sábado, 12 de março de 2011

Haverá um Homem de Nearntendal entre nós ou dentro de nós? Espinhos no pênis, dedos desproporcionais e cérebros maiores, qual será a próxima?



Vários animais possuem seus órgãos copulatórios ornamentados. São espinhos, pêlos, cirros e similares que servem para retirada de espermatozóides de machos precedentes. A bomba de uma nova descoberta divulgada por Ricardo Bonalume Neto na folha on line, foi que o ser humano de não ter espinhos no pênis (feitos do mesmo material das unhas, a queratina, como têm os chimpanzés os gatos) é graças à perda de um fragmento de material genético. Segundo a matéria, esses espinhos queratinazados, além de aumentarem sensibilidade táctil do pênis, tornam o coito mais rápido, e podem machucar a fêmea. Todas essas conseqüências têm a ver com estratégia reprodutiva relacionada com espécies promiscuas, em que além da passagem rápida do espermatozóide e retirada de espermatozóides competidores, desestimula a fêmea a ter novas cópulas. Os estudos foram liderados por Gill Bejerano e David M. Kingsley, da Universidade Stanford, na Califórnia, ao comparar material genético do homem, do chimpanzé e de outros macacos, em busca de sequências de DNA que eram mantidas nos chimpanzés em outros animais, mas deletadas do genoma humano. Foram encontradas 510 regiões deletadas, com fragmentos de DNA capazes de influenciar genes próximos, mas que, com uma exceção, não trazem o código para produzir proteínas. O fato do Chimpanzé compartilhar com homem cerca 96% do genoma, faz com que descobrir o que há de diferente possa ajuda a explicar o que significa ser humano em termos de anatomia, fisiologia e comportamento. A evolução da monogamia pode ser evidenciada pelo fato do homem não ter dentes caninos maiores; os testículos têm tamanho moderado (embora o pênis humano seja o maior entre os primatas, mesmo comparado ao do gorila); a ovulação não tem sinais exteriores. Embora nosso parente mais próximo esteja a 5 milhões de anos, se fossemos comparar nosso genoma com o Homem de Neartandal, também encontraríamos essas mesmas deleções genéticas relacionadas à perda dos espinhos penianos. Outros estudos têm comprovado que de fato, o que nos distancia do homem de Neartandal, são aspectos culturais. Uma pesquisa realizada por Philipp Gunz, do Instituto Max Planck de Antropologia da Evolução na Alemanha mostrou que os cérebros do homem de Neandertal e do homem moderno, similares no nascimento, divergem em seu desenvolvimento a partir do primeiro ano de vida. As diferenças refletem provavelmente mudanças nos circuitos e conexões cerebrais, relativas à organização interna do cérebro que conta mais para as capacidades cognitivas e são importantes para um grau avançado de socialização, emoção e funções de comunicação. É improvável que o homem de Neandertal percebesse o mundo da mesma forma que nós, no entanto, não podem ser considerados burros, pois eram caçadores sofisticados, altamente especializados, dominavam a curtição dos couros e costura dos mesmos. E aparentemente gostava tanto de sexo como nós. Segundo pesquisa de Emma Nelson, da Universidade de Liverpool essa conclusão é baseada no comprimento do dedo, o qual pode indicar promiscuidade entre hominídeos, baseando na razão entre o comprimento do dedo indicador se comparado com o dedo anelar (menor proporção entre o anelar e o segundo dedo). Essa diferença de tamanho é resultado da exposição do útero a hormônios sexuais como andrógenos (nos quais se inclui a testosterona) e que afeta tanto no comportamento social (como competitividade e promiscuidade) quanto no comprimento dos dedos. A comparação foi realizada em fósseis dos Ardipithecus ramidus, um hominídeo que viveu cerca de 4,4 milhões de anos atrás; o Australopithecus afarensis, entre 3 milhões e 4 milhões de anos, os Neandertais, que desapareceram há cerca de 28 mil anos; e um fóssil de um Homo sapiens.

Veja as matérias completas: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/886672-perda-de-dna-fez-penis-do-homem-ficar-sem-espinho.shtml

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cerebros-dos-homens-modernos-e-dos-neandertais-diferem-apenas-apos-o-nascimento

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/825265-homem-de-neandertal-tinha-vida-sexual-bastante-agitada.shtml

http://anthropology.net/2009/09/25/can-i-see-your-fingers-please/

Artigos científicos:

Human-specific loss of regulatory DNA and the evolution of human-specific traits: http://www.nature.com/nature/journal/v471/n7337/abs/nature09774.html

http://anthropology.net/2009/09/25/can-i-see-your-fingers-please/


The ratio of 2nd to 4th digit length and male homosexualit: http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6T6H-41GWNHB-4&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=d7b242544dae1684c7fb7e4175ee2a2e

Sites Pessoais:

Philipp Gunz: http://www.eva.mpg.de/evolution/staff/gunz/cv.htm

Emma Nelson : https://sites.google.com/site/enelson67profile/

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