Vamos para os fatos... Nós tivemos nas Olimpíadas de
Londres desde atletas que atribuíram o descontrole emocional, ao fato de nunca
terem estado em uma olimpíada competindo com medalhistas - como a nossa atiradora
Ana Luiza Ferrão; tivemos aquele que sobe no pódio, mas chora por querer o
outro e não o bronze – como nosso nadador
Cielo; também a atleta que levou o
namorado para seu quarto na concentração e foi cortada das olimpíadas – como nossa
jogadora de vôlei
Iziane – nossa judoca
que diminuiu diante da agressividade da rival; e por fim - a pior de todas -
nossa esperança Fabiana
Murer com salto em varas que simplesmente desistiu, justificando que viu
que não iria se classificar mesmo, estava ventando muito, melhor parar a me
desgastar. Ficamos todos atônitos vendo um atleta desistir da disputa. Se só os
vencedores chegassem até o final da competição, com quem iriam competir? Os
pais muitas vezes colocam seus filhos no esporte para aprenderem a competir de
uma forma saudável, ou seja, se preparar para vencer, mas sabendo que em uma
disputa um perde para o outro vencer! E o perdedor pode ser ele! Nas maratonas
é muito comum vermos corredores chegarem cinco horas depois que a prova foi
definida, apenas para terminarem o seu propósito, e não desistir por não serem
os campeões.
Será que controle das emoções é algo exclusivamente
humano? É o que se diz tanto nos conhecimentos acadêmicos, quanto nos populares
e até mesmo as religiões pontuam muito bem o lado racional que o homem deve ter
para deixar de ser humano e mais ser angelical.... Ao longo da evolução o ser humano sempre buscou
o controle emocional, embora não seja fácil nem mesmo para nós, Os Humanos! É lógico
que não queremos ter ao nosso lado o homem de lata, sem coração. Mas também não
queremos ter aquele que se descontrola – seja com choro ou socos – diante das
frustações normais da vida. O controle das frustações e dos desejos é um
desafio para todo aquele que vive em sociedade, pois quando dois ou mais
indivíduos dividem seus espaços, deverão existir regras, e o limite de um
começa, quando termina o do outro. E essa regra não é diferente para os outros
animais. Imagine uma sociedade dos leões (veja o documentário), em
que existe uma hierarquia extremamente rígida, onde apenas o Rei Leão acasala
com as fêmeas e ele que se alimenta primeiro da caça. Imagina o que é ser um
leão de baixíssima hierarquia? Você acha que ele não tem desejos pelas fêmeas
no cio? Que não fica extremamente frustrado de se quebrar para caçar uma zebra,
e comer apenas as partes que restaram de todos aqueles que tiveram o direito de
comer primeiro?
O que ele faz com o “instinto sexual” e com o “instinto de
sobrevivência”? controla! Por que? Para continuar no grupo, pois para ele é mais
importante ter um grupo que ofereça proteção e alimentação e seguir regras, do
que fazer o que quiser e a hora que quiser, e não conseguir sobreviver. É a lei
da selva! Por isso não saímos – ou pelo menos não deveríamos - por aí batendo
tem todo mundo quando estamos com raiva, nem tampouco beijando todo mundo
quando estamos carentes. Seguimos as regras e controlamos nossas emoções. E como
os animais aprendem isso? Com o grupo, como os pais, com os irmãos. Existem
estudos que mostram que assim que nascem os pintinhos já definem a hierarquia
logo quando eclodem utilizando como parâmetros o temperamento dos irmãos.
O que
vemos na nossa sociedade atual é uma falta de habilidade de lidar com as
emoções, principalmente com as frustações. Daí quando algo que se tinha
expectativa não acontecer, ou a pessoa se acaba de chorar, desiste do mundo,
desiste da vida; ou sai matando as pessoas – toda hora vemos casos de assassinatos
chocantes como do dono a Yoki.
As empresas hoje procuram por profissionais que tenham mais inteligência
emocional (veja o vídeo),
do que potencial intelectual, pois não adianta nada empregar uma pessoa
extremamente inteligente se ela não consegue conviver com os colegas, competir
saudavelmente, e receber ordens - e as vezes broncas - do chefe.
Mas
o que levaria nossos atletas e serem tão emotivos? Seria o sangue latino? Talvez
o propósito deles estarem nas olimpíadas seja ganhar a medalha para serem
aceitos socialmente, desfilarem no carro de bombeiro e irem nos programas de
TV. Daí, compreendo, a carga emocional envolvida, e a qualquer sinal que o “sonho”
possa não se realizar, eles perdem o chão. Porém, se o propósito é exercer a sua
profissão, como deve ser o esporte para profissionais de nível olímpico, eles
verão a medalha como resultado profissional, decorrente de uma construção
através de treinos, estudos, concentração e metas. Daí ele saberá que nesse
trabalho, apenas um ganha, e que o que não ganhou, não é perdedor, pois para
chegar até lá, é por que já venceu de todos os outros esportistas no seu país.
Ótima matéria! É Infelizmente não é mérito apenas dos atletas, temos hoje um número muito grande de pessoas que não conseguem controlar suas emoções, que não sabem se comportar diante das perdas e dos não's da vida. Será que o problema não está na primeira educação - aquela que recebemos em casa? Famílias cada vez menores, pais querendo dar aquilo que não tiveram quando pequenos, querendo de todas as formas poupar e superproteger seus filhos... Mas, como não errar na educação? Será que existe uma formula magica? Como não existe manual, devemos usar de bom senso e pedir muitaaaa sabedoria a Deus!
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