Porém, acredito que
como veículo de comunicação - originário de concessão pública e formadores de opinião
- poderiam ser repassadas informações
mais atualizadas sobre a senescência animal e a exigência de métodos
humanitários de abate. Pois não foi o que ocorreu! Mesmo diante do emocionante
discurso - pelo menos para os adeptos da
consolidação da Bioética no dia-a-dia. O desconhecimento dos participantes fez
com que muitos animais sofressem e foi possível presenciar além da aflição dos
animais, o constrangimento dos participantes, e imagino que também do público,
tendo-me como parâmetro. Embora a
legislação brasileira não regulamente a forma de abate ou eutanásia de invertebrados
(CFbio
e Lei Arouca),
estudos têm indicado que esses animais possuem consciência da dor física e
mental, consequentemente sofrendo de verdade. Alguns pesquisadores preocupados
com o bem-estar animal e humano vêm estudando técnicas de abate
humanitário, dentre elas destaca-se o choque elétrico na água para abate de
crustáceos, sendo destacado, inclusive, que posteriormente a carne solta mais
fácil. Caso se opte pelo resfriamento, é altamente condenado –
pelo menos para peixes, anfíbios e répteis – os quais assim como os crustáceos são
ectotérmicos – o congelamento rápido, pois a formação de cristais de gelo no
sangue/hemolínfa poderiam gerar muita dor. Sendo, para tal necessário um lento
processo de resfriamento da água até a anestesia do animal. Essas informações e
orientações, somadas com o estímulo à busca de informações sobre como os outros
animais utilizados no programa foram criados, transportados e abatidos poderia
ter sido uma excelente contribuição do programa para a população - que a princípio
só tem um parâmetro para o consumo: o preço! Á medida que a sociedade passa a
exigir procedimentos mais éticos dos seus fornecedores, o mercado acompanha as
demandas. Já existem muitas empresas que fazem a certificação e produtos
denominados “orgânicos” que podem ser um passo para mudanças de conduta com
relação a forma como tratamos os animais.
Vejam o Vídeo do Programa e Deixem seus comentários (clique
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