terça-feira, 13 de outubro de 2015

Na matéria da Brasil Post é relatado o racismo nas redes sociais contra a Maju Coutinho: Garota do tempo do Jornal Nacional.


Série Ensaios: sociobiologia

Por: Josiane Mann

Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas PUCPR

Nas redes sociais tem sido constante a ocorrência de casos como o da garota do tempo do Jornal Nacional, a Maju, que foi alvo de comentários racistas na página do jornal na rede do Facebook. O que promoveeu grande mobilização dos conhecidos e familiares. O racismo é uma forma de não aceitar a diferença física do outro, ou também cultural.


            Comportamento social pode ser definido como a interação existente entre indivíduos pertencentes da mesma espécie, geralmente aparentados e vivendo em um grupo (Alcock, 2011). A ciência encarregada do estudo do comportamento social dos animais é denominada sociobiologia a qual foi apresentada primeiramente em 1975, pelo entomologista Edward Osborne Wilson. Considerando como características definidora do comportamento social o fato da existência de regulação ou influencia de um membro da mesma espécie sobre o comportamento do individuo (Carvalho, 1998).

            A necessidade é o principal motivo pelo qual se forma uma grupo, seja ela a de proteção ou obtenção de alimentos, além de aumentar as chances de reprodução. A definição dada para grupos é como um conjunto de indivíduos da mesma espécie, dependendo da sua complexidade, terá hierarquia e divisão de tarefas. Viver em grupo pode favorecer a estabilidade para sobrevivência da espécie, mas seja qual for o grupo terá estímulos agregadores os quais são responsáveis pela identificação com o grupo. Entre as formas de convívio social pode ser identificado o agrupamento, pelos quais os integrantes do grupo vivem juntos porem não dependem uns dos outros. Agregação, também uma forma de grupo, já tem mais força, pois os integrantes do grupos tem motivos maiores para permanecerem juntos, seja por motivos de proteção ou também na busca de recursos, nessa formação há a dependência entre eles. Desde de se juntar por afinidades ou até mesmo excluir por diferenças como a identificação de odores e cheiros para aceitação no grupo, moldam o conceito de racismo que seria apenas uma questão superficial, analisando pontos como de união e separação que já veem naturalmente no comportamento dos animais para chave de identificação se o outro é nosso amigo ou inimigo, barreiras como diferenças são identificadas como sinais do que pode nos ajudar a manter a sobrevivência.

            Graças a grande variação dos caracteres genéticos, fisiológicos, morfológicos e comportamentais resultantes ao fenômeno adaptativo, espécies mantem sua sobrevivência a diversidade do meio ambiente. Um exemplo dessa variação como resposta ao meio é a pigmentação da pele, onde ha mais concentração de melanina a pele tende a ser escura e menos concentração em uma pela clara, a concentração elevada ocorre como resposta de proteção aos raios ultravioletas nos países nos países tropicais. O ser humano tem a mania de separar e classificar tudo ao seu redor, historicamente o conceito de raça foi apresentado na Zoologia e na Botânica para a classificação das espécies de animais e plantas (UFMG).

            O racismo é formado por um processo de hierarquização, exclusão e discriminação contra um individuo ou toda uma categoria social baseada em uma diferença física externa a qual é também vinculada a diferença cultural. Podendo ser entendido como uma redução do cultural ao biológico, facilitando a manipulação do primeiro sobre o segundo.  Ele se fortalece sobre a crença na distinção natural entre os grupos, já que faz ligação à ideia de que os grupos são diferentes por possuírem elementos essências que os diferem (Lima & Vala, 2004). Na natureza o que é diferente pode apresentar perigo e como mecanismo de defesa, o racismo, pode ser de principio instinto de defesa. Mas vale lembrar que devido nossa complexidade somos capazes de oprimir esse instinto.

             O racismo também está presente nas universidades, como conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias, no Jornal GGN o professor de biociências da USP, durante aula, defendia a teoria da inferioridade do QI (Quociente de Inteligência) dos africanos. Atos como estes estão previsto na Lei 7716/1989 como crime, considerado como a difusão de ideias racistas.

            Como formanda de biologia ressalto que dentre tantas variações externa e interna ninguém é tão diferente e capacitado para ser considerado superior, temos diferenças de diversos aspectos e integramos dentro do mesmo grupo, o grupo da vida. Sendo assim, o racismo, tanto no caso da Maju como em outros, pode ser considerado um processo de aceitação que necessita passar de geração a geração, pois essas diferenças sempre vão existir, mas não é de se considerar que seja motivos para depreciação, considerando que estamos sujeitos as adaptações ao meio. Além do mais se o mundo todo fosse igual não existira a beleza que comtemplamos todos os dias, de diversas espécies de plantas e animais


O presente ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia, baseando-se nas fontes:


Alcock, John. (2011) Comportamento animal: uma abordagem evolutiva. Porto Alegre: Artmed,.xvii, 606 p. ISBN 978-85-363-2445-6 (broch.)

Carvalho, A. M. A. (1998). Etologia e comportamento social. Em L. Souza, M. F. Q. Silva & M. M. P. Rodrigues (Orgs.), Psicologia – Reflexões (im)pertinentes (pp. 195-224). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Lima, M. E. O. & Vala, J. (2004) As novas formas de expressão do preconceito e do racismo. Estudos de Pscologia, 9 (3). 401-411.

Reis, J. A controvertida sociobiologia.

UFMG. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Espiritualidade e Ciência: Poder da mente sobre o corpo?

Série Ensaios: Socibiologia
Por: Bruna Estefany Lemos de Souza
Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas - Bacharelado da PUCPR


Ao adoecer nosso corpo não executa corretamente as funções biológicas, fisiológicas, físicas e químicas, funções estas que estão atreladas uma com a outra, portanto, quando uma dessas funções falha ocorre um desequilíbrio em todo o sistema (corpo), a partir desse pressuposto, quando todas as funções falham, ocorre a morte. Sendo assim, partindo do aspecto evolutivo interrompemos o comportamento comum da espécie ao passo que para realizarmos todas as ações características da espécie precisam-se ter todas as funções do corpo igual àquelas que selecionaram a espécie no passado através da seleção natural de Charles Darwin (Itokazu, 2006).
Então, como explicar a morte do corpo e a mente continuar viva presa ao corpo. No passado a ciência conservadora, acreditava que a mente fazia parte do corpo de alguma forma, porém imaterial, e que ainda não se tinha descoberto e ao morrer, não se existia mais a alma do indivíduo. No entanto, esse “tabu caiu por terra” com vários casos de pacientes, que viveram em coma ou estado “vegetativo” por muitos anos e que acordaram e retomaram as funções do corpo e testemunharam que ouviam tudo o que se passava ao redor deles, ou seja, que tinham consciência (Itokazu, 2006).
A física quântica, explica que o cosmo é o elo que une os planetas, sol, lua e as moléculas, e que ele é a fonte da vida e expande nossa consciência. Deepak Chopra em seu filme Realidade Espiritual relata que a base das nossas ações e funções vem através da energia cósmica. A qual adquirimos no sono ou quando entramos em meditação, esquecendo dos pensamentos, sem realizar qualquer tipo de atividade. A partir desse momento a mente é ligada ao intelecto, em busca do "self" o eu superior que todos têm dentro de si mesmo, e que se comunica com o cosmo, recebendo energia cósmica que permite executar nossas ações e vivermos felizes e saudáveis, portanto essa energia seria capaz de curar doenças da mente e do corpo ( Deepak, 2012).
Essa teoria é reforçada pelo Biólogo Bruce Lipton em sua obra “Biologia da Crença", que relata que a energia quântica retoma conceitos que Descartes no século 17, refutou afirmando que a mente não tinha controle sobre corpo, que o corpo era formado por material denso e que a mente era formada por uma substância desconhecida, porém imaterial, incapaz de controlar o corpo (Lipton, 2007).
Sendo assim, a mente emana energia para o corpo, ativando ou inibindo proteínas, e as células            são ligadas através de “antenas" com o planeta. Estando a mente além do corpo, tendo poder sobre ele. O que contribui para esta Evolução seria o desenvolvimento do sistema límbico que através de reações químicas, libera sinais controlados pelo sistema nervoso para as células, e a mente por sua vez interpreta estes sinais em forma de emoções que controlam o nosso corpo, e apontam que o descontrole dessas emoções podem causar doenças no corpo ( Lipton, 2007).
Martin Pistorius em seu livro “O invisível" afirma que por dois anos esteve inconsciente, e que após isso recobrou a consciência e se sentia preso dentro de um corpo morto, e que por muitas vezes ouviu a sua mãe dizer em seu ouvido: “ Você precisa morrer, você precisa morrer", ele diz que ali teve sim vontade de morrer e que entendia o desespero de sua mãe e que a perdoou, aos poucos Martin foi percebendo sinais no corpo e depois de 12 anos através do poder da mente sobre seu corpo saiu do estado vegetativo e continuou a sua vida curado, casando-se com Joanna Pistorious, vivendo atualmente na Inglaterra(XPTODOS, 2012).
Eu como formanda de Biologia, acredito que o caso de Martin é muito claro do poder da mente sobre nosso corpo, da forte ligação que a mente tem com os céus e que o nosso espírito está além da matéria e que quando nosso corpo morre nossa alma não morre. De fato muitos cientistas não aceitam essa ciência espiritual, mas é valido estudar a mente, para curar doenças de uma forma alternativa, já que a medicina tradicional ainda não descobriu um tratamento menos invasivo como no caso câncer, ou para curar doenças autoimunes que não tem cura pela medicina, entre outros problemas que envolvem a mente e o corpo, como depressão.


O presente trabalho foi elaborado para a disciplina de Etologia II tendo como base as seguintes referências:


Abril (2009). O que é coma. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/tabu/. Acesso em 25 de set. e 2015.
Amaris, Marlene (2015). Estado Vegetativo. Disponível em: http://www.infoescola.com/saude/estado-vegetativo/. Acesso em 26 de set. de 2015.
Brasil Escola (2015). Lua. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/lua.htm. Acesso em 26 de set. de 2015.
Brasil Post (2015).  Como escapei depois  de passar 12 anos preso dentro de meu próprio corpo. Disponível em: http://www.brasilpost.com.br/martin-pistorius2/como-escapei-depois-de-pa_b_7172812.html. Acesso em 25 de set. de 2015.
Conceito. De(2015). Conceito de mente. Disponível em: http://conceito.de/mente. Aceso em 27 de set. de 2015.
Conceito. De (2015). Conceito de Planeta. Disponível em: http://conceito.de/planeta. Acesso em: 26 de set. de 2015.
Hamilton, Calvin J. ( 1997). O sol. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/sun.htm. Acesso em 26 de set. de 2015.
Deepak Choppa (2015). https://www.deepakchopra.com/. Acesso em 26 de set. de 2015.Dicionário Informal (2006). Cosmo. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/cosmo/. Acesso em 26 de set. de 2015.
Dicionário Informal (2009). Tabu. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/tabu/. Acesso em 25 de set. de 2015.
E-Biografias (2015). Charles Darwin. Disponível: http://www.e-biografias.net/charles_darwin/. Acesso em 25 de set. de 2015.
History (2015). Estudo científico encontra primeira prova de que existe vida depois da morte.  Disponível em: http://www.seuhistory.com/node/128951. Acesso em 27 de set. de 2015.
Hype Science. Cientista se aproximam da teoria de Cosciência Disponível em: http://hypescience.com/cientistas-se-aproximam-da-teoria-da-consciencia/. Acesso em 26 de set. de 2015.
Itokazu, Ericka Marie (2006). A Filosofia espinosana para além do corpo-máquina: o palelismo em questão. XII ncontro da ANPOF, Salvador. Disponível em: file:///C:/Users/ways/Downloads/88983-126543-1-SM.pdf. Acesso em 26 de set. de 2015.
Leitão, Amelia (2004). Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Organização Mundial da Saúde. Disponível em: http://www.inr.pt/uploads/docs/cif/CIF_port_%202004.pdf. Acesso em 27 de set. 2015.
Lipton, Bruce H. A Biologia da Crença. Editora Butterfly: São Paulo, 2007. p. 34; 160-172; 279-243.
Lira, Julio Cesar Lima (2015). Molécula. Disponível em: http://www.infoescola.com/quimica/molecula/. Acesso em 25 de set. de 2015.
Louredo, Paula (2015). Doenças e Patologias. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/. Acesso em 27 de set. de 2015.
Portal da Educaçã (2009). Evolução e Seleção  Natural. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/7297/evolucao-e-selecao-natural. Acesso em 27 de set. de 2015.
Portal da Educação (2008). O que é Etologia?. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/1492/o-que-e-etologia. Acesso em 25 de set. de 2015.
Santana, Ana Lucia (2015). Física Quântica. Disponível: http://www.infoescola.com/fisica/quantica/. Acesso em 25 de set. de 2015.
Sinônimos (2015). Sinônimo de imaterial. Disponível em: http: http://www.sinonimos.com.br/imaterial/. Acesso em 27 de set. de 2015.
Só Biologia (2008). Espécie: a unidade de classificação dos seres vivos. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos2.php.  Acesso em 25 de set. de 2015.
Só Biologia (2008). O que é evolução?. Disponível  em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioevolucao.php. Acesso em 25 de set. de 2015.       
Lakatos , Eva M. & Marconi, Marina ( 1991). Metodologia científica, Editora Atlas S.A.: São Paulo, p. 19
XPTODOS (2015). Coragem durante 12 anos. Disponível em: http://xptodos.org/inspiracoes/coragem-durante-12-anos/. Acesso em 25 de set. de 2015.
Youtube (2012). Deepak Chopra Realidade Espiritual Uma jornada Interior como Meditar. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=K2FNOo7rDR8. Acesso em 25 de set. de 2015.