Série Ensaios: Aplicação da Etologia
Por Lucas
Menon de Oliveira e Guilherme Felitto da Costa
Acadêmicos do cursode Ciências Biológicas
A
Biologia da Conservação é considerada por Steven
Beissinger como “a ciência da escassez e da diversidade” e teria surgido
“durante os anos da década de 1980, em resposta ao percebimento de que o nível de extinção se tornara altamente
acelerado” (Beissinger, 1997:23). A etologia
é o estudo científico do comportamento individual ou coletivo dos animais, no
seu meio natural ou habitual, animado ou inanimado. O comportamento dos animais
se constitui em relações dinâmicas, influenciados por estímulos externos e
internos e em permanente mudança (Pinheiro Machado Filho, 2003). Com base nos
dois conceitos, a Etologia pode desempenhar um papel bastante importante na
área conservacionista dos tempos
atuais. Nesse sentido, segundo Janine Clemons e Richard
Buchhloz, os “conservacionistas deveriam preocupar-se com a Etologia,
porque o comportamento dos animais (incluindo os humanos) caracterizam as
relações entre as espécies e possuem um desempenho significativo nos processos
ecológicos, incluindo o ciclo de nutrientes, polinização, dispersão de sementes
e na estruturação de comunidades” (Clemons e Buchhloz, 1997:3). Vê-se a
Etologia como uma importante ferramenta na conservação e difusão dos
conhecimentos sobre comportamento animal com intuito de aprimorar as técnicas
de manejo em Unidades de Conservação e educação ambiental. Um exemplo que
mostra a relação entre Etologia e Conservação é o artigo Difusão
Dos Conhecimentos Sobre Comportamento Da Fauna Silvestre Como Instrumento De
Conservação, em que
se é estudado os aspectos comportamentais de uma espécie (Tapirus terrestris) no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Entendendo-se
que uma das formas de desequilíbrio se origina da atividade humana, através da
destruição de habitats, introdução de espécies exóticas invasoras, entre outras
atividades destrutivas. Através de estudos comportamentais podemos então
identificar áreas que estão perturbadas e criar ações integradas de estudo,
conservação, manejo e educação ambiental. Isso tendo em vista que o
comportamento humano também é influenciado por questões culturais e étnicas,
gerando uma relação específica para cada região entre animais humanos e
não-humanos.
O presente ensaio foi elaborado na
disciplina de etologia e baseado nas seguintes obras:
BRUSIUS,L; SANTOS OLIVEIRA, L.G; PINHEIRO MACHADO
FILHO, L.C; DIFUSÃO DOS CONHECIMENTOS
SOBRE COMPORTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE COMO INSTRUMENTO DE CONSERVAÇÃO.
EXTENSIO – REVISTA ELETRONICA DE EXTENSÃO. Available:
http://journal.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/5487/4953. [02 set.
2012].
SOUTO, A. ETOLOGIA
– PRINCÍPIOS E REFEXÕES. N.3º Edição. Local: Editora Universitária UFPE,
2005, n.º p 289.
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