passa ser a cor com que deveremos passar a virada do ano. Todos aqueles momentos que antecedem o natal de procura do presente, dos e-mails repletos de desejos nobres e da expectativa para ceia, desaparecem... E vem mais um ano de dias corridos e solitários apesar da imensidão de pessoas ao nosso redor. Até que, novamente, vem o Natal, época em que se deve ter compaixão e amor ao próximo. Um elemento, sem duvida nenhuma, que serve para identificar os membros do grupo, pois coitado daquele que critique o natal na época do natal; coitado daquele que não responda aos “cumprimentos” de feliz natal e coitado daquele que não compre presentes de natal. Não é a toa que os índices de suicídio aumentam muito nessa época, pois a imagem vendida de família feliz e unida é tão real, que aqueles que não possuam algo parecido com o idealizado, ou que não consiga idealizar pelo menos por uns 3 a 4 dias, se auto-ejecta do planeta, por não se sentir acolhido por essa aldeia global que grita em uma só voz “feliz natal”.
Não sou contra o Natal, não me entendam mal. Apenas sou a favor do espírito natalino o ano inteiro, e não a solidariedade com hora marcada. O homem cidadão precisa entender que o seu grupo se globalizou, e estamos unidos pelo fato de sermos da mesma espécie, ou talvez da mesma ordem, ou seria do mesmo filo? Enfim, ser solidário é reconhecer o sentimento e as necessidades do outro, é contribuir para que o outro atinja a homeostase, e ganhar como recompensa doses da deliciosa ocitocina. Enfim, vamos repensar nossos valores. Não temos que ajudar no bem-estar do outro (seja humano, animal ou vegetal) apenas para sermos aplaudidos, nem para nos sentirmos integrados no mesmo espírito. Mas sim por sermos parte de uma única coisa, de um único grupo, que visa a mesma meta, viver bem essa vida. Essa é minha mensagem natalina, que obviamente deixo depois que o Natal passou, pois antes disso dei uma distanciada e lá do espaço tentava compreender um pouco como me inserir dentro desse contexto. Logo, feliz natal todos os dias do próximo ano. Sejam solidários, tenham compaixão, dêm presentes (não precisa ser material) e receba com muita humildade e alegria os presentes que recebes da vida! E para os cientistas e pesquisadores como eu, deixo o cartão mais bacana que recebi esse ano:
Verdade professora!
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