Série Ensaios: Sociobiologia
Por Amanda Voss, Audrey Giraldi e WindyAguero
Acadêmicas do curso de Bacharelado em Biologia
O que leva um
indivíduo de uma espécie arriscar a sua própria vida para tentar salvar outra???
Sem dúvida este vídeo mostra um ato altruísta de um
cachorro tentando salvar o seu amigo. No Brasil, quando um casal homossexual
decide adotar uma criança, o pedido da adoção sai, na maioria das
vezes, no nome de um dos pais, com a condição sexual e de casal no laudo
enviado ao promotor e ao juiz. Essa situação é no mínimo estranha. Aos olhos da
Justiça, o casal não existe, apesar de existir.
Comportamento
social é como um indivíduo de uma espécie se comporta na sociedade em que vive.
As sociedades são formadas por grupos sociais, mantidos por estímulos agregadores e segregadores, e
que tem como objetivo a sobrevivência. Altruísmo é um comportamento social em
que as ações de um indivíduo beneficiam outro, sinônimo de compaixão e oposto
de egoísmo. Segundo Dalai
Lama
praticar o altruísmo é a real fonte de compromisso e cooperação. Como se sabe,
a seleção natural maximiza a aptidão do
indivíduo. Isso levou a pensar que se um indivíduo possui a tendência de
renunciar a sua aptidão em favor de outro, é provável que seja eliminado pela
seleção natural. Portanto, o altruísmo é considerado um grande mistério
evolutivo, pois tais atos diminuem os recursos e conseqüentemente as chances de
se reproduzir, assim este comportamento deveria ser extinto. A
sociobiologia formulou o conceito de uma teoria não individual de evolução por
seleção natural: a seleção de parentesco.
Trata-se do êxito reprodutivo do próprio indivíduo medido em função de seus
descendentes em posteriores gerações. As implicações da seleção de parentesco,
e de outros modelos do comportamento altruísta, como a seleção de grupo e o
altruísmo recíproco, resultaram de grande interesse para os propósitos do
naturalismo ético. Assim, o altruísmo oferece vantagens para o grupo, e não
para o próprio indivíduo.
A seleção de grupo é um comportamento que não examina apenas
as conseqüências da ação de um indivíduo, mas também as correspondentes aos
demais indivíduos do grupo. Estudos da seleção de grupos feitos por Sober e
Wilson nos situam a compreender quais são os mecanismos cognitivos pertinentes para atuar de forma “altruísta”
(cooperativa) ou “egoísta” (não cooperativa), mas sem ignorar quais são esses
mecanismos no ponto de vista coletivo. Como, por exemplo, as normas sociais,
morais e as leis são os instrumentos que obrigam os indivíduos a atuar de
maneira civilizada e solidária. O que sugere que os castigos usados entre os
animais sociais de alto nível cognitivo, servem tanto para evitar as condutas
não cooperativas como para proteger os interesses reprodutivos dos membros
dominantes do grupo.
Uns dos principais exemplos de
altruísmo na vida animal são as operárias de colméias e formigueiros,
que cuidam e ajudam a rainha, mesmo que elas mesmas não tenham como se
reproduzir. Em exemplos humanos a adoção de crianças é, sem dúvida, um ato
altruísta. Porém, quando se trata da vontade de casais homossexuais adotarem um
filho, (veja o vídeo) isso gera uma grande polêmica (veja o vídeo),
mesmo apesar de possuírem esse direito. Nós acadêmicas de biologia acreditamos
que essa atitude deve ser mais aceita pela sociedade e não vista com
preconceito. Qual o mal que um casal gay pode fazer a uma criança? O mesmo que
um casal hetero. Partindo do fato de que uma criança necessita basicamente de
afeto e segurança - principalmente no seu primeiro ano de vida - qualquer um
(ou dois) que se proponha a dedicar-se a um bebê ou a uma criança, colocando-se
a sua disposição de forma empática, amorosa e continua será capaz de
proporcionar-lhe condições de desenvolvimento.
Esse
ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia II sendo baseado nas obras:
http://scienceblogs.com.br/rnam/2009/10/altruismo_faz_bem_pros_outros/
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