quarta-feira, 8 de junho de 2016

Uma Profissão para cada Gênero


Série Ensaios: Sociobiologia

Por: Amanda Silveira Sampaio, André Hartmann, Camila Brito e Gabriele Vidolin dos Santos.

Acadêmicos do Curso de Ciências Biológicas



TSE iniciou no dia 1º de maio uma campanha para incentivar participação da mulher na política








Embora as dificuldades tenham surgido, as mulheres estão conseguindo, com muita luta, avanços graduais na política. Antigamente, havia uma violação do direito das mulheres, proibindo o voto, o trabalho, a alfabetização, excluindo-as da sociedade. Com o avanço da tecnologia e dos vários meios de comunicação e informação, a mulher vem ganhando destaque no meio profissional, atuando em várias áreas. Mas mesmo diante de todo avanço ainda ocorrem diferenças salariais. Embora a diferença salarial entre homens e mulheres tenha diminuído 12,1 pontos percentuais entre 1990 e 2014, observa-se que elas podem ganhar até 25,6% menos do que seus colegas do sexo masculino em condições semelhantes. Diferente de outros casos, a falta de escolaridade não é uma justificativa, e sim a frequente discriminação no mercado de trabalho.

A diferença entre os gêneros vem muito do comportamento social, que é uma recombinação de genes nas populações, segundo a concepção darwiniana. Porém existe um fator que acaba influenciando muito na espécie humana: a cultura. Culturalmente, as mulheres ficavam em casa, e os homens iam trabalhar para conseguir sustento para a família. Isso é um aspecto psicológico, pois isso vem da sociedade, das experiências já vividas.

A sexualidade é fruto da evolução, que foi se diferenciando entre os organismos conforme o passar do tempo. Tal diferença é observada através de características femininas, como por exemplo, a facilidade na comunicação, em que as partes do cérebro da mulher, que controlam a fluência verbal, escrita e o reconhecimento de rostos familiares amadurecem mais cedo. Já os homens têm mais habilidade em matemática e noção espacial, e por possuírem mais testosterona e massa corpórea mais robusta acabam por desempenhar trabalhos que exigem mais força. Outro fator biológico envolvido nisso é a que a mulher tem mais gordura e o homem mais músculos, por questão dos hormônios e dos tempos primitivos, em que a função do sexo feminino era exclusivamente a maternidade. Supõem os cientistas, que a gordura seria uma fonte adicional de energia, necessária para levar uma gestação até o final. Já o homem precisava ter mais força para correr em busca de alimento e lutar pela vida da família.

Além de afetar tanto a fisiologia quanto a anatomia de ambos os sexos, os hormônios exercem marcada influência sobre o comportamento. "Os andrógenos e a testosterona atuando no cérebro, deixam os homens naturalmente mais agressivos", diz Medeiros. Já as mulheres, parece que a progesterona pode provocar irritabilidade ou melancolia, daí a chamada tensão pré-menstrual quando esse hormônio entra em ação. Existe uma importância muito grande em se ter diferenças entre machos e fêmeas na natureza, que é um aspecto etológico. Essa diferença é de suma importância, pois cada gênero tem sua “função” na formação do grupo, onde são avaliados também as habilidades de cada um. Na natureza, há um equilíbrio e acaba ocorrendo a homeostase, que é muito importante para o bem estar.

Apesar de tais fatores biológicos, etológicos e psicológicos ainda permanecerem separadamente em cada gênero, as áreas no mercado de trabalho podem ser desenvolvidos por ambos, exemplo disso são homens cabeleireiros, enfermeiros, cozinheiros, vendedores de roupas, educadores infantis, bailarinos, profissões que antes eram desempenhadas somente por mulheres. Ao contrário podemos encontrar mulheres atuando em áreas como mecânica, transporte público, juíza de futebol, policiamento, política como mostrado na propaganda do TSE.

Em debate realizado em sala, foi discutido que na atualidade, é fato de que ainda há muitas barreiras impostas pelos povos sobre os homens e mulheres, as quais acentuam ainda mais suas diferenças. Porém, a cada dia vemos mais manifestações de grupos que tentam enfrentar e quebrar estas barreiras. Um exemplo que está sendo muito discutido é o movimento “marcha das vadias”, que se trata de uma manifestação feita por mulheres vestido roupas consideradas provocantes em protesto a crença de que as mulheres sofrem assédio ou até mesmo estupro são culpadas, devido as suas vestimentas consideradas indecentes. Deste modo, devemos considerar que o homem tem seus instintos sexuais provocados quando vê uma mulher vestida de maneira ousada, ou o respeito ás mulheres tem que prevalecer acima de tudo? Ainda faltam estudos com o comportamento humano, para desvendar a mente e os instintos que levam indivíduos a praticar atos de selvageria como o abuso sexual contra mulheres. A humanidade depende do bom relacionamento entre homens e mulheres, pois um não evolui sem o outro, então devemos deixar qualquer diferença, colocando a frente o afeto e respeito para o bem-estar de todos. No final do debate restou a reflexão de que o autoconhecimento é um aspecto fundamental. Não importa seu sexo, mas sim as suas habilidades técnicas, intelectuais e emocionais para exercer uma ou outra função na sociedade. Ir contra a natureza pode trazer resultados indesejados e automaticamente sofrimento. A maioria das mulheres ainda valorizam mais aspetos emocionais e familiares do que a competitividade racional que os altos cargos exigem.

Nós como futuros biólogos acreditamos que a diferença entre homens e mulheres já tenha diminuído, a prova disso é termos uma mulher no cargo mais alto, assumindo até a presidência no Brasil. As mulheres e os homens que se sentem discriminados ou já sofreram algum tipo de preconceito, devem continuar sua luta em busca dos seus direitos, não se deixando influenciar na escolha de seu futuro.



O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia como base as obras:
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/biologia/primatasegolfinhos.htm
http://extra.globo.com/noticias/economia/diferenca-salarial-entre-homens-mulheres-ainda-persiste-18832341.html
http://www.cruzeirodovale.com.br/artigos/a-desigualdade-de-genero-na-sociedade-brasileira/
http://www.notapositiva.com/trab_professores/textos_apoio/biologia/primatasegolfinhos.htm
https://womenvsmen.wordpress.com/o-cerebro/
http://super.abril.com.br/comportamento/sexos-opostos
http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&id=848:qas-diferencas-entre-homens-e-mulheres-sao-sobretudo-culturaisq&Itemid=104

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