Série
Ensaios: Ética no Uso de Animais e Bem-estar Animal
Por Taciana
dos Santos Buchuk Cordeiro
Pós-graduanda
em Conservação da natureza e educação ambiental
O cultivo de ostras no Brasil não é muito comum, se
comparado a alguns países da Europa, a produção no país é pequena, apesar de
seu consumo ter aumentado consideravelmente nos últimos três anos, porém seu
consumo ainda está se popularizando. A aqüicultura (ciência que estuda e aplica os meios
de promover o povoamento de animais aquáticos) está superando atividades
agropecuárias no Brasil. As ostras produzidas em fazendas são mais saborosas e,
a partir de vários cruzamentos de espécies, a Cassostreas gigas um tipo de ostra japonesa, se adaptou a águas
frias, como no estado de Santa Catarina, se reproduzem apenas em laboratório. As
ostras Crassostrearhizophorae,
nativas do Brasil, ocorrem nas regiões do nordeste do país, em áreas de mangue.
As sementes Cassostreas gigas, são
desenvolvidas em laboratório e podem ser obtidas em algumas universidades no
estado de Santa Catarina, a partir da semente desta primeira, são desenvolvidas
as sementes da Crassostrearhizophorae.
O tempo de desenvolvimento de uma ostra, para atingir a idade para colheita
varia de 18 a 20 meses. Para garantir a qualidade das ostras o governo federal
desenvolveu o Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos
Bivalves, pois a legislação atual não oferece valores de referencia para
moluscos vivos ou consumidos crus. A manipulação desses animais deve ser feita a
partir de técnicas que visem conservar os animais, nem sempre são as mais
adequadas do ponto de vista do sofrimento desses animais. Isso ocorre com
espécies que não tem apelo afetivo, como no caso dos invertebrados.
Os experimentos que utilizam animais devem ser
realizados seguindo alguns critérios normativos mínimos, como impor limites a
dor e ao sofrimento, garantir tratamento humanitário, fiscalizar instalações e
procedimentos, garantir a responsabilidade pública. O que seria dor para um ostra? Por falta de informações não se sabe
ao certo o quanto uma ostra pode sofrer, mas o fato de imaginar colocando-a
viva em água fervente ou em uma grelha deve ser bem doloroso, assim como
podemos escutar os caranguejos se debatendo, tentando fugir de uma panela quando
estão sendo preparados para o cozimento. É certo imaginar que alguma dor elas
devem sentir! Você já se imaginou sendo cozido vivo, ou queimado? Não deve ser
muito agradável! Como falado
anteriormente, por não serem animais que tem aquele apelo afetivo, de ser
“fofinho” ou não terem qualquer tipo de expressão de dor ou sofrimento, a idéia
de que elas possam sofrem é vaga, mas de alguma maneira elas devem sentir dor.
Cabe à população começar a ter essa noção de que todos os animais sofrem de
alguma por dor física. Lembrando que se
deve ter cuidado, pois, como todo cultivo de produção, é reconhecido como impactante ambiental.
O presente ensaio foi elaborado para
disciplina de Ética no Uso de Animais e Bem estar Animal, baseando-se nas
seguintes obras:
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