ambiental.
Tal
visão energética do corpo humano é observada em ideias intrínsecas à espiritualidade
e à religiosidade, como por exemplo, que cada ser é
dotado de um espírito, também aura, e centros de energia denominados chakras. Porém o entendimento da relação de
troca de energias vem sendo discutida cada vez mais por pesquisadores, em busca
de comprovar a eficácia de diversos métodos alternativos de cura utilizados há muito tempo, deixando de
ser subjetivas.
O
conceito de que nosso corpo físico é, na verdade, uma complexa rede de campos
de energia entrelaçados tem embasado estudos para uma nova maneira de encarar a
cura do corpo, penetrando mais fundo na causa das doenças. Esse novo modelo de
medicina tem sido chamado de “medicina vibracional”, que tem por base as
modernas descobertas científicas a respeito da natureza energética dos átomos e
moléculas que constituem o nosso corpo, combinados com as antigas observações
místicas sobre os singulares sistemas de energia vital do corpo.
O
modelo da Medicina Vibracional, considera o corpo como um sistema dinâmico de
energia e, a mente e o espírito como verdadeiras fontes da consciência, com
poder de causar as doenças através de ligações energéticas e neurohormonais
entre corpo, mente e espírito. Assim, o tratamento realizado no Campo
Energético também provoca efeitos nesse complexo.
No
estudo supracitado foi possível observar as alterações
biológicas ocasionadas pelo tratamento de Reiki nos camundongos. A resposta
imunológica apresentada pelos animais posteriormente analisadas, mostraram que
os glóbulos brancos e células de defesa imunológicas dobraram sua capacidade de
reconhecer e destruir as células cancerígenas. Comprovando a eficácia do
tratamento para este tipo de enfermidade.
Como
o estudo foi conduzido com camundongos, animais livres de crenças, evitou-se o efeito
placebo nos resultados.
Portanto, não foi possível observar o efeito psicológico decorrente do
tratamento nos animais, assim como não foi possível fazer uma análise etológica
dos camundongos utilizados, visto que para se obter os resultados fisiológicos
foi necessário sacrificá-los. O autor do trabalho não relata o comportamento
dos animais durante o recebimento do tratamento.
Durante
um debate realizado com futuros biólogos foi demonstrado a esses profissionais que o campo
de pesquisa na área de métodos alternativos da medicina é amplo e está dando os
primeiros passos, por isso espera-se que cada vez mais haja interesse nesta
nova área que se abre para nós que buscamos compreender as relações entre os
seres que habitam este planeta, assim como promover melhoria na qualidade de
vida, na sua forma mais abrangente.
O presente ensaio foi elaborado para a
disciplina de Etologia tendo como base as obras:
CARMEM,
R.S. Física Quântica? A medicina de
Eisten. < http://www.webartigos.com/artigos/fisica-quantica-a-medicina-de-einstein/30320/>.
DE
OLIVEIRA, Ricardo Monezi Julião. Avaliação de efeitos da prática de impostação de mãos sobre
os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos. 2003. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo.
GERBER,
Richard. Medicina vibracional: uma medicina para o futuro. Editora Cultrix,
2002.
MAGALHÃES,
João. Hospital de S. João autoriza
terapia Reiki para doentes oncológicos em ambulatório. Disponível em:
PEREIRA
DE ALMEIDA, M.A. Medicina Vibracional.
Trabalho de Conclusão de curso. 2011.
PEPLAU,
Greici. Reiki tratamento diário em
caso de câncer. Disponível em: <
http://reikiluzparatodos.blogspot.com.br/2013/06/reiki-tratamento-diario-em-caso-de.html#.V2MEN7swjcs>
SAVIETO,
Roberta Maria; SILVA, Maria Júlia Paes da. Efeitos do toque terapêutico na cicatrização de lesões da pele de
cobaias. Acta paul. enferm, v. 17, n. 4, p. 377-382, 2004.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário