por Bruna Rosa, Camila Moro, Dayana Ceccon
acadêmicas do curso de ciências biológicas

Os animais podem
apresentar múltiplos padrões de cuidado parental, que são convenientemente agrupados
em quatro categorias: cuidado biparental, o qual ambos os sexos cuidam da prole;
cuidado uniparental por fêmeas; cuidado uniparental por machos; ou nenhum
cuidado (Webb et al. 1999). Embora em muitas espécies de aves o cuidado
seja biparental, no reino animal como um todo as fêmeas têm maior probabilidade
de apresentar cuidado com a prole do que os machos. Mas essa regra tem exceções,
visto que o cuidado parental oferecido apenas pelo macho é comum entre peixes,
por exemplo (Alcock, 2011). Entre as aranhas-do-mar são
os machos que carregam os ovos fertilizados numa estrutura localizada sob suas
pernas, transportando-os e protegendo-os até a sua eclosão. A seleção
natural favorece o cuidado biparental quando apenas um membro do par reprodutor
não é capaz de suprir todas as necessidades dos filhotes sem ajuda. O
investimento biparental surge principalmente quando a confiança da paternidade
é alta para os dois sexos, aumentando significativamente o sucesso reprodutivo
da fêmea e do macho. Sob altas taxas de predação, além de garantir a proteção
da ninhada, o cuidado biparental também parece ser uma forma de manter o
parceiro por perto caso a ninhada não sobreviva (Medeiros,2010).
Em diversas espécies de mamíferos, o filhote
ao nascer é bastante imaturo, possuindo os sistemas termo-regulador e
sensoriais pouco desenvolvidos e a incapacidade de se alimentar sem auxílio.
Estas espécies são chamadas altriciais, e são totalmente dependentes do leite
materno para seu desenvolvimento e sobrevivência (Rosenblatt, 1992). Em cetáceos, o longo
período de gestação, lactação e intervalo de gravidez resultam em um intenso
cuidado parental e forte vínculo da fêmea com sua prole. Em delfinídeos, logo
após o nascimento o filhote acompanha a mãe constantemente e esta aproximação
torna-se menor conforme o repertório comportamental do filhote torna-se mais
amplo e diversificado.
A prolactina é aumentada toda vez que as mães
ou os pais estejam envolvidos em cuidados de prole. O colostro e o leite
promovem a proteção imunológica, que é considerada um dos mais importantes
efeitos maternos. Ao lamber seus filhotes, mães mamíferas se expõem aos mesmos
agentes patogênicos de seus bebês e fabricam os anticorpos certos. A ocitocina
tem como função provocar as contrações da musculatura no parto, mas está também
envolvida em respostas prazerosas subjetivas de estar junto, como no contato
físico na amamentação, no namoro e na sexualidade. Em espécies nas quais
relações afiliativas entre os sexos traduzem aumento da sobrevivência infantil
existem muito mais receptores para a ocitocina. Três novidades acompanharam a
lactação: a ligação especifica a um dos sexos; o fato de se tornar um fator a
mais intensificando a competição entre os machos; e a prolongada intimidade
entre mães e bebês (Bussab, 2002).
O tema aborto levanta
uma série de discussões legais, éticas e morais, religiosas e científicas,
envolvendo a questão de vida e morte. Ocorreu um caso, no dia 23/04/2012, no
Município de Brejo Santo (Ceará), de uma mulher que escondia a gravidez do
marido e praticou um aborto ocultando o feto, de oito meses, debaixo da cama em
sua casa. A polícia está investigando como um suposto caso de
infanticídio, pois o bebê estava dentro de uma caixa de papelão enrolado no
cordão umbilical e cheio de marcas de espancamentos e lesões corporais,
principalmente nas pernas. A mãe do bebê sofria de depressão. Foi publicada, dia
24/04/2012 no Diário Oficial da União, a ata do julgamento do Supremo Tribunal
Federal que considerou que o aborto de fetos anencéfalos não pode serconsiderado crime. A partir de agora, a decisão é válida em todo o País e qualquer
gestante de anencéfalo poderá pedir a interrupção da gravidez.
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