Série Ensaios: Aplicação da Etologia
Por Deborah Tostes Martins, Gustavo Henrique Pontes,
Nayane Amaral Dutra e Tatyani Fernanda dos Santos
Acadêmicos do curso de Biologia da PUCPR
"A grandeza de uma nação e seu
progresso moral se pode julgar de acordo com a maneira com que se tratam seus
animais"
Mohandas Gandhi
Mohandas Gandhi
Ètica?
É dedicada ao estudo morais e dos
príncipios. Animais?
Derivada do latim anima, no sentido de
fôlego vital. Os estudos utilizando os animais começou apartir do século
XVII com Rene Descartes,
que sua visão mecanista do mundo considerou os organismos vivos como máquinas
naturais. Esse argumento contribuiu para prática de vissecção
e a realização de experimentos cruéis com os animais. Ao contrário de
Descartes, outros filósofos, porém, contestaram seu paradigma, como Voltarie e Imannuel Kant, que
acreditavam que os animais são seres senscientes (que tem sensações).
No século XIX, o Cientista Louis Pasteur,com
suas descobertas validou o método científico. No século XX surgiu o filósofo australiano
chamado Peter
Singer que fundou a corrente
utilitarista preocupada com a relação etica dos animais, após ele o filósofo Ton Regan,
da corrente deontologista, que é um grande expoente da questão do direito dos
animais. Na prática, ambas defendem que as espécies tem status
moral, que a diferença entre humanos e animais não é tão grande para
justificar a maneira a qual tratamos que esse status exige que reformulemos a forma como lidamos com eles. Quando falamos em
animais, estamos nos referindo a seres sencientes, ou seja, que possuem um grau mínimo
de consciência que os torna capazes de sentir dor e prazer. A posição do
Professor Antônio Damásio é muito clara a
respeito disto. Logo, esses seres devem ser diferenciados, seus interesses
devem ser levados em conta, devem compartilhar da nossa esfera moral. Temos “obrigações diretas” para com esses
seres, o que significa uma grande mudança no modo de lidar com eles,
desconstruindo um antropocentrismo associado à
indiferença e/ou hostilidade para com outras espécies. O principal aspecto é
superar a visão de que o valor desses animais é um valor instrumental, à medida
que nos servem. As diversas relações que mantemos com os animais, sejam estes silvestres, domésticos, de laboratório,
de consumo ou de rua, tem permitido
uma avaliação com enfoques diferentes: acadêmico,
filosófico, ético, jurídico, emocional, artístico, compassivo, fundamentalista, de saúde, clínico, etológico e comparado.
O fato é que existem vários seres, principalmente seres
invertebrados, considerados inferiores dos quais são utilizados em experiências
e que normalmente não consideramos que tenham uma sensibilidade ou conciência e
acabam passando por estes testes sem o devido cuidado com sua relação de dor ou
sofrimento, inclusive utilizado em nossa alimentação sendo cozidos vivos como,
carangueijos e moluscos bivalves. Inclusive grandes nomes da ciência como Stephen
Hawking e Philip Low
assinaram um manifesto
a respeito da admissão da conciência animal. Pois há animais como o
cachorro, o rato e o porco, cujo que o primeiro nós damos carinho, o segundo temos medo
e normalmente desprezamos e o terceiro nós nos alimentamos. Chegamos à conclusão que tratamos os animais de
maneiras diferenciadas consequentemente temos éticas variadas para seres vivos anatômicos e de utilidades
variadas. Perguntamos se é correto tratarmos os animais com esta distinção ou
deveriamos rever os valores dos quais nos baseamos para trata-los com tanta
distinção e se isso realmente fará diferença no aspecto em que a humidade
tratará seus pares animais no futuro?. Sabemos que até 35 milhões de animais
são usados em pesquisas só nos
Estados Unidos da América, fora os que são criados para alimentação e outros
fins, qual o nosso direito de utilizá-los deste modo. Por exemplo, em 27
de janeiro de 1978, a UNESCO proclamou em Bruxelas a Declaração Universal dos Direitos dos
Animais, subscrita por quase todos os países do mundo, incluindo o Brasil.
Atualmente o que se observa é o surgimento de vários códigos e diretrizes nos
diversos países, que são estabelecidos por órgãos governamentais (por exemplo,
o NIH nos EUA), por instituições não governamentais (ONGs relacionadas à
proteção animal), associações e instituições científicas (como a Academia de
Ciências), assim como comissões especialmente constituídas para essa
finalidade. O que podemos refletir á partir destes fatos é que se no mundo de
hoje há tantas tecnologias, por que ainda persistem com a
utilização extrema dos animais?
O presente ensaio foi elaborado para disciplina de
Etologia, tendo como base as obras:
·
MALDONADO, Néstor. Assuntos
afins de homeopatia. Reflexões em torno de uma ética animal. 2012. Disponível em: http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/Reflexoes_em_torno_de_uma_etica-animal.htm Acesso em: 04 mar. 2013.
·
MASCHIO, Jane. Os Animais. 2002. Disponível em: http://jus.com.br/revista/texto/7142/os-animais.>
Acesso em: 04 mar. 2013.
·
PAIXÃO, Rita. Reino Humano. Haverá Limite? Ciência:
Entre o possivél e o aceitavél. N° 3. 2001. Disponivél em: http://www.uff.br/maishumana/etica_animal.htm
Acesso em: 04 mar. 2013.
·
PARISI, Silvia. Vivissecção
e Testes com animais. Disponível em: http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=vivisseccao.htm Acesso em: 04 mar. 2013.
·
STEFANELLI, Lúcia. Experimentação Animal: Considerações
Éticas, Científicas e Jurídicas. Vol 15, N° 1. 2011. Disponivél em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/novembro2011/biologia_artigos/9experimentacao_animal.pdf
Acesso em: 04 mar. 2013.
·
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/antonio-damasio-diz-que-animais-tambem-tem-consciencia-44915
·
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/nao-e-mais-possivel-dizer-que-nao-sabiamos-diz-philip-low
Nenhum comentário:
Postar um comentário