Acordei bem brocoxô hoje... espirros, congestão, cefaleia, e todas as “ias”
e “eias” associadas a um resfriado,
ou seria gripe? Não
acho é que apenas uma alergia!
Enfim.., o que importa mesmo é o nosso sistema imunológico...
essa é uma fascinante área de conhecimento que tem extrapolado os muros dos
laboratórios acadêmicos e alcançado o universo da Etologia e Comportamento
humano. Obviamente que nosso corpo sendo uma sociedade de 40 trilhões de células
- que devem estar bem e em harmonia para todo o sistema funcionar – deve ter um
eficiente sistema de defesa, pronto para atacar os inimigos. E quem são os
inimigos? Pode ser qualquer um, mesmo “coisas” inofensivas e o interessante é
que assim como em uma sociedade humana, o que é inimigo para um não é para o
outro. Desta forma, o sistema imunológico nos torna único dentre os sete bilhões
de humanos desse planeta!
A
revista Mente e Cérebro desse mês traz uma excelente matéria de capa “Quando
o estresse nos faz adoecer”. Mas até aí não tem novidade, sabemos muito bem
que o excesso de esforço físico diminui nossas resistências e um resfriadinho -
que seria facilmente curado - pode nos derrubar. Mas a matéria se refere a
novas áreas de como Medicina psicossomática,
Psicodermatologia,
Psiconeuroimunologia
e traz dados de pesquisas recentes que diferencia as consequências de um
estresse físico e emocional. Quem já não
vivenciou a tal “doença do ócio’? quando após um período conturbado de utilização
do nosso corpo em potência máxima (final de semestre letivo, por exemplo), ao invés
de sairmos felizes para curtir uma merecida férias, caímos de cama gripados por
quase todo período tão sonhado?
Quando
um “inimigo” tenta invadir nosso território (“corpo”), o psiquismo entende o
alerta do sistema imunológico e altera o comportamento – por isso diante de um
resfriado só temos vontade de ficar embaixo das cobertas. Por outro lado, em
situações de extremo perigo - como estarmos diante de um leão faminto - o corpo
mobiliza todas as energias para luta ou fuga, para isso precisa tirar a atenção
de outras coisas como a sensação de dor ou cansaço. Porém, diante dessa
situação uma cascata bioquímica de neurotransmissores e hormônios conduzem a um
sistema extremamente eficiente e o cérebro libera a produção de uma proteína geradora de infecção, a qual é
fundamental para preparar o corpo contra uma possível mordida. Caso o ataque
não ocorra, o eficiente sistema precisa reverter o processo inflamatório - para
não causar danos ao organismo - e o faz produzindo um conhecido hormônio, o cortisol. O problema é que diante dos “leões contemporâneos”
os fatores de estresse não passam e o cortisol é frequentemente produzido
diminuindo o sistema de defesa até que o corpo não consiga mais deter os “inimigos”.
A boa notícia é que o otimismo, a tolerância consigo
mesmo, os gestos de gentileza e a simpatia reduz a pressão, frequência cardíaca,
inflamações e formação de coágulos sanguíneos e podem ser medidas eficientes
para proteger de um simples resfriado. Para nós assim como outras espécies
sociais, as relações sociais são mais importante do que comemos. Inclusive um
estudo recente mostrou que dormir
de conchinha é fundamental para reduzir a produção de cortisol, o que não
está relacionado com sexo, mas com carinho e intimidade.
A ideia é promover o bem-estar humano e animal e os
estudos conduzem cada vez mais a percepção de como a saúde mental é fundamental
para atingirmos a saúde física, como já dizia Decimus Iunius Iuvenalis em 55
e 60 D.C.: Mens
sana in corpore sano, a diferença é que hoje devemos buscar oferecer isso a
todos os seres vivos! Fica a Dica!
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