Por
Guilherme Rathunde, Jéssica Mello, Tashi Torres e Victor Reimann
Acadêmicos do Curso de Biologia
A partir da
década 20, sociólogos americanos darwinistas confrontaram-se com sociólogos
fundamentalmente culturais sobre a importância da biologia para entender o
comportamento social humano. Na década de 30, a perspectiva culturalista ficou
em evidência, quase desaparecendo as idéias dos primeiros. Nos anos 60, com o
grande avanço teórico experimentado pela biologia evolutiva anunciaram a
necessidade da introdução da biologia para entender comportamentos sociais. No
começo dos anos 70, especialidades das ciências sociais foram em direção à
biologia evolutiva. Nesta época esse tipo de abordagem ganhou forças com o
surgimento de uma nova e radical abordagem biossocial, a sociobiologia.
Há três correntes de opinião sobre como
age a seleção natural dentro desta área: os que defendem a seleção como um
agente que opera sobre o grupo, acreditando que o altruísmo seja grande
motivador das condutas sociais (); os que consideram que a
única forma de seleção possível é a individual, passando a ver no egoísmo o
móvel básico de comportamentos sociais por ultimo, há os que concebem
que a seleção natural age como uma força orientadora do indivíduo, porém
consideram algumas formas de seleção de grupo.
Uma importante
questão abordada pelos sociobiólogos é o papel da sociobiologia humana,
enquanto o Robert Triveres acredita que o comportamento dos chimpanzés e dos
seres humanos podem ser análogos, pela
sua semelhante história evolutiva , o John Maynard Smith acha improvável
aplicação destes conceitos em humanos.
No Brasil e em países europeus, há
ausência de pesquisa nesta área se deve aos problemas de ordem social ou
política com que se defrontam os cientistas brasileiros, e uma questão de
tradição acadêmica mantendo afastadas as ciências sociais das biológicas.
Entretanto, nos Estados Unidos existe o intercâmbio entre biólogos, sociólogose antropólogos .
Analisando a evolução, percebemos que o
comportamento em geral foi refinado tornando-se mais complexo em que para
maximizar a sobrevivência e a reprodução. Para Dawkins e outros sociobiólogos,
este é um processo geneticamente determinado. Segundo o psicólogo Roberto de Lorena,
autor da palestra “A lição dos gansos”, a
sociobiologia passa subestima os aspectos culturais e de consciência,
considerando uma ciência falha. Acima de tudo, a sociobiologia defende uma visão darwinista,
em comportamentos tanto de humanos e outros animais em busca da sobrevivência
do indivíduo, do grupo e da espécie .
Para mostrar a
maneira de raciocínio da sociobiologia, segue o exemplo (J. Reis – AControvertida Sociobiologia)
“1. O cão e o
esquilo das árvores comportam-se diferentemente num experimento em que o animal
tem de afastar-se da meta para atingi-Ia, dando volta a um empecilho. O cão,
vendo a comida, repuxa a corda e corre para a direita e a esquerda, ladrando,
ganindo e olhando para o dono como a pedir auxílio, até que, por acaso
contornando o empecilho, descobre o caminho para o alimento. O esquilo observa
primeiro a situação e logo contorna o obstáculo.”
O esquilo que
deseja passar de uma árvore a outra se defronta com duas alternativas: descer
de sua árvore e subir pelo tronco da outra, expondo-se aos predadores
existentes no solo, ou observar as copas, descobrir um ponto em que elas se
toquem e por aí passar. Isso quer dizer que os antepassados do esquilo eram
hábeis na solução de problemas de contorno e essa aptidão foi naturalmente
selecionada”. Nós estudantes de biologia acreditamos que a sociobiologia é
muito importante para descobrir e explicar o comportamento de pessoas e de
animais individualmente e também em suas
sociedades. É visto que vários comportamentos são genéticos como a
agressividade e o altruísmo, também habilidade e criatividade para melhor sobrevivência
do indivíduo e da espécie fazendo com que fique cada vez mais adaptado, mas
tudo é influenciado pelo meio ambiente, o habitat, a densidade populacional.
Durante a evolução o homem e os animais acabaram adaptando o comportamento para
sobreviver e reproduzir no meio ambiente, alguns se especificando e outros
sendo generalistas, passando esses comportamentos para gerações futuras, onde
continuarão a evoluir e visar o melhor para a espécie, para a sociedade e para
o indivíduo.
Este ensaio foi elaborado para a disciplina de Etologia, sendo baseado
nas seguintes obras:
Blog do
Psicólogo Roberto de Lorena. Disponível em
<http://robertodelorena.blogspot.com.br/2010/08/sociobiologia.html>
Acessado em 25 de março de 2012.
Laboratório
Terra SA. Disponível em: <http://www.laboratorioterra.com/2011/02/contextualiza ndo-em-sociobiologia-ou.html>
Acessado em 26 de março de 2012.
Psiquiatria
Geral – O que é Sociobiologia. Disponível em: <http://www.psiquiatriageral.com.br/saudecultura/sociobiologia.htm>.
Acessado em 25 de março de 2012
A Sociologia
30 anos depois. Disponível em: < http://comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=17&id=167&print=true>.
Acessado em 25 de março de 2012
Silva, G.O (1993). O que é
sociobiologia. São Paulo: Editora brasiliense.
Olá, Marta. Adorei este blog e eu o adicionarei aos meus favoritos, pois gosto muito de evolução, ecologia e etologia.
ResponderExcluirSou graduando em ciências biológicas e uma área que me chama atenção é a bioantropologia (também conhecida como antropologia física ou antropologia biológica).
Gostaria de saber: Há correlação entre a sociobiologia e a bioantropologia?
Obrigado pela atenção