Por Jhenyffer
Cristine Rosa e Luana Alves Martimianos
Acadêmicas do curso de Bacharelado em Biologia
Acadêmicas do curso de Bacharelado em Biologia
A
palavra agressividade tem sua origem no latim aggredior, aggredi, que,
originalmente, significava acometer, avançar decididamente, mover-se ativamente
para um objeto qualquer, dando a ideia de uma disposição para enfrentar
obstáculos. Em outras palavras, trata-se de uma manifestação de força e
afirmação pessoal. Com
o tempo, o termo agressividade passou a ter dois significados bem distintos: um significado positivo: de força, de afirmação e de
exercício do poder pessoal e de capacidade para superar obstáculos e um significado negativo: de
hostilidade, de ofensa às pessoas, de disposição para a violência e para a
lesão física ou moral. Neste último sentido, a agressividade ainda pode ser
classificada como heteroagressividade (dirigida às outras pessoas) e
autoagressividade (dirigida contra si mesmo)
Segundo a psicóloga AnaBock , a agressividade é
constitutiva do ser humano e a cultura assume um papel importante como
reguladora dos impulsos destrutivos do homem. Na sua visão, a educação e os
mecanismos sociais da lei, da cultura e das tradições têm como objeto o
controle e a subordinação da agressividade. Portanto, desde criança somos
educados no sentido de reprimirmos nossa agressividade e mantê-la sob rígido
controle, ao mesmo tempo em que a cultura cria condições para que possamos canalizarmos,
direcionarmos nossos impulsos agressivos para produções consideradas positivas,
ou socialmente aceitas – como as produções intelectuais, artísticas,
esportivas, entre outras. Nos animais é assim também? Alguns etologistas
definem a agressividade animal e humana como um “instinto territorial” o que
gerou inúmeros debates, por sua implicação de que a agressividade é de origem
genética. Segundo Lorenz a
respeito da natureza humana é que, assim como muitos outros animais, o homem
tem o impulso inato do comportamento agressivo em relação a sua própria
espécie. Esse impulso estaria limitado a poucos danos, como acontece entre
animais da mesma espécie, não fosse, no caso do homem, dois problemas: O primeiro é este dispor de armas que multiplicam seu poder ofensivo. O
desenvolvimento cultural e tecnológico coloca armas artificiais em suas mãos,
de modo que o equilíbrio natural entre o potencial mortífero e a inibição é
perturbado. A segunda causa é que falta, na espécie humana, como em outros animais
normalmente menos agressivos, o respeito ao gesto de submissão feito pelo
perdedor. O homem, por essas razões, é o único animal que mata dentro de sua
própria espécie.
Já nos animais somente por alguns
motivos é que é despertada a agressividade, são eles: defesa e conquista de território; afirmação da dominância de
grupos hierarquizados; agressão sexual; atos de hostilidade, incluindo o
desmame; agressão contra presas; contra-ataques; pressão moralista e
disciplinadora da sociedade.
Nos humanos relatos
de agressividade vinculados com violência têm sido cada vez mais frequentes sempre se vê casos de maus
tratos às crianças, aos idosos, sem uma explicação na maioria das vezes. Seres
que se sentem de certa forma ameaçados e ou traídos e acabam maltratando outros
seres que na maioria das vezes não tem como se defender. Essa situação é
extremamente revoltante, pessoas covardes que agem com covardia com seres inocentes.
Não existem motivos que levem a esse tipo de atitude, agredir ao próximo, esse vídeo é um caso em que uma idosa
foi agredida pelo seu próprio filho, um ato que não temos como justificar.
Nós como biólogas podemos
enxergar a agressividade como uma característica necessária, pois, como
qualquer outro animal nós expressamos esta ação pelos mesmos motivos como a
defesa e conquista de território, afirmação da dominância de grupos
hierarquizados e
agressão sexual. Além de natural essa questão foi importante para nos afirmar
evolutivamente, porem devemos reprimir socialmente assa característica, pois,
como já descrito o homem, é o único animal que mata dentro de sua própria
espécie. Entendemos que por ser natural inibir este comportamento não é fácil,
porém necessário uma vez que a frequência da ocorrência de casos vem crescendo
consideravelmente, acreditamos que a repressão social é a única forma de controlar
esta característica.
Esse ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia,
baseando-se nas obras:
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