Série
ensaios: Aplicação da Etologia
Por Elaine
Aparecida Dias da Costa e Joana Scapinello Valdameri
Acadêmicas
do curso de biologia
A vida do homem atual é cheia de
mistérios: “Quem sou?” “o que estou fazendo aqui?” e outras
perguntas retóricas que, de algum jeito, montam a personalidade individual.
Ainda assim, muitos destes comportamentos nada mais são do que frutos da evolução e adaptação ao meio,
até chegarmos ao que somos. É isto que a etologia humana estuda. A etologia, ciência recente começada na
década de 30 por Lorenz e Tinbergen, tem como
foco o estudo do comportamento (reação a modificações do ambiente) inato, ou
seja, aqueles comportamentos que já são intrínsecos aos animais. A
concepção de que não apenas estruturas morfológicas e alterações fisionômicas
são alvos da seleção natural, mas o comportamento também, estando assim a mercê
da evolução. Vale lembrar que todo e qualquer comportamento é regido por genes, e sua
expressão (ou não) resultará em modos de ação e reação diferenciados. Uma
ciência tão estudada é a psicologia, que
interpreta estes comportamentos de modo individual e social. Porém o foco da
etologia humana não é o comportamento mutável, aquele adquirido conforme o
tempo - a 'experiência de vida'; e sim os comportamentos que não são
aprendidos, que já carregamos dentro da gente - o 'conhecimento empírico'. Por
exemplo: um recém-nascido que sente afeto pela sua mãe; seu modo de fazer-se
mostrar que está com fome (chorar); como sugar o seio para conseguir o
alimento. Isto não foi ensinado ao bebê, mas de algum modo ele sabia como
agir. A sociabilidade do homem é incrível! Porém, também se pode perceber
comportamento social em outros animais.
A sociobiologia estuda o
porquê alguns animais preferem viver isolados (aranhas, por exemplo),
enquanto outros vivem em grupos (abelhas, formigas). Isto
reflete em como podemos analisar as relações sociais entre humanos, como algo
que não é exclusivo da nossa espécie, demonstrando o valor evolutivo do
comportamento. A sociabilização, seja de uma espécie de inseto ou do ser
humano, tem um imenso papel para percebermos os padrões de comportamento. Como
visto por Wilson, nos meados
dos anos 1960, não é possível descrever o modus
operandi de animais somente estudando indivíduos isolados; uma coisa é ver
o seu comportamento num aquário se alimentando, outra coisa é ver um grupo
destes animais indo atrás da comida. Nós formandas em Biologia acreditamos que
estudar etologia humana não é desmerecer a psicologia, muito pelo contrário - É
fazer entender que não somente de ações atuais que se explica o comportamento -
Mostra a necessidade de entender o passado evolutivo do ser humano, para
entender que não somos seres estritamente culturais. Apesar de termos
tantas ciências estudando a mente humana há tanto tempo, foi apenas
recentemente que compará-la aos animais mostrou-se um modelo eficaz para
entender várias reações.
O presente ensaio foi elaborado para
disciplina de etologia baseando-se nas obras:
Nobelprize.org
http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1973/tinbergen-autobio.html
ZUANON, Á. C. A. Instinto, etologia e
a teoria de Konrad Lorenz, 2007 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132007000300005
Editora Unesp. Os fundamentos da Etologia. Disponível em: http://editoraunesp.com.br/index.php?m=1&codigo=103.
Etologia Humana. Disponível em http://www.mocho.pt/Ciencias/outras_ciencias/Antropologia/etologiahumana/
Etologia Humana. Disponível em http://www.mocho.pt/Ciencias/outras_ciencias/Antropologia/etologiahumana/
DE
TONI, P.M. et al. Etologia
humana: o exemplo do apego. Psico-USF, vol. 9, n. 1, 2004.
sicologia e Genética: O que causa o
comportamento? Disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n14/mente/genetica-comportamental1.html
Salvem o planeta.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/170506/entrevista.html
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