domingo, 27 de maio de 2012

O medo que se transforma em agressividade


Por Jhenyffer Cristine Rosa e Luana Alves Martimianos
Acadêmicas do curso de Bacharelado em Biologia

A palavra agressividade tem sua origem no latim aggredior, aggredi, que, originalmente, significava acometer, avançar decididamente, mover-se ativamente para um objeto qualquer, dando a ideia de uma disposição para enfrentar obstáculos. Em outras palavras, trata-se de uma manifestação de força e afirmação pessoal. Com o tempo, o termo agressividade passou a ter dois significados bem distintos: um significado positivo: de força, de afirmação e de exercício do poder pessoal e de capacidade para superar obstáculos e  um significado negativo: de hostilidade, de ofensa às pessoas, de disposição para a violência e para a lesão física ou moral. Neste último sentido, a agressividade ainda pode ser classificada como heteroagressividade (dirigida às outras pessoas) e autoagressividade (dirigida contra si mesmo)
Segundo a psicóloga AnaBock , a agressividade é constitutiva do ser humano e a cultura assume um papel importante como reguladora dos impulsos destrutivos do homem. Na sua visão, a educação e os mecanismos sociais da lei, da cultura e das tradições têm como objeto o controle e a subordinação da agressividade. Portanto, desde criança somos educados no sentido de reprimirmos nossa agressividade e mantê-la sob rígido controle, ao mesmo tempo em que a cultura cria condições para que possamos canalizarmos, direcionarmos nossos impulsos agressivos para produções consideradas positivas, ou socialmente aceitas – como as produções intelectuais, artísticas, esportivas, entre outras. Nos animais é assim também? Alguns etologistas definem a agressividade animal e humana como um “instinto territorial” o que gerou inúmeros debates, por sua implicação de que a agressividade é de origem genética. Segundo Lorenz  a respeito da natureza humana é que, assim como muitos outros animais, o homem tem o impulso inato do comportamento agressivo em relação a sua própria espécie. Esse impulso estaria limitado a poucos danos, como acontece entre animais da mesma espécie, não fosse, no caso do homem, dois problemas: O primeiro é este dispor de armas que multiplicam seu poder ofensivo. O desenvolvimento cultural e tecnológico coloca armas artificiais em suas mãos, de modo que o equilíbrio natural entre o potencial mortífero e a inibição é perturbado. A segunda causa é que falta, na espécie humana, como em outros animais normalmente menos agressivos, o respeito ao gesto de submissão feito pelo perdedor. O homem, por essas razões, é o único animal que mata dentro de sua própria espécie.
 Já nos animais somente por alguns motivos é que é despertada a agressividade, são eles: defesa e conquista de território; afirmação da dominância de grupos hierarquizados;  agressão sexual; atos de hostilidade, incluindo o desmame; agressão contra presas; contra-ataques; pressão moralista e disciplinadora da sociedade.
Nos humanos relatos de agressividade vinculados com violência têm sido cada vez mais frequentes sempre se vê casos de maus tratos às crianças, aos idosos, sem uma explicação na maioria das vezes. Seres que se sentem de certa forma ameaçados e ou traídos e acabam maltratando outros seres que na maioria das vezes não tem como se defender. Essa situação é extremamente revoltante, pessoas covardes que agem com covardia com seres inocentes. Não existem motivos que levem a esse tipo de atitude, agredir ao próximo, esse vídeo é um caso em que uma idosa foi agredida pelo seu próprio filho, um ato que não temos como justificar.
Nós como biólogas podemos enxergar a agressividade como uma característica necessária, pois, como qualquer outro animal nós expressamos esta ação pelos mesmos motivos como a defesa e conquista de território, afirmação da dominância de grupos hierarquizados e  agressão sexual. Além de natural essa questão foi importante para nos afirmar evolutivamente, porem devemos reprimir socialmente assa característica, pois, como já descrito o homem, é o único animal que mata dentro de sua própria espécie. Entendemos que por ser natural inibir este comportamento não é fácil, porém necessário uma vez que a frequência da ocorrência de casos vem crescendo consideravelmente, acreditamos que a repressão social é a única forma de controlar esta característica.

 Esse ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas obras:



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