Inicio esse texto sugerindo o livro “Quando os elefantes choram” (lista ao lado) de Masson e McCarthy. Segundo os autores a solidão é causa de morte em animais cativos e a busca por companheiros tem como objetivo evitar a tristeza, solidão e angustia. Mesmo animais tidos como solitários como tigres, leopardos, rinocerontes e ursos parecem passar mais tempo se associando com outro animal do que se acreditava.
A emoção denominada de “solidão” é sentida pelo corpo através de inúmeras manifestações fisiológicas e pode ser interpretada pelo cérebro de diferentes formas – desde “Ops! Preciso encontrar alguém, pois sozinho não sou ninguém” – até “Ops! Se não me querem no grupo, para que viver?”
Pesquisas...
Pesquisas conduzidas na Universidade de Chicago (Livro - solidão: A natureza humana e a necessidade para a conexão social) mostram que a rejeição ou o isolamento interrompem não somente habilidades, força vontade e perseverança, mas também processos celulares dentro do corpo. Os danos físicos – sistema cardiovascular, hipertensão, depressão, elevadas quantidades de cortisol pela manhã, insônia, progressão mais rápida da doença de Alzheimer - são tantos sintomas que a influencia no organismo chega a ser considerada um fator de risco igualado ao fumo, obesidade e falta de exercício.
Estudos conduzidos nas Universidades de Amsterdã, de Vrije e de Chicago têm verificado a influência genética na solidão. O trabalho define a solidão como "o centro de uma constelação de estados socioemocionais, que incluem auto-estima, humor, ansiedade, raiva, otimismo, medo ou negatividade, timidez, habilidades sociais, suporte social, insatisfação e sociabilidade". De acordo com os dados, a hereditariedade do sentimento é de 48%. Segundo os pesquisadores episódios de exclusão social, ostracismo, rejeição, separação e divórcio estão entre os potenciais acentuadores da solidão. As mulheres se revelaram mais suscetíveis a manifestar a herança genética, sentindo-se solitárias com mais freqüência do que os homens. Deve-se considerar que a predisposição genética a se sentir só pode ser atenuada por influência do meio.
Um estudo da Universidade de Chicago, EUA, mostrou que o isolam
Uma nova pesquisa da Universidade de Chicago tem mostrado que a solidão é um importante fator de risco para o aumento de pressão sangüínea em americanos mais velhos e pode aumentar o risco de morte por derrame e doença cardíaca. OS pesquisadores descobriram que pessoas solitárias têm pressão sangüínea até 30% maior do que pessoas não-solitárias.
A psicanalista inglesa M. Klein, uma pioneira a pensar as origens do sentimento de solidão achava que esta brotava de ansiedades vividas durante a infância. Em verdade, a solidão está mais para sintoma, jamais pode ser considerada uma doença. segundo Kierkegaard, crianças, obrigadas desde cedo a conviver com a indiferença, o desamparo ou o abandono dos pais, estão se formando futuros solitários e até mesmo personalidades anti-sociais.
Cientistas do Instituto Babraham em Londres (Inglaterra) descobriram que ovelhas, assim como humanos, precisam ver "rostos" conhecidas depois de algum tempo sozinhas, mostrando que não apenas elas podem reconhecer umas às outras, o que é suficientemente interessante, mas também que têm as mesmas emoções que nós, em relação aos rostos",
Evolutivamente falando....
O Dr. Cacioppo - um dos fundadores da neurociência social – usa imagens de ressonância magnética para documentar os papéis da solidão e da conexão social como mecanismos reguladores centrais na fisiologia

Tipos de Solidão
Um dos paradoxos sociais atuais é o sentir-se solitário ao mesmo tempo que se convive com tanta gente. Só no Brasil são 3,8 milhões de pessoas que moram sozinhas, um aumento de 137%, em 10 anos. Porém deve-se considerar que viver só não quer dizer ser solitário e o contrário também é verdadeiro. Somente a presença ativa de outro ser humano pod

Os animais não são brinquedos...
Os animais de estimação estão sendo cada vez mais utilizados para diminuir a solidão das pessoas, sejam idosos, solteiros ou casais sem filhos. Nessas situações as pessoas atribuem necessidade e sentimentos “humanos” aos animais. Pesquisas mostram que essa é uma atitude efetiva para melhoria de saúde dos humanos, é claro! Animais de estimação também são indicados para crianças, sendo que os especialistas acreditam que podem auxiliar no desenvolvimento emocional da criança e o siste
Mas será que a questão está no animal? Um estudo novo mostrou que cão robótico sofisticado para ser companheiro de idosos tão eficientes quanto cães verdadeiros. Segundo as pesquisas em asilos, a resposta dos pacientes foi parecida do que com um animal de verdade, além o animal seguir a pessoa, exigir cuidados e atenção, poderia também ser programado para lembrar a hora dos remédios e até monitorar a saúde do seu dono.... o que você acha disso???
Colocar cães robóticos tem o lado prático de lembrar dos horários dos remédios. Porém, usar algo tecnológico como meio de satisfazer necessidades emocionais toca num ponto maior.
ResponderExcluirSerá que a situação dos animais não pioraria com esse recurso pq os deixariamos de lado devido à praticidade robótica? E onde fica o desenvolvimento da responsabilidade de se ter um animal e dever cuidar de sua alimetação e saúde? O respeito e cuidado com a outra espécie,a meu ver, ficaria restrito.
Um absurdo cães robóticos, a relação é construida através da interação dia após dia, é assim que aprendemos a respeitar,admirar,amar e a conhecer a natureza particular dos nossos amiguinhos... Será que até aqui o homem quer meter sua artificialidade.
ResponderExcluirEu não acho algo tão absurdo cães "robóticos", na verdade é um suprimento de socialidade e afeto tanto como usar o telefone, assistir tv, será que não? é um recurso tecnológico aonde emulamos e simulamos emoções e contato social. E talvez por exemplo, para pessoas q só querem companhia e n responsabilidade seja uma boa pedida. Quando n quiserem brincar com o cão "fake" e só desliga-lo em um apertar de botão.
ResponderExcluirMas é lógico que também n acho algo muito saudável, aliás se formos colocar no papel, muito do que se preocupamos e gastamos o nosso tempo de vida n é lá algo primordial.O valor abstrato que atribuímos a dinheiro por exemplo. Ou a companhia dos amigos do "orkut" e do "myspace".