Já há algum tempo que a Etologia
vem apoiando estudos Psicológicos, um dos estudos polêmicos atuais é o spray
de oxitocina. Já é bem conhecido o papel
deste hormônio para os vínculos
afetivos sociais e parentais - tanto nos homens como nos demais animais - porém,
este hormônio é liberado em diferentes situações. Nas fêmeas basta a
visualização de um bebê indefeso e falar para propiciar o aumento desse
hormônio - que ocorre em maior abundância do que nos homes. O pico de produção
é durante o parto, sendo o hormônio também responsável pelas contrações
uterinas e produzidos durante a lactação, sendo o mais importante formador de
elos entre mães e bebes. Os machos produzem oxitocina em abundância durante o
orgasmo (40% a mais). O importante é que o hormônio é um dos responsáveis tanto
pelo aumento
de confiança no outro e na determinação do vínculo afetivo entre homens e
mulheres. Contudo, parece que alguns homens têm uma falha na produção ou
recepção desse hormônio - ressalva-se que em ratazanas da pradraria a oxitocina
é a chave para monoganima. A novidade é
que cientistas alemães baseados nessas descobertas criaram o spray
nasal de oxicitona e testaram em homens casados e solteiros. O experimento
consistia em espirrar o spray e verificar a distância que o homem se aproximava
de uma pesquisadora atraente. No caso dos homens casados, a distância mantida
foi maior do que no placebo – de 10 a 15 cm. Porém, nos solteiros não houve
diferença entre os dois grupos. Em outro
estudo foi evidenciado o aumento de confiança no outro em transações
financeiras.
E daí? Haveria alguma questão ética na utilização desse spray? Talvez
o mais preocupante seja a manipulação de massas, porém já somos tão manipulados
por outras estratégias tão bem dominadas pelo marketing? Para o bem, espera-se
usar o spray no tratamento de pessoas com fobia social. Sabemos o quanto o
biológico é relevante no nosso comportamento, principalmente o inconsciente,
porém também sabemos que só o biológico não basta. Na dúvida, é possível que
muitas esposas usem só um pouquinho, afinal o seguro morreu de velho....
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