domingo, 11 de outubro de 2009

Cientistas encontram mais antigo ancestral humano na Etiópia


Alguns alunos da Psicologia me abordaram semana passada com dúvida a respeito de uma noticia que foi veiculada na mídia sobre a descoberta de um novo fóssil que poderia mudar os rumos do conhecimento do homem a respeito da nossa origem, uma vez que mostrava que não originávamos do chimpanzé, mas de um ancestral comum entre os dois. Na verdade, sempre soubemos que não viemos dos chimpanzés... a grande mudança é data da separação das linhas evolutivas. Para quem curte esse assunto eu sugiro os documentários postados na nossa listagem que nos permite ter uma visão bem clara de como as coisas devem ter acontecido...
A nova espécie já vem sendo estudada a mais de 10 anos e seus ossos muito fragmentados foram reconstruídos graças ao desenvolvimento de novas tecnologias computacionais (saiu agora uma publicação especial da Science com essa descoberta). Trata-se da espécie Ardipithecus ramidus (apelido Ardi = raiz dos macacos terrestres) que viveu há 4,4 milhões de anos e substituí a famosa Lucy da lista do ancestral mais antigo do homem conhecido até então e agora aumentou em 1 milhão de anos o achado da família que resultou na nossa linhagem (pois estima-se que essa separação foi de 6 a 7 milhões de anos). A grande novidade é que o ancestral dos humanos não seria uma criatura similar ao chimpanzé, mas sim que ambos vieram de um “ancestral comum e desde então cada um tomou caminhos distintos na linha evolutiva.

O estudo de Ardi, sugere que se trata de uma espécie vivia nas florestas (encontrada em Afar Rift, na Etiópia com ocorrência junto com fósseis de outros animais e plantas) e que poderia subir em árvores. O desenvolvimento de seus braços e pernas indica que eles não passavam muito tempo nas árvores, podendo andar eretos. Os caninos superiores eram mais parecidos com os dentes de humanos modernos do que com os de chimpanzés, através do tipo de esmalte dentário sugere uma dieta diversificada, que incluía frutas, folhas e nozes. Seu focinho era menos saliente do que os dos macacos modernos. Detalhes do fundo do crânio indicam que o órgão ficava posicionado de maneira semelhante ao dos humanos modernos, possibilitando o desenvolvimento de áreas que envolvem aspectos visuais e de percepção espacial. Suas mãos e punhos eram uma mistura de características primitivas e modernas, cuja as palmas das mãos e os dedos eram relativamente curtos e flexíveis e permitiam que agüentasse o peso do próprio corpo enquanto se movia por entre as árvores, porém não tinham estruturas desenvolvidas para balançar, agarrar e mover facilmente entre as árvores.








Para saber mais: http://g1.globo.com/Noticias/Cienci/0,,MUL1325897-5603,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+MAIS+ANTIGO+ANCESTRAL+HUMANO+NA+ETIOPIA.html

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