terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que delícia os ciclos biológicos... Amo a montanha russa da Vida... Que venha 2014! Quem está a fim de entrar nessa comigo?




Ciclos são ótimas oportunidades que a vida nos proporciona para recomeçar...  Nas sociedades modernas alguns ciclos são mais reverenciados, como os anuais e os de aniversários, contudo não podemos deixar de reverenciar o ciclo circadiano - nada como uma noite para reanimar o corpo e espírito - e as estações do ano, marcadamente determinando comportamentos específicos. Os ciclos naturais ditam os ritmos biológicos que regem a sinfonia da nossa existência. Ao nível molecular a produção de hormônios e neurotransmissores, a reprodução celular e a movimentação das nossas moléculas, são harmonicamente orquestradas para que não haja desperdício e que para que seja mantida uma perfeita sincronia entre o que ocorre dentro do nosso corpo com o que ocorre no universo ao nosso redor. Podemos dizer que nascemos e morremos a cada uma desses ciclos e talvez o mais único que exista seja a batida do nosso coração. A cada sístole e diástole um fluxo de alimento, oxigênio e mensagens químicas atravessam nosso corpo, colocando todas as nossas células em uma divina harmonia, assim todas nossas 50 trilhões de células funcionam juntas, cada qual com sua peculiaridade, em prol de um único objetivo, manter o seu conjunto – que somos nós – vivo! É bonito demais! O interessante é que cada coração produz infrassons específicos, os quais têm sido estudados para produção de uma senha única e universal para que possamos usar em todos os aspectos da vida moderna, do acesso ao e-mail, a conta do banco, ligar o carro ou abrir a porta de casa. É fantástico!
A cada ciclo que proporciona um novo nascimento, obviamente não nascemos iguais a quando morremos, essa dinamicidade de oportunidades, cultua outro aspecto fantástico da vida que é a efemeridade. Morremos um, nascemos outro, ao mesmo tempo que somos único e efêmeros, temos a oportunidade de sermos muitos e eterno... é o paradoxo da vida!
A analogia que melhor me cabe é de uma gigantesca montanha russa, com seus luppings, dá medo, mas é gostoso! A vida me parece também os livros que li... nunca sou a mesma depois de um livro, sinto que morri e nasci, sinto uma ansiedade em terminar o livro, ao mesmo tempo, que me dá uma frustração em ter que deixa-lo! A criatividade e potencial poético da alma humana torna ilimitada a fonte de analogias para comparar a vida, o importante mesmo é termos essa inexplicável oportunidade de estarmos experienciando as sensações de estarmos vivos, de estarmos darmos vida às nossas emoções... boas ou ruins, não importa! O importante é estarmos em cena!
   Normalmente sou um pouco rebelde com relação as datas festivas, não pelo que se comemora, em si... mas pela exploração comercial que existe sobre algo que ao meu ver deviria ser apenas vivenciado. Essa exploração comercial vende uma ideia de que se consumirmos estaremos inseridos na sociedade e iremos vivenciar a situação da forma que é pré-determinada... Cada pessoa tem uma história, isso é o mais lindo da vida... a oportunidade que você tem de ser único, esse lance que precisa ser assim ou assado, ou que precisa ser tudo perfeito para ser feliz, é mentira... você tem que viver aquele momento, sentir que seu corpo físico e seu corpo espiritual estão em perfeita sintonia naquele instante do tempo e do espaço e possa desfrutar integralmente de tudo que a vida lhe proporciona. Cada ser humano vai perceber a vida de uma forma, então não é sábio comparar.
Final de ano, tudo conspira para refletirmos sobre como foi o ano e como queremos que seja o próximo. Eu particularmente acredito que deveríamos fazer isso todos os dias, mas tudo bem, vamos no espírito. É importante primeiro agradecer à vida e às oportunidades. Eu sou imensamente grata por todas as pessoas que passaram pela minha vida esse ano, e olha que foram muitas! Fazer parte da vida dessas pessoas, mesmo que um pouquinho, é um presente pra mim! Eu sei que me estressei demais esse ano, talvez por falta de sabedoria de saber administrar e separar o que era urgente do que era importante! Mas estou disposta a rever minhas condutas no próximo ano! Também sou grata por tudo que foi construído: as relações pessoais e profissionais, a produção científica, a formação profissional, a consolidação de projetos, enfim... se para o nosso espírito faz bem acreditar que a vida está no dando uma nova oportunidade e que a imperceptível e tênue linha que separa as 23h59 do dia 31/12/2012 das 00h00 do dia 1/1/2014 vai nos brindar com uma perspectiva de termos uma existência melhor.... Que venha 2014!



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