quarta-feira, 23 de setembro de 2020

O controle ético da aranha-marrom é possível?

 

Bioética Ambiental

Por Caroline de Barros Rodrigues e Helena Coentro Wohlke

 

Buscando auxiliar estudantes de ensino médio na escolha de seu curso, o Planeta PUCPR é uma feira de cursos e profissões onde ocorre a integração entre alunos, professores e participantes. Normalmente, há um percurso entre escolas e cursos com estandes em que graduandos explicam mais sobre sua graduação e respondem a perguntas, havendo oficinas e visitas guiadas por laboratórios e museus utilizados no dia a dia da faculdade. Por meio do Planeta PUC, aqueles que estão decidindo sua futura carreira podem fazê-lo de maneira mais dinâmica e divertida.

Devido a pandemia do Covid-19, a feira de profissões de 2020 ocorreu através de uma plataforma online, onde as lives e oficinas foram transmitidas tanto no próprio website quanto no YouTube, permitindo também a interação entre alunos, professores e participantes. Visando explicar mais sobre o papel do biólogo no século XXI, as professoras Marta Luciane Fischer e Lays Cherobim Parolin debatem sobre biodiversidade, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e animais cosmopolitas. Pensando nas aranhas cosmopolitas, as professoras discutem sobre o controle biológico, podendo ser utilizado para o controle das aranhas-marrom, por exemplo, que são muito presentes na cidade de Curitiba.

O controle biológico é uma técnica que consiste na utilização de “inimigos” naturais da espécie danosa, evitando assim o uso de soluções possivelmente tóxicas, tanto em grande escala como nas lavouras, quanto no ambiente doméstico, dificultando o contato dos residentes com animais nocivos. Uma das pesquisas que atualmente está sendo realizada pelos membros do Núcleo de Estudos do Comportamento Animal vinculado ao Grupo de Pesquisa em Bioética Ambiental e ao Programa de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR visa a criação de um protocolo de controle biológico de aranhas do gênero Loxosceles. (com enfoque principal em L laeta e L. intermedia), onde a manutenção de aranhas da espécie Pholcus phalangioides e suas teias possuem o potencial de dificultar a instalação da aranha-marrom nas edificações. Esse é um exemplo claro de como o controle ético é benéfico à sociedade já que, por apresentar comportamento araneofágico (alimentar-se de outras espécies de aranhas) e seu veneno ser completamente inofensivo ao ser humano, afetando apenas suas pequenas presas, a utilização desta técnica não afeta o nosso cotidiano, trazendo o benefício da redução de casos de loxoscelismo em todo o estado.

Assim, convidamos-vos a assistir o vídeo e deixar a sua opinião! Caso queira se certificar quais são as aranhas que você possui em sua casa, basta mandar a foto no insta @aranha.morrom que identificaremos para você! Assim como podemos ajudar em outras dúvidas!








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