Novo artigo sobre Arara Azul - Por Marcia Cziulik


Journal of Wildlife Diseases, 45(4), 2009, pp. 972-981.


PATOLOGIA CLÍNICA E AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE FILHOTES DE ARARA AZUL (Anodorhynchus hyacinthinus) DE VIDA LIVRE

M. C. Allgayer,1,5 N. M. R. Guedes,2 C. Chiminazzo,3 M. Cziulik,4 and T. A. Weimer1

1Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia Aplicada and Laboratório de Patologia Clínica, Hospital Veterinário, Universidade Luterana do Brasil, Farroupilha 8001, Canoas, RS, Brazil
2Instituto Arara Azul and Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, Ceará 333, Campo Grande, MS, Brazil
3 Laboratório de Parasitologia Veterinária, Universidade Luterana do Brasil, Farroupilha 8001, Canoas, RS, Brazil
4Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Bolsista do CNPQ, Curitiba, Paraná, Brazil
5Corresponding author (email: mallgayer@gmail.com; phone and fax: 55 51 35957001)


RESUMO: Este estudo avaliou a sanidade e estabeleceu parâmetros hematológicos e bioquímicos séricos para filhotes de vida livre da Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) do Pantanal brasileiro (19 º 51'-19 º 58'S e 56 º 17'-56 º 24'W), durante quatro anos consecutivos (de dezembro de 2003 até dezembro de 2006). Exames físicos indicaram que todas as aves estavam clinicamente saudáveis. Endoparasitos e hemoparasitos não foram detectados em nenhum dos filhotes e ectoparasitas estavam limitados a Philornis sp. (Diptera: Muscidae). Nas fêmeas foram observados valores significativamente mais altos de leucócitos totais e heterófilos, glicose, proteínas totais, triglicérides e fósforo. Níveis mais elevados de colesterol e hematócrito foram observados nas fêmeas mais velhas, as contagens de leucócitos totais e de heterófilos foram mais altas nos animais jovens. Nos machos, os níveis de ácido úrico foram maiores em indivíduos mais velhos. As araras-azuis, na natureza, alimentam-se apenas duas espécies de sementes de palmeira (Acrocomia totai e Scheelea phalerta). Essa fonte limitada de alimentos tem um forte impacto no tamanho da população e pode alterar os parâmetros hematológicos e bioquímicos destas aves. Portanto, o conhecimento dos níveis sangüíneos em indivíduos normais é essencial para avaliar as condições fisiológicas e patológicas de araras-azuis selvagens, avaliar os efeitos das mudanças ambientais sobre a sua saúde e contribuir para estratégias de conservação desta espécie ameaçada.



Para ler o artigo complete acesse: http://www.jwildlifedis.org/cgi/reprint/45/4/972