segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

De lá pra cá ou de cá pra lá? Retornando as aulas 2013





Essa semana marca a retomada da nossa confortável e prazerosa rotina de fantásticos encontros vespertinos. O ambiente acadêmico, a formação de profissionais que construirão o futuro, a expectativa de como serão as novas turmas. Na semana que passou tivemos a oportunidade de vivenciarmos diferentes oficinas de reciclagem, motivação e de trabalho. Eu, como uma pessoa altamente motivada, fiz várias e adorei todas.  Foram diferentes temas que tiveram o foco principal a excelência no ensino propiciado aos nossos alunos, refletidos sobre o passado, presente e futuro da educação e o que podemos fazer para continuar formando profissionais e cidadãos que muito nos orgulham. Obviamente que me identifiquei muito com todas as abordagens, senti que muito do que fazemos intuitivamente precisa ser sistematizado, talvez esse seja um novo momento na nossa jordana profissional. Fantástica a fala de Clovis Amorim e Carlos Gomes sobre o estresse e o papel do professor, o Clovis propiciou de fato um novo olhar, uma reinvenção ou um resgate de si mesmo, é como se colocar no eixo certo novamente, e ter consciência do para quê você existe como profissional. Como diz o mestre ser feliz é em grande parte questão de decisão, mas principalmente de aprendizado... vamos lá, então! Nessa matéria não aceito tirar menos que 10,0. Também conhecemos o planetário fulldome (aliás, por mim ficaria uma hora por dia naquele planetário olhando as estrelas) e apresentação em Prezi, novas linguagens para nossos alunos futuristas? E como refleti sobre linguagens? Será que ainda adotamos uma pedagogia tradicionalista com uma roupagem moderna? Será que estamos vivendo um momento histórico de conflito de gerações? Será que o mercado já está preparado para esse profissional com acesso a milhares de informações, autônomo, multitarefa e que já não depende tanto da sua memória biológica para armazenar conhecimentos? Será que emocionalmente ele também evoluiu, ou continua com as mesmas necessidades dos seus ancestrais de 100.000 anos e quem sabe mais antigos ainda? Muitas novidades estão pintando por aí... será que surge uma nova seleção natural? Aquele que tem mais capacidade de esquecer as preocupações é o que terá mais saúde e deixará mais descendentes? Teorias antigas que o sistema nervoso estava pronto aos 12 anos, ou seja, tudo o que a pessoa seria de bom e ruim... Pesquisas novas na neurociência têm mostrado que o cérebro do adolescente ainda não está pronto, e que nesta fase estão sendo estabelecidas conexões fundamentais para formação da sua personalidade, principalmente com relação às relações interpessoais e que o processo terminaria aos 30! Esses dados nos levam a questionar não apenas nossa relação com os alunos (que, aliás, todos os anos têm a mesma idade e nós professores estamos um ano mais velho), mas a sistemática de ensino. Sei que diante de tantas reflexões - com colegas que vemos todos os dias e outros que tivemos o prazer de conhecer - de como fazer mais e melhor pela melhor atividade do mundo que é ser professor – me deu uma vontade enorme de estar com as razões da existência da minha profissão. Então vamos lá, começar novamente mais um ano, conviver com gente falando de bicho (as duas coisas que mais amo nessa vida: gente e bicho ou bicho e gente), trocar, crescer, aprender, viver.... E? Sucesso pra nós!      

Um comentário:

  1. Não sei como a ciência explica isso, mas a motivação é contagiante. Que bom que você dividiu isso. Que bom que eu li. Depois de alguns anos, é bom perceber que não houve engano na escolha das referências a serem seguidas, nesse caso mais específico, profissionalmente. O que me faz dizer de forma enfaticamente limitada pelos recursos do meu teclado: valeu mesmo, PROFESSORA! (Alex A. Silva)

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