sábado, 28 de novembro de 2009

O Peru da vó Glaci (por Wellem Laryessa Laynes)



Quando conto essa história, as pessoas logo começam a rir. Minha avó tem uma chácara, nesta chácara há galinhas, gansos e perus. Um destes animais o peru (Meleagris gallopavo), com aproximadamente 7 anos, apresentou um comportamento diferente.

Os perus reproduzem-se na primavera, ou seja, nesta época do ano. Durante este período o peru da minha avó, não satisfeito em se reproduzir com a perua, “atacou” duas gansas e algumas galinhas.

Bem, com as galinhas não aconteceu nada, mas não posso dizer o mesmo das gansas. Quando o ganso terminava a cópula com a gansa, o peru “atacava” ela, mas nestes ataques duas delas acabaram morrendo.

Recentemente, a professora pediu para fazermos um trabalho de observação, o qual tinha o objetivo de analisar o comportamento de um animal, então resolvemos observar o peru.

Nos surpreendemos ao perceber que ao invés de observarmos, fomos observadas durante quase duas horas. Nestas duas horas pudemos ver não somente os seus movimentos, mas também seus sons como gorgorejos (glu-glu-glu), um som semelhante a um espirro e uma tosse, e suas penas que estavam sempre eriçadas. Neste período as galinhas, perua e a gansa estavam chocando e não conseguimos observar tais ataques.

No primeiro dia de observação algo intrigante aconteceu, não conseguimos observar os ataques aos demais animais, mas vimos o ataque a um saco. Sim, um saco, daqueles de milho, o peru tentou copular com um saco!

Falando “biologicamente”, em estudos com perus selvagens, pode-se observar que Meleagris gallopavo é uma espécie que vive em grupos grandes e é polígamo. O peru da minha avó está em um grupo pequeno (três perus), sendo apenas uma perua. Provavelmente, os ataques ocorram pela falta de peruas.

Bom, esta é a história do peru da minha avó, o famoso peru tarado.


Um comentário:

  1. Ola Maria, uma amiga fez uma observação sobre um rapaz que conhecemos que apesar de ser inteligente, boicota a própria vida, parou nos anos 70, parece ter sido abdusido durantes as ultimas décadas não conseguindo ultrapassar uma barreira imaginária. Foi aí que ela disse que ele sofre de sindrome de peru. Como nunca ouvi falar, ela explicou que se riscar um circulo no chão com giz e colocar um peru dentro desse circulo ele não sai. Não consegui encontrar nenhuma referencia até agora. Por acaso vc notou esse comportamento nos perus? Chris

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