quarta-feira, 22 de junho de 2016

Quebrando paradigmas: cura através de energia


Série Ensaios: Sociobiologia

Por Bruna Carolina Linhares; Patrícia Cristina da Costa Ferreira; Paulo Vaccari Neto; Publio Bonin Junior; Rafael Xavier Weiss

Acadêmicos do curso de Ciências Biológicas


Recentemente (julho/2003) tivemos na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo a defesa de uma tese de doutorado com dados da avaliação dos efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos. Foram utilizados 60 camundongos machos, com 3 meses de idade, divididos em 3 grupos com 20 animais: um chamado controle, um controle-luva e outro chamado impostação. No 4º dia do experimento, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical para colheita de material a ser utilizado nos procedimentos laboratoriais que envolveram a realização de leucograma específico, contagem de plaquetas do sangue periférico e realização de ensaio de citotoxidade de células não aderentes com atividade natural killer (NK) e lymphokine activated killer (LAK). A impostação de mãos produziu elevação na contagem do número de monócitos, diminuição do número de plaquetas e elevação da citotoxidade de células não aderentes com atividade NK e LAK. Entre as recomendações do autor, está a de que existam outros experimentos nessa linha.


“O hospital de São João, no Porto, está a usar a terapia reiki para tratar doentes oncológicos em ambulatório, com o objetivo de limitar os efeitos do tratamento de quimioterapia. A terapia de Reiki tem sido cada vez mais indicada por médicos e terapeutas para combater os efeitos da quimioterapia em doentes que lutam contra o cancro, a fim de ajudar a reduzir os sintomas e a promover o relaxamento nestes pacientes. Os efeitos positivos desta técnica motivaram assim o Conselho de Administração daquele hospital a autorizar a sua aplicação em doentes em regime de ambulatório, e a técnica é aplicada por enfermeiros com formação na área.” (Magalhães, 2016).




“Em 2003, a arteterapeuta Glória Chan, 56 anos, do Rio de Janeiro, descobriu que estava com três miomas no útero. Em vez de já iniciar o tratamento alopático, experimentou o Reiki. “As sessões eram diárias. Durante todo o tempo, o acompanhamento ginecológico foi apontando diminuição nos miomas. Depois de seis meses, eles haviam sumido” Curada, Glória passou a estudar e hoje aplica a técnica em pacientes esquizofrênicos do hospital psiquiátrico onde trabalha. “Eles respondem melhor ao tratamento clínico”, diz. O Reiki é popular entre os adeptos da medicina complementar. “É uma técnica simples, acessível a todos e utilizável em qualquer hora ou lugar”, explica Maria Lúcia de Melo Sene Salvino de Araújo, terapeuta e representante da Associação Brasileira de Reiki, em São Paulo” (Peplau, 2013).

Chamada pelos mais diversos nomes – Toque Terapêutico, Reiki, Johrei, cura prânica e um monte de outros termos -, a cura pela imposição das mãos talvez seja a forma mais antiga de terapia vibracional ainda em uso hoje em dia. Essa prática foi adotada por Jesus e por muitos outros mestres, terapeutas e líderes espirituais no decorrer das eras. Nestes últimos anos, a cura pela imposição das mãos vem sendo mais aceita pelas mais diversas categorias de profissionais da saúde, desde enfermeiras e médicos até os quiropráticos e massoterapeutas. A maioria das formas de cura pela imposição das mãos envolve o uso das mãos sobre o corpo da pessoa tratada (ou próximo deste) associado à canalização de energia do agente de cura para o paciente. A aceitação cada vez maior que vêm merecendo as terapias de imposição das mãos deve-se em parte ao fato de se terem realizado diversas pesquisas que confirmam algumas das mudanças fisiológicas e benefícios curativos que os praticantes dessas terapias alegam obter.  

Que o corpo humano, assim como toda matéria existente é nada mais que energia condensada não é novidade, os Vedas, escrito há 2.000 a.C. já continham registros sobre os centros de energia do corpo. E mais recentemente, Eisten comprovou que matéria é igual à energia, através de sua Teoria da Relatividade, utilizando-se da equação E=mc², que afirma que tudo no universo é constituído por fótons, inclusive a mente e o pensamento. Os fótons formam padrões energéticos distintos e acabam diferenciando e individualizando seres, objetos e ideias. Dessa maneira, dois campos energéticos mantém constante troca de interação, o humano e o ambiental.

Tal visão energética do corpo humano é observada em ideias intrínsecas à espiritualidade e à religiosidade, como por exemplo, que cada ser é dotado de um espírito, também aura, e centros de energia denominados chakras. Porém o entendimento da relação de troca de energias vem sendo discutida cada vez mais por pesquisadores, em busca de comprovar a eficácia de diversos métodos alternativos de cura utilizados há muito tempo, deixando de ser subjetivas.

O conceito de que nosso corpo físico é, na verdade, uma complexa rede de campos de energia entrelaçados tem embasado estudos para uma nova maneira de encarar a cura do corpo, penetrando mais fundo na causa das doenças. Esse novo modelo de medicina tem sido chamado de “medicina vibracional”, que tem por base as modernas descobertas científicas a respeito da natureza energética dos átomos e moléculas que constituem o nosso corpo, combinados com as antigas observações místicas sobre os singulares sistemas de energia vital do corpo.

O modelo da Medicina Vibracional, considera o corpo como um sistema dinâmico de energia e, a mente e o espírito como verdadeiras fontes da consciência, com poder de causar as doenças através de ligações energéticas e neurohormonais entre corpo, mente e espírito. Assim, o tratamento realizado no Campo Energético também provoca efeitos nesse complexo.



No estudo supracitado foi possível observar as alterações biológicas ocasionadas pelo tratamento de Reiki nos camundongos. A resposta imunológica apresentada pelos animais posteriormente analisadas, mostraram que os glóbulos brancos e células de defesa imunológicas dobraram sua capacidade de reconhecer e destruir as células cancerígenas. Comprovando a eficácia do tratamento para este tipo de enfermidade.

Como o estudo foi conduzido com camundongos, animais livres de crenças, evitou-se o efeito placebo nos resultados. Portanto, não foi possível observar o efeito psicológico decorrente do tratamento nos animais, assim como não foi possível fazer uma análise etológica dos camundongos utilizados, visto que para se obter os resultados fisiológicos foi necessário sacrificá-los. O autor do trabalho não relata o comportamento dos animais durante o recebimento do tratamento.

Durante um debate realizado com futuros biólogos foi demonstrado a esses profissionais  que o campo de pesquisa na área de métodos alternativos da medicina é amplo e está dando os primeiros passos, por isso espera-se que cada vez mais haja interesse nesta nova área que se abre para nós que buscamos compreender as relações entre os seres que habitam este planeta, assim como promover melhoria na qualidade de vida, na sua forma mais abrangente.



O presente ensaio foi elaborado para a disciplina de Etologia tendo como base as obras:

CARMEM, R.S. Física Quântica? A medicina de Eisten. < http://www.webartigos.com/artigos/fisica-quantica-a-medicina-de-einstein/30320/>.



DE OLIVEIRA, Ricardo Monezi Julião. Avaliação de efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos. 2003. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

GERBER, Richard. Medicina vibracional: uma medicina para o futuro. Editora Cultrix, 2002.

MAGALHÃES, João. Hospital de S. João autoriza terapia Reiki para doentes oncológicos em ambulatório. Disponível em:

PEREIRA DE ALMEIDA, M.A. Medicina Vibracional. Trabalho de Conclusão de curso. 2011.

PEPLAU, Greici. Reiki tratamento diário em caso de câncer. Disponível em: < http://reikiluzparatodos.blogspot.com.br/2013/06/reiki-tratamento-diario-em-caso-de.html#.V2MEN7swjcs>

SAVIETO, Roberta Maria; SILVA, Maria Júlia Paes da. Efeitos do toque terapêutico na cicatrização de lesões da pele de cobaias. Acta paul. enferm, v. 17, n. 4, p. 377-382, 2004.

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