quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Estudo Etologico como Instrumento para Métodos Conservacionistas.



Série Ensaios: Aplicação da Etologia
Por Lucas Menon de Oliveira e Guilherme Felitto da Costa
Acadêmicos do cursode Ciências Biológicas

A Biologia da Conservação é considerada por Steven Beissinger como “a ciência da escassez e da diversidade” e teria surgido “durante os anos da década de 1980, em resposta ao percebimento de que o nível de extinção se tornara altamente acelerado” (Beissinger, 1997:23). A etologia é o estudo científico do comportamento individual ou coletivo dos animais, no seu meio natural ou habitual, animado ou inanimado. O comportamento dos animais se constitui em relações dinâmicas, influenciados por estímulos externos e internos e em permanente mudança (Pinheiro Machado Filho, 2003). Com base nos dois conceitos, a Etologia pode desempenhar um papel bastante importante na área conservacionista dos tempos atuais. Nesse sentido, segundo Janine Clemons e Richard Buchhloz, os “conservacionistas deveriam preocupar-se com a Etologia, porque o comportamento dos animais (incluindo os humanos) caracterizam as relações entre as espécies e possuem um desempenho significativo nos processos ecológicos, incluindo o ciclo de nutrientes, polinização, dispersão de sementes e na estruturação de comunidades” (Clemons e Buchhloz, 1997:3). Vê-se a Etologia como uma importante ferramenta na conservação e difusão dos conhecimentos sobre comportamento animal com intuito de aprimorar as técnicas de manejo em Unidades de Conservação e educação ambiental. Um exemplo que mostra a relação entre Etologia e Conservação é o artigo Difusão Dos Conhecimentos Sobre Comportamento Da Fauna Silvestre Como Instrumento De Conservação, em que se é estudado os aspectos comportamentais de uma espécie (Tapirus terrestris) no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Entendendo-se que uma das formas de desequilíbrio se origina da atividade humana, através da destruição de habitats, introdução de espécies exóticas invasoras, entre outras atividades destrutivas. Através de estudos comportamentais podemos então identificar áreas que estão perturbadas e criar ações integradas de estudo, conservação, manejo e educação ambiental. Isso tendo em vista que o comportamento humano também é influenciado por questões culturais e étnicas, gerando uma relação específica para cada região entre animais humanos e não-humanos.
O presente ensaio foi elaborado na disciplina de etologia e baseado nas seguintes obras:
BRUSIUS,L; SANTOS OLIVEIRA, L.G; PINHEIRO MACHADO FILHO, L.C; DIFUSÃO DOS CONHECIMENTOS SOBRE COMPORTAMENTO DA FAUNA SILVESTRE COMO INSTRUMENTO DE CONSERVAÇÃO. EXTENSIO – REVISTA ELETRONICA DE EXTENSÃO. Available: http://journal.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/5487/4953. [02 set. 2012].
SOUTO, A. ETOLOGIA – PRINCÍPIOS E REFEXÕES. N.3º Edição. Local: Editora Universitária UFPE, 2005, n.º p 289.

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