Por Ana Paula Ferreira Bueno, Carolina Pacheco Lins e Poliana Graf Cordeiro
A questão da espiritualidade é altamente definida pela crença, portanto o comportamento que o indivíduo tem em acreditar nas coisas acerca do mundo em que vive. Dentro desta perspectiva, podemos abordar diversas formas de espiritualidade: as religiões; crença em deuses; superstições; meditação, entre outras. As religiões se distinguem da espiritualidade, pois se baseiam num conjunto de regras, enquanto a espiritualidade consiste em uma categoria mais subjetiva, a de um sentimento. É importante discutir estes conceitos, pois eles irão definir as vertentes de estudo e a posição dos cientistas em relação a estas questões. Pode-se dizer que a espiritualidade é uma das atividades mais antigas da história humana, existente em praticamente todas as culturas (CHAUI, 2004). Evidências de rituais religiosos (altares de ossos, e ritos funerários) foram encontradas ainda em homens de Neandertal, através de estudos arqueológicos sobre a cultura musteriense. Segundo o antropologista Anthony F. C. Wallace, a humanidade criou cerca de 100 mil religiões. No campo da espiritualidade podemos apontar o estudo do geneticista Dean Hamer, autor do livro “Gene de deus” , que afirma ter descoberto uma relação do sentimento da espiritualidade com o gene vmat2 regulador de monoaminas. Para Edward O. Wilson, pai da sociobiologia, as religiões demonstram evidências de que na verdade estas podem ser enquadradas como fatores agregadores e segregadores, instituir hierarquia ou proteção do grupo, além disso, seus ritos normalmente guardam funções sociais e biológicas definidas (regras contra incesto, ritos de passagem para vida adulta, entre outros). Mas a questão vai muito além, a complexidade da espiritualidade ainda guarda muitos mistérios. De fato, desde muito cedo os seres humanos perceberam regularidades na natureza e sabem que não são a causa delas, em uma percepção da realidade exterior, como algo independente da ação humana. Imagina-se que podemos atribuir à consciência a condição primordial do surgimento da religiosidade, pois ela também é responsável pela descoberta da morte. Através dela os humanos buscam explicações para fatos que não compreendem. Além disso, a percepção do transcorrer do tempo e a memória são responsáveis pelo sentimento de identidade pessoal e fazem com que os seres humanos sejam capazes de estabelecer relações com o ausente: o passado e o futuro.
Este ensaio foi baseado nas obras:
Acesso na World Wide Web: “Fé em Deus está nos genes, diz cientista americano“ http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14086.shtml
WILSON, E.O. “Da natureza Humana”, Editora da Universidade de São Paulo. 1981.
CHAUI, M. S. “Convite à Filosofia” Editora Ática. 2004.
DCO CONSULTORIA.Por que a espiritualidade cura? Disponível em : http://www.dcoconsultoria.com.br/index.php/2011/02/por-que-a-espiritualidade-cura/. Acesso em: 10 set. 2011.
LEVINI, J.D.; GORDON, N.C.; FIELDS, H.L. The Mechanism of Placebo Analgesia. Lancet, 1978.
SEFIDVASH,F; SILVA, R, S. Conceito de Espiritualidade no Olhar Bahá'í. Fórum Universidade e Espiritualidade. FACED/UFRGS, Porto Alegre, RS, 2007.
UNIVERSIDADE E ESPIRITUALIDADE
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http://luzmaior.com.br/espiritismo/universidade-e-espiritualidade-entre-teses-das-ciencias-e-a-fe-quotidiana