domingo, 27 de maio de 2012

Alex não pode ter vivido em vão....


Antes de Alex o papagaio cinza mais famoso do mundo científico ter entrado em cena, poucas emoções e capacidades cognitivas eram atribuídas às aves. Porém Irene Pepperberg mostrou ao mundo que os papagaios não apenas repetem as nossas palavras, como as compreende. Os resultados de suas pesquisas são surpreendentes. Não é a toa que os papagaios são utilizados como animais de companhia para o homem a mais de 4.000 anos. Essa ave monogâmica transfere para uma pessoa os processos mentais relacionados com o apego e ligação afetiva dispensado para seu par. E a partir de então passam a estabelecer uma relação simbiótica cuja a separação afeta profundamente a ambos. É lógico que não concordo com a domesticação desses animais, seu lugar é na natureza, com seu par, com seu bando, voando quilômetros por dia. Porém, depois de estabelecido o elo a quebra gera muitos sentimentos ruins para ambos. Precisamos educar as pessoas para que transfira seu amor e apego pelos animais deixando-os livres, mas precisamos ter bom senso para o que já está feito. Informações extra oficiais dizem que os centros de triagens de animais selvagens estão lotados de papagaios que sempre viveram com as pessoas, e por estas não terem autorização para manutenção de animais selvagens em casa, perderam os animais. As aves são colocadas em viveiros coletivos e passam o dia chamando o dono ou pedindo bolacha com café. As histórias são de cortar o coração, que foi o que senti quando vi o vídeo do reencontro com o dono que teve seu papagaio roubado. Quando eu era adolescente também tive um papagaio que era um amigo inseparável, e que morreu depois de nossa separação devido a uma mudança temporária de residência. O que quero levantar aqui é a discussão do rigor da lei diante de algumas situações em que apenas a ética e o olhar para o bem estar animal e humano possiblitam a compreensão dessas relações.




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