Série de ensaios: Aplicação da etologia
Por:
Bruno Madalozzo, Luan Andrioli, Samuel Busnardo e Vinicius Saragoza
Acadêmicos
do curso de biologia PUCPR
Um outro problema que afeta o equilíbrio ecológico envolve a introdução de uma espécie exótica em um ambiente onde existe a ocorrência de espécies nativas ou ainda endêmicas.
Tal evento pode se mostrar catastrófico quando
levamos em conta que o comportamento dos animais de uma região específica é
adaptado para lidar com eventos comuns que ocorrem no dia a dia naquele
ambiente; quando uma espécie exótica é introduzida, muitas vezes as espécies
nativas da região podem não ter a capacidade de reagir de forma adequada
perante o intruso, tendo alto risco de ser subjugada se houver competição por
recursos ou sofrer grande redução de população se houver interação
interespecífica de predação. Em muitos
casos a invasão de espécies exóticas em um local pode se dar pela fragmentação de habitats, na
qual a perda de habitat original ocasiona a dispersão das espécies e migração
para outros ambientes, fazendo com que haja encontro entre as espécies que, em
seus ambientes naturais, não encontrariam.
Darwin utilizava do estudo do comportamento em seus trabalhos e a
partir dai podemos ver que conservação e Etologia andam lado a lado desde o
começo do estudo da vida e hoje tem laços ainda mais fortes. A cada ano que se
passa o conhecimento etológico dos seres vivos vem crescendo e com dados tão
importantes fica mais fácil preparar planos de manejo e saber quais decisões
tomar quando proteger uma espécie for necessário. Devemos, portanto, lembrar do
papel dos biólogos etólogos na conservação das espécies. Margarida Pinheiro
disse no seu ensaio chamado Etologia e Conservação: “Um etólogo pode
contribuir para a proteção da Natureza, em 3 níveis: Analisando comportamento
humano e o funcionamento das sociedades humanas em relação com a Natureza.
Estudando as espécies, ameaçadas ou não, nos seus habitats naturais, inferindo
a sua situação ecológica e/ou o melhoramento dessa situação, eventualmente
através de extrapolação de dados. Contribuindo para a conservação das espécies
em condições de cativeiro ou seminaturais e a sua reintrodução na Natureza.” (Margarida
Pinheiro, 1989).
Nós como formandos em biologia
acreditamos que o papel do etólogo é fundamental na conservação. Conhecendo o
modo de vida podemos ter informações importantes para proteger e compreender
espécies potencialmente ameaçadas além de entender como o homem pode
influenciar em seu modo de vida natural.
O Presente ensaio foi elaborado para a disciplina de
etologia se baseando nas obras:
Pinheiro, M. (1989) Etologia e Conservação
Queen, S. (2015) Ursos Polares migram para ilhas no Canadá
em busca de gelo duradouro.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2015/01/14/ursos-polares-migram-para-ilhas-no-norte-do-canada-em-busca-de-gelo-duradouro.htm Acesso em 21/04/2015Lorenz, K. (1995) Os Fundamentos da Ecologia
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