Ao analisarmos o processo de comunicação nos
animais, nos surpreendemos como podem com tão poucos “recursos” transmitirem
tantas e tão eficientes informações. O nosso ancestral provavelmente tinha
muito a dizer antes de desenvolver um aparelho fonador que
possibilitasse uma fantástica combinação de sons que capacitou o homem a criar
sons para tudo que existe materialmente e mentalmente, dando surgimento desta
forma para linguagem
simbólica. A nossa estrutura cerebral reflexiva vem dessa simbologia, o dar
sentido as coisas do mundo ao verbalizar os seus significados. Embora tudo que
exista no mundo atinja diferentes órgãos sensoriais- uma maçã, por exemplo, tem
forma, cheiro, cor, textura, sabor, seu nome falado, escrito e as lembranças
associadas - o simbolismo falado e escrito tem um peso enorme na nossa
evolução. Por isso mesmo, a forma que uma criança antes dos dois anos vê o
mundo se parece tanto com outros mamíferos como primatas e cães. O seria sido
de nós se não tivéssemos desenvolvido o nosso aparelho fonador? Iriamos
conscientemente usar mais o olfato, o tato e quem sabe a linguagem corporal?

Gosto muito de teu blogue. Sou professora de Libras e pesquisadora da tradução e interpretação de língua de sinais (fui intérprete muitos anos). E, também, adoro animais e sou fascinada pela etologia que, a meu ver, nos abrange, como animais humanos. Parabéns!
ResponderExcluir(p.s.: cegos-surdos, o termo convencionado é surdocego)