Série
Ensaios: Sociobiologia
Pr Dayane Kichel, Gabriela Saldanha, Lilia Itsue Ota e
Nathalia Meyer
Acadêmicas em Biologia
No dia 23 de maio em uma
entrevista, o juiz Sergio Moro fez uma declaração sobre a corrupção no Brasil.
“Não existe uma bala de prata que resolva essas questões. É preciso que a
Justiça funcione, que os contratos públicos sejam mais transparentes, é preciso
que tenha reforma para aumentar a transparência da democracia, reduzir custos
de campanhas. Então existe uma série de questões que tem que ser enfrentada e,
o mais importante de todos esses casos que seja levantada a dimensão do
problema, porque isso propicia a formação de um consenso para que a sociedade
possa resolvê-lo.". Para Moro, o Brasil pode estar em um ciclo vicioso
onde quando casos de corrupção são comprovados a justiça não dá uma resposta à
altura do problema e isso faz com que os próximos se sintam mais à vontade para
cometer mais crimes.
A primeira dificuldade
quando se fala em corrupção é sua definição já que a mesma abrange uma grande quantidade de atos,
que em sua maioria visam lograr algo público em benefício do privado. Etimologicamente falando, o termo corrupção é derivado do verbo latino rumpere, que significa romper, quebrar.
Seria o rompimento de uma regra, uma lei, um código moral
ou social.
Hoje no Brasil, diante
dos inúmeros casos
corrupção, o sentimento de que nunca
na história houve tanta corrupção e que isso se tornou algo típico e exclusiva,
deste país. Porém a corrupção vem de muito antes, antigamente nas legislações,
o juiz corrupto era punido com flagelação, pela Lei Mosaica e na Grécia com a morte. No direito romano a morte também era o destino
dos corruptos (Garcia 2008).
A corrupção também foi
observada nas Idades Média e Moderna. Nicolau Maquiavel, afirmou que via a corrupção como uma tuberculose, em que a cada dia cresce
a dificuldade de se obter a cura (Maquiavel em O Príncipe). Com isso pode se ver que a corrupção não é um problema existente
somente no Brasil, mas sim um problema mundial e muito antigo. Que está ligado
a qualquer humano, em qualquer sociedade e qualquer época que pode ser
corromper em troca de benefícios.
A origem da corrupção tem
ligação direta com o aparecimento do Estado.
Trata-se de um mal global. A ONG Transparência
Internacional, para se ter uma ideia,
divulga todos os anos um relatório que indica a percepção de corrupção nos
setores públicos dos países (um total de 107 países em 2013), de acordo com
avaliações de ONGs, fundações, centro de estudos e bancos de desenvolvimento.
No último relatório apresentado, em 09 de julho de 2013, o Brasil aparece com
um índice de percepção de 4,6, numa escala que varia de 0 a 5, onde 5 indica o
nível máximo de corrupção.
O ponto biológico que envolve a
corrupção está diretamente ligado com alguns fatores genéticos, além de alguns
pessoais. Esse distúrbio que acontece com pessoas corruptas é causado por
falhas cerebrais, áreas chamadas de suborbitárias, onde pesquisas dizem ser
regiões do cérebro que são responsáveis pela formação do “senso ético”. Essa
característica está relacionada a herdabilidade, já que se um parente próximo
apresenta essa característica, a chance de um familiar herdar é maior. Uma outra questão levantada é também as
pressões ambientais que acabam influenciando para o ato em si.
A psicologia é bastante abordada com
o tema em questão, psicólogos acreditam que a questão moral ocorre nos
primeiros anos de vida, indivíduos que não passaram pelo processo de forma
correta, podem sofrer essas deficiências que provocam o transtorno de
personalidade, ou seja, se o indivíduo não possui uma experiência individual
positiva, ele provavelmente vai desenvolver o transtorno de personalidade.
A equipe concluiu que é difícil uma
corrupção acabar totalmente, pois como foi dito na questão biológica, a pessoa
já “nasce” com essa tendência a se corromper, até porque para eles quanto mais
eles roubarem, mais dinheiro eles terão para sua zona de conforto. O que
poderia ser feito era uma reeducação publica, pois muitos vendem seus votos por
dinheiro e infelizmente algumas pessoas não enxergam. Se continuar do jeito que
está, o Brasil irá decair cada vez mais.
O presente ensaio foi desenvolvido
com a ajuda das seguintes obras:
Garcia,
Emerson/ Alves, Rogério Pacheco, Improbidade Administrativa. – 4ª ed., revista e ampliada, Rio de Janeiro, Lúmen
Júris, 2008.
Maquiavel,
Nicolai. O Príncipe. Tradução
de Maria Lúcia Cumo. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
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