Ultimamente tem sido amplamente veiculado nas redes sociais uma novidade para quem deseja perder peso rápido: O Jejum Intermitente! Uma busca rápida pelos Vlogs e Blogs (só no Google são mais 2 milhões de resultados!) retornarão com dezenas de orientações e recomendações de como fazer a dieta da moda - referindo-se amplamente a atris global Débora Seco, tais como esse:
Mas a dieta não é recomenda apenas pelo público leigo, muitos médicos atestam a eficácia da dieta e recomendam-na (veja a matéria). O principal argumento quanto a tradicional crença que devemos ingerir algo a cada três horas é que seguindo esse padrão o corpo desaprende a queimar gorduras, pois reduz a produção de corpos cetônicos. Segundo relatos de praticantes desta dieta quanto maior o tempo de jejum, maior é a sensação de estar energizado e de aumento de capacidade intelectual. As quais está relacionadas com alterações hormonais e direcionamento da energia utilizada para queimar calorias em outras funções fisiológicas. Segundo explicações médicas, ocorre a morte da célula, aumento dos telômeros conhecidos como referenciais de juventude e resistência as doenças.
Um argumento a favor da dieta relaciona com o ancestral dos seres humanos, cuja vida nômade e caçadora demandava adaptação para longos períodos sem ingestão, traçando um paralelo inclusive com os grandes felinos que passam muitos dias sem comer, aumentando seu estágio de alerta e acúmulo de energia para poder perseguir suas presas. Contudo, é importante ressaltar que os seres humanos não são carnívoros em sua essência, e como onívoros, dependendo do recurso alimentar disponível, pode alocar as calorias de forma diferente.
Os adeptos da dieta também alertam que é necessário força de vontade para superar o período de cetoadaptação. No entanto a fome persistente diminuirá entre 2 e 3 semanas. Esse período pode ser muito estressante para algumas pessoas, exacerbando a irritabilidade e até a depressão, o que impede a continuidade da dieta em muitos casos.
Embora muitas orientações validem alto consumo nos momentos permitidos, outras vertentes atestam que a reeducação alimentar e o acompanhamento do profissional da saúde é fundamental! Porém em uma época que se incetiva a autonomia na aquisição e geração de informações, as pessoas sente-se motivadas a praticar experiências disseminadas por outras pessoas. Aparentemente os argumentos a favor e contra são embasados e deixa para o internauta a decisão de decidir! Porém não instrumentalizar o cidadão para que tenha senso crítico e autonomia na recepção e processamento da informação, é deixá-lo vulnerável! Pois sem referenciais de como desenvolver um raciocínio científico fica refém de quem produziu e disseminou a informação de acordo com percepções ou interesses específicos.
O que você pensa a respeito do Jejum intermitente e da sua disseminação na mídia?
Blog de discussão e aplicação de conhecimentos científicos no dia-a-dia, destinado para alunos e interessados na Ética Prática, Dialogante e Multidisciplinar própria da Bioética!
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