Série
Ensaios: Ética Animal
Por Taís
Nabarro Costa
Acadêmica do
curso de Ciências Biológicas
Os sons
que os golfinhos produzem quando são alimentandos ou estão brincando, é uma
simples expressão de alegria, este sons estão associados
com a liberação do hormônio dopamina pelo cérebro, é o que mostra um estudo publicado no dia 13 de
agosto de 2014, no Journal of Experimental Biology, da Fundação Nacional de Mamíferos Marinhos de San Diego, Califórnia, chefiado por Sam Ridgway. O estudo concluiu que pelo fato de golfinhos e belugas “serem animais altamente vocais, a
personalidade, o ritmo e o contexto de seus sons podem revelar mais sobre seus
estados emocionais e sobre a função de seus sons na comunicação”.
As emoções
podem ser divididas em: Emoções
primárias, secundarias e emoções de fundo. As emoções primárias ou emoções
iniciais surgem durante a infância, sendo úteis para uma reação rápida quando
emergem determinados estímulos do meio. Envolvem um elevado fluxo de energia e
podem existir sem termos consciência delas, caso sejam inatas. Além disso,
refletem diretamente as mudanças dos estados de espírito. É neste tipo de
emoções que se enquadra o medo, que atua
como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução
contra perigos reais, por exemplo, o medo de dirigir, muitas vezes o medo
envolvido é o de bater o carro e sair machucado, a alegria sentimento de contentamento ou de
prazer excessivo, por exemplo quando um cachorro revê seu dono depois de um
longo dia, a tristeza, é a
circunstância em que a condição melancólica ou de desânimo prevalece, quando
perdemos um ente querido por exemplo, a raiva é um comportamento repleto de fúria,
pode ser por exemplo para que o animal se proteja de algo ou alguém que pode
ser uma ameaça para sua sobrevivência, a surpresa é
caracterizada como um espanto,
sobressalto, quando não algo acontece e não se é esperado, como por exemplo o
surgimento repentino de um predador, e a aversão que é o excesso de repugnância direcionado a alguém ou a alguma coisa,
quando por exemplo não gostamos de uma pessoa, não queremos ficar perto dela.
Já as emoções secundárias são experimentadas
mais tarde, dependem de uma aprendizagem e, portanto, de interações
sociais. Implicam uma avaliação cognitiva das situações, envolvendo, por isso,
as áreas do córtex pré-frontal. Temos como exemplos a vergonha que é um sentimento penoso por se
ter cometido alguma falta ou pelo temor da desonra, por exemplo, quando uma
pessoa tropeça e cai ela fica envergonhada. O ciúme pode ser
um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de alguma ameaça à estabilidade,
é, por exemplo, o receio de perder algo valioso.
Segundo
Grandin (2010) tanto os animais como as pessoas têm os mesmos centros de
emoções básicas no cérebro. Ou seja, nos animais são predominantes às emoções primarias
que foram descritas anteriormente. Dr. Jaak Panksepp, neurocientista da
Washington State University listou quatro dos sistemas de emoções fundamentais
em animais, são eles a Busca, que
seria “o impulso básico para procurar, investigar e dar sentido ao ambiente”. A raiva, medo e pânico. Dr. Panksepp
escreve também três outros sistemas de emoções positivas que os pesquisadores
não conhecem bem, e que não permanecem necessariamente durante toda a vida do
animal. Ele chama essas emoções de “sistemas socioemocinais com propósitos
especiais que são empregados em épocas apropriadas na vida dos mamíferos”. São
eles, a Luxúria, que significa sexo
e desejo sexual. Cuidados, é o
termo que o dr. Panksepp usa para o amor
e os cuidados maternos. E brincar, é o sistema
cerebral que produz as brincadeiras irrequietas que todos filhotes de animais
fazem no estágio de desenvolvimento.
Como
formanda em Biologia acredito que animais e humanos compartilham da mesma
capacidade de sentir emoções, hoje isto é comprovado por diversos estudos.
Visto que eles possuem uma grande gama de emoções, devemos incentivar sociedade
a praticar o bem- estar aos animais, para que estes tenham uma boa qualidade de
vida.
O presente
ensaio foi elaborado para disciplina de Etologia I se baseando nas seguintes
obras:
GRANDIN, Temple; JOHNSON, Catherine. O bem estar dos animais. Editora Rocca, 2009
http://nmmf.org/about/board-of-directors/
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