quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que é importante estudar Sociobiologia?

Opinião dos Alunos do 8ºP da Bio:


“Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a crescente influência da mídia talvez venha a ressaltar a relatividade do levantamento das variáveis envolvidas. O fator complicador talvez seja considerar a influência que o meio oferece para a expressão de caracteres genéticos. Deste modo, tendo em conta que vislumbramos o conhecimento partindo da etologia (em até certos pontos alguns abordaram a psicologia como fonte de primária de metodologia e informações), exige-se uma certificação de metodologias que nos auxiliem a lidar com o novo modelo estrutural preparando-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes do levantamento das variáveis envolvidas. Como foi dito, quanto mais avança o conhecimento, mais complexo tende a ser a informação obtida e os métodos pelos quais as obtém-se.”

“Durante todo o semestre estudamos a socialização dos indivíduos, que permanecem desta maneira por um estímulo em comum ou para terem maiores chances de sobreviver. Nos animais, incluindo o bicho homem, identificamos diversos comportamentos, que são peculiares em sua função. A evolução permitiu que tais comportamentos fossem passados de geração em geração, beneficiando a propagação gênica da espécie.”

“Hoje percebemos conflitos em alguns comportamentos discutidos em sala, que merecem nossa atenção como cientistas em descobrir suas causas biológicas e elucidar seus processos, e enquanto cidadãos devemos demonstrar nosso respeito às pessoas (ditas) diferentes e não os julgar com violência. PS: isso deve ser desconsiderado em relação a traição do seu parceiro e a menoridade de mulheres em melhores cargos(rsrsrsrs).”

”O debate foi bem produtivo, mostrando que cada um tem sua opinião formada depois de 4 anos de biologia, como também os textos bem embasados, mostrando o amadurecimento. Debater é sempre a melhor saída.”

“De um modo geral, o debate e as aulas de etologia serviram para concretizar algumas ideias, conceitos importantes e ao mesmo tempo criar dúvidas. Foi possível explicar o comportamento dos animais, usando bases da evolução, genética, fisiologia e ecologia. Além de mostrar mais uma vez que o homem e o animal são seres iguais.”

“Bom, eu gostei muito dos temas que foram abordados nos debates, e mesmo sendo alguns temas polêmicos todos expuseram seus pontos de vista e os assuntos foram bem discutidos... Mas de um modo geral as opiniões são basicamente as mesmas... porém houve divergências... e isto é muito importante porque enriquece os debates as várias formas de pensar... portanto para concluir acho que foi produtivo em todos os sentidos!!!!”

“O debate causou algumas polêmicas principalmente em alguns, mas foi muito válido. Acredito que levou a maioria a refletir sobre os comportamentos exibidos não só pelo homem, mas por outros animais e pode-se perceber que muitos desses comportamentos são comuns a todos os grupos e servem como estratégia de sobrevivência e são repassados através dos genes ou de observação e imitação. No ser humano alguns comportamentos são recriminados e punidos perante a sociedade porque não podemos apenas buscar nossa satisfação prejudicando outrem o que não ocorre com outros animais.”

“A sociobiologia possui dois (e ao mesmo tempo um) papel importantíssimos. O papel de explicar alguns dos nossos próprios comportamentos - e então mostrando ao homem o seu bicho - e o papel de unir o homem a natureza!”

“Com esses temas do debate eu pude ver que alguns desses temas que são considerados tabus hoje pela sociedade, na verdade são comportamentos naturais do ser vivo. Sendo que em nossa sociedade coloca um freio em nós, como por exemplo a infidelidade. Já outros comportamentos que são considerados como boas ações são questionadas, já que no fim da conta fizemos elas para nos sentirmos bem. Enfim esses comportamentos são naturais e podem ser observados.”

“A abordagem do comportamento social foi muito importante e acrescentou muitas coisas legais em todos! Nota-se isso através desse debate (eureka e em sala), onde houve amadurecimento de idéias e uma estrutura científica muito boa. Nota-se que de maneira geral o comportamento é o reflexo de fatores evolutivos e genéticos. Os temas abordados pela sociobiologia trouxeram novas informações e acrescentaram muito em nosso conhecimento, apesar de alguns temas serem bastante polêmicos, é legal ver como as opiniões divergem e que cada um tem um embasamento para defender isso.”

“Estes debates enriquecem nossa maneira de ver e sentir. Podemos notar que muitas vezes, mesmo inseridos numa mesma cultura e sociedade, pensamentos, sentimentos e atitudes podem diferenciar indivíduos a ponto de parecerem de cultura e sociedade distintas. Estes debates servem para que possamos colocar em prática nosso "ouvir" e "respeitar" a opinião alheia, justamente porque biologicamente somos indivíduos diferentes. Não precisamos concordar com a opinião alheia, mas aceitar que ela existe.”

“Somos um mosaico de toda linha evolutiva em um só corpo e em uma só mente! Através de cada tópico do nosso debate sempre conseguimos nos conectar a eles pela agressividade, espiritualidade, infidelidade, altruísmo. Alguns desses um pouco mais moldados por nós porem esses longe da nossa autoria. Acho que ficou claro para todos nós que esses comportamentos não foram transmitidos para nós sem alguma finalidade, sendo importantíssimo para a evolução animal.”

“Todos os assuntos abordados foram polêmicos e com visões diferentes. Enquanto umas pessoas possuem uma visão mais centrada, outras partem pra um contexto mais bíblico. Acho que ajudou muito a todos para poderem ter uma visão e um pensamento diferente do que pensavam antes, dos debates”.

“Mais do que nunca me sinto agora a vontade para falar sobre o assunto. Quando me via apenas grávida, imaginava como seria cuidar de um outro serzinho, se eu teria a capacidade de poder gerar e cuidar corretamente uma nova vida. Até pra algumas pessoas comentei que tinha medo de ser uma mãe desnaturada, pois não me sentia preparada para tal responsabilidade e tinha medo de cometer alguma coisa errada com essa criatura tal frágil. Agora que a Julia nasceu, sem explicações, é como se algo realmente surgisse e me desse forças para poder cuidar dela. Me achava inexperiente mas até no primeiro banho dado já vi que não era tão difícil, assim como trocá-la, alimentá-la e tudo mais. O amor que eu pensava não existir, que pensava não ter, hoje vejo que ele é maior que tudo, e que não é apenas uma questão de adaptação, é algo q surge inexplicavelmente. Você vê aquela pessoinha que saiu de dentro de você, que ela precisa de você e mais ninguém, quando você já percebe que ela te reconhece, que ela te chama (mesmo que chorando). Posso talvez, meio que comparar isso quando via minha cadela e os filhotes dela. Mesmo quando foi a primeira cria, assim q nasceu os pequeninhos já via o cuidado enorme que ela tinha, percebia-se um medo que ela tinha de machucá-los e tudo mais, mas notava-se que ela tava ali pra eles, pra tudo que precisassem, vivendo a vidinha dela naquele momento só pra eles. Podemos também lembrar do vídeos da Jane Goodal, onde Flint e sua mãe Flô eram grudados, um amor inseparável, que até levou Flint a uma profunda depressão depois da morte de sua mãe, e levando ele também a morte”.

“Pitágoras, que viveu em 500 a.c. disse "Os animais compartilham conosco o privilégio de ter alma". Como dito em sala, é difícil acessar esse compartimento nos animais não humanos afim de comprovar essa afirmação. Há quem defenda que a espiritualidade é algo criado pelo cérebro dos humanos, que não existe de fato, como nada existe. Nesse aspecto, sabendo que temos um cérebro mais desenvolvido que os demais animais, e se ela foi criada pelo nosso cérebro, como um fuga talvez, então a espiritualidade pode ser algo apenas dos humanos. Eu, no entanto, acredito que é implícito ao universo, o que chama espiritualidade, pra mim, é a ligação intrínseca de toda a energia de tudo o que existe. Então, os animais tem espiritualidade. Que, como disse a nossa professora, é diferente de RELIGIÃO, essa sim me parece criada pelo homem, como uma necessidade social”

“Acredito que a espiritualidade é uma forma de viver, meditar, de manter seu corpo em equilíbrio e em paz. É difícil relacionar espiritualidade com os animais, mas eu penso que todo ser vivo precisa de equilíbrio interno e de bem estar. Talvez esse equilíbrio e paz interior sejam essenciais para os animais tornando a espiritualidade indispensável para a história evolutiva”.

“Acredito que o ser humano está em um momento evolutivo que o fator "transmitir os genes" a qualquer custo está se tornando algo de certa maneira ultrapassado no fator evolutivo. Afinal pra que gastar tanta energia produzindo os melhores descendentes se devido a tecnologia criada pelo próprio homem (mesmo que isso seja de certa forma atual, mais acredito que já influencie), pessoas sem capacidade nenhuma de sobreviver sem recursos médicos e até mesmo se reproduz repassando seus genes "fracos", a seleção natural já não consegue fazer sua parte de maneira totalmente eficaz. Então como resposta natural o corpo pode estar se modificando em algo onde prazer é mais importante que a própria necessidade de se deixar descendentes”.

“A infidelidade é um fator evolutivo que está diretamente ligado ao sucesso reprodutivo e passagem de genes, mas que na sociedade humana está altamente relacionado com a moral. Nós humanos (a maioria pelo menos) vemos a infidelidade como traição, pois são feitos votos “até que a morte nos separe”. Em se tratando de ser uma característica genética, isso é herdado/ herdável? Porque temos a infidelidade ligada ainda à questão religiosa, que a trata como pecado. Mas é pecado só para quem acredita que seja pecado. Acredito que a questão dos sentimentos esteja ligada à isso também, pois se sabemos que aquele parceiro tem uma boa carga genética e nos sentimos atraídos, portanto não há necessidade de “troca”

“O altruísmo é um comportamento muito importante principalmente para organismos que vivem em sociedade, pois é ele que impulsiona a cooperação entre os indivíduos de um grupo se que o agente altruísta espere um retorno. Geneticamente falando, nada mais é que a garantia da passagem de pelo menos parte dos genes do indivíduo altruísta para gerações futuras, através da reprodução de parentes. Com é ressaltado por Wilson (1981) que os homossexuais podem ser os portadores genéticos de alguns dos raros impulsos altruísticos da humanidade, um comportamento nitidamente benéfico e importante na organização social humana primitiva. Isso porque esses genes, ele destaca ainda que o homossexualismo pudesse ser e ou conter uma das formas mais elevadas da expressão desses genes altruísticos”

“Necessitamos do altruísmo, afinal quem sente gostosinho sozinho? Estudos mostram que em humanos algumas doenças são favorecidas em pessoas que são sozinhas. Eu acho que desenvolvemos (nós animais) o altruísmo como uma forma de garantir uma vida social. Nós somos animais sociais e dependemos dessa relação até mesmo com outras espécies para preencher vazios que nós mesmos construímos. O fato de que um animal arrisca a vida para salvar outros animais mesmo sem ligação genética eu acho que se dá justamente por essa necessidade do social, e como já foi mostrada solidariedade e bondade não são privilégios humanos”

“São dois seres completamente diferentes, com influências hormonais diferentes e que pensam diferente um do outro. Homens têm o cérebro para resolver problemas e são mais práticos no que fazem, mulheres são mais complexas em seu comportamento influenciadas pelo numero e níveis de hormônios que atuam sobre seu organismo em um espaço curto de tempo, mas com capacidade para desenvolver varias ações ao mesmo tempo e fazer com maior excelência e atenção as tarefas que estão realizando”

“Esses dias atrás fiquei me questionando a respeito da agressividade, depois de ter assistido um filme, sobre Hannibal, não se vocês conhecem, mas resumidamente ele além de matar comia a carne, e nesse mostrava o porquê daquele comportamento, que na verdade foi por causa da guerra onde quando ele era pequeno viu os pais morrerem e a irmãzinha sendo morta pra ser alimento dos invasores da casa dele. Confesso que fiquei com muita dó e até comecei torcer pra ele se vingar, depois fiquei pensando e não achei certo. A minha dúvida é se esse tipo de agressividade é por crueldade nata ou pós -traumática.Acredito que a pessoa que tem uma certa agressividade precise realizar trabalhos pra ela descontrair essa raiva, e não descontar numa outra pessoa que não tem nada a ver com a história”

“Inicialmente eu acreditava que a moral era realmente algo relacionado ao comportamento, mas não relacionado à nossa genética e antepassados. Impressiona-me saber que a moral pode ser atribuída esses fatores, uma vez que, quando se presencia alguém imoral, ninguém nunca imagina que seus pais ou avós sejam ou tenham o mesmo comportamento, sempre analisamos pelo lado da "educação" dada em casa e desde criança. Mas acho que dentro desse assunto irão surgir muitas perguntas como: E os políticos ladrões? E os criminosos? Pode-se explicar o comportamento destes atribunindo-lhes a questão "moral"? Então, acredito que além dela, há algo a mais no córtex cerebral, que mude de pessoa pra pessoa, afinal nem todos reagem da mesma forma”

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