Por Bruna Estefany
Lemos de Souza dos Santos
Acadêmica do curso de
Ciências Biológicas
A Declaração de Cambridge, foi escrita Philip Low e editado por Jaak Panksepp, Diana Reiss, David Edelman, Bruno Van Swinderen, Philip Low e Christof Koch, esse encontro reuniu neurocientistas na Universidade
de Cambridge [MF1] na Inglaterra em 7, de
julho de 2012, para discutir os substratos neurobiológicos da consciência e o
comportamento dos animais, tendo como obstáculo que alguns tipos de
comportamentos, refletem uma condição oculta em estado interno do indivíduo,
que são difíceis de serem explicados e precisam ser estudados (LOW et al., 2012).
Os
cientistas concordam que as pesquisas estão avançando cada vez mais e em um
ritmo mais acelerado, possibilitando novos conceitos sobre a consciência humana
e não-humana, que são mais homólogas do que se pensava há
pouco tempo atrás, considerando que cada ser vivo, de acordo com sua evolução
possui um nível de consciência, e que outros inesperadamente apresentam uma
consciência muito parecida com os humanos. Isso possibilita também, que se faça
uma reavaliação de conceitos anteriores, aprimorando o
conhecimento sobre a consciência, sem que seja necessário o uso de técnicas
invasivas, pois com esses novos estudos já disponibilizam tecnologias
não-invasivas para o estudo da consciência (LOW et al., 2012).
A
consciência não deixa de estar atrelada com emoção, então nestas mesmas pesquisas, foi possível
observar e provar cientificamente que a emoção dos humanos não está ligada
apenas as estruturas corticais e principalmente a estruturas subcorticais, e que isso antes
pensado com característica exclusiva de humanos provou-se ser compartilhada também com os animais não-humanos (LOW et al., 2012).
As aves
por exemplo, apresentam seu comportamento neurofisiológico e neuroanatômico muito parecido com
humanos. Como o papagaio cinzento
africano,
nos microcircuitos cognitivos, que apontaram que os papagaios cinzentos tem a
inteligência de uma criança de três anos; os mandarins no sono REM, que no
período de sono sonham com as melodias dos seus cantos, que estão gravadas no
cérebro e aves no auto reconhecimento
no espelho assim como humanos, macacos, golfinhos e elefantes se reconhecem ou
que tentam brigar, brincar consigo mesmo (LOW et al., 2012).
Quando
estes animais, humanos e não-humanos foram submetidos a testes farmacológicos
com drogas alucinógenas, verificou-se as mesmas perturbações, o que indica que
a consciência está ligada a região subcortical, mais primitiva, e por
isso é compartilhada por aqueles animais sem neurocórtex (LOW et al., 2012).
Então, os neurocientistas
cognitivos, neurofarmacêuticos, neurofisiologistas, neuroanatomistas e
neurocientistas computacionais que participaram do encontro declararam que a
ausência de um neurocórtex, não impede que os organismos apresentem reações
afetivas, e que animais não humanos podem e apresentam um estado consciente, e
exibem comportamentos intencionais (LOW et
al., 2012).
A declaração é considerada um marco na
história da ciência sobre consciência, pois reconhece que os animais não
humanos como seres sescientes. Porém ainda, existem cientistas céticos, que
fazem crueldades com os animais, para atingir seus objetivos científicos,
tratando-o apenas como suas cobaias para estudos que venham favorecer a
medicina humana, sem levar em consideração que estes são seres conscientes, que
sentem. E ainda aqueles que não fazem parte da comunidade científica, mas que
tratam os animais apenas como coisas, objeto de direito do homem, e que lhes
convém, enquanto os servem.
O presente trabalho foi
elaborado para a disciplina de Etologia I tendo como base as seguintes
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